A Microsoft vai fazer um evento exclusivo para convidados no dia 29, em Barcelona. No mesmo dia, vai apertar o botão que libera ao público geral a "prévia ao consumidor" do Windows 8, segundo informações do ZDNet.
Em outros tempos, esse lançamento seria considerado beta. Na verdade, o encarregado na Microsoft, Steven Sinofsky, que apresentou os caminhos do Windows 8 até estar completo, se referiu à versão como beta, em setembro do ano passado. Mas a companhia de Redmond prefere chamar de "prévia ao consumidor".
E por que a mudança? Porque as versões beta não são mais o que eram. Betas eram as versões lançadas quando uma característica estava pronta, mas precisava de mais testes para encontrar os bugs, explica o site. E então era um grupo pequeno de desenvolvedores que podia fazer esses testes.
Há uma década a Microsoft resolveu ser mais liberal com o uso da classificação beta. O Windows XP, desenvolvido em 2000 e 2001, teve meia dúzia de versões pré-beta, duas beta e duas quase oficiais - esse último par, entregue a corporações entusiastas da Microsoft. Durante todo o período, ferramentas entraram e saíram do sistema operacional, no que o ZDNet classifica de "caos organizado".
Quando, cinco anos mais tarde, o Windows Vista foi desenvolvido, a Microsoft reinventou sua "experiência beta" com o slogan "o prazer de testar", frase acompanhada de uma tela de erro. Mas aqui, ainda, essas versões pré-lançamento eram restritas aos "geeks" e vinham com uma etiqueta grande em cima: "este produto não está concluído".
No meio tempo, o Google lançara, em 2004, o Gmail Beta. Acontece que o "beta" que acompanhava a logo continuava lá um ano depois, o que Larry Page, cofundador do gigante de buscas, teria justificado como natural. "Se o 'beta' ficar lá por cinco anos e nesses cinco anos acharmos que vamos fazer grandes mudanças no produto, então tudo bem", afirmou ao site. Os cinco anos acabaram sendo literais, e a palavra beta só deixou de integrar o logo do serviço de e-mail em 2009.
E já estava faltando: a Apple, empresa de tecnologia mais valiosa do mundo, também contribuiu para o novo conceito de beta. No ano passado, a gigante de Cupertino anunciou a chegada do iPhone 4S, nova versão de seu smartphone. Um dos principais destaques era o assistente com reconhecimento de voz Siri. Que está em versão beta. Para o ZDNet, a indicação de versão "beta" é quase como um asterisco com a observação "não fique bravo com a gente caso algum bug apareça".
E esse seria justamente um dos motivos que teriam levado a Microsoft a deixar de lado o termo beta para o próximo release do Windows 8. Os consumidores ficariam com a ideia de que há muitos bugs. Os desenvolvedores dos tempos antigos iam querer saber para quem informar os erros encontrados.
Por isso, o selo "prévia ao consumidor" comunica melhor a mensagem. Primeiro, não é para desenvolvedores ou experts, e sim para consumidores. Segundo, não é uma versão de testes, e sim uma prévia do que virá por aí.
Fonte: Portal Terra.Com
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