terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Carnaval de Veneza: Misterioso e belo



O Carnaval de Veneza, cidade idílica localizada na Itália, é totalmente diverso da ideia que se tem desta festa. 

É uma celebração mítica e seduz um número infinito de visitantes que se concentram todos os anos nas cercanias da Praça São Marcos, apesar das baixas temperaturas e dos constantes prenúncios de marés altas que invadem sem maiores pudores as cercanias da Piazza.

Esta festa carnavalesca, que dura mais ou menos dez dias, tem uma feição muito pessoal, um movimento peculiar, distinto de qualquer outro Carnaval. Ao contrário de outras comemorações desta natureza, que nascem principalmente da mobilização popular, esta celebração é originalmente um ritual promovido pela elite financeira e cultural, embora seja igualmente dedicada ao prazer dos sentidos.
Ela se caracteriza pelo uso intensivo de máscaras e figurinos que tentam reproduzir o estilo dos nobres que viveram nos séculos XVII e XVIII, ou os modelos apresentados pelos personagens da Commedia Dell’Arte – representações teatrais muito comuns na Itália e por toda a Europa do século XVI até a metade do século XVIII, as quais celebrizaram os personagens até hoje tão cultuados, pierrôs, colombinas e arlequins.

Em fins do século XI o Carnaval de Veneza figurava nos registros como festas que se prolongavam ao longo de seis meses. O uso de máscaras havia se tornado tão habitual que foi preciso criar leis para regular sua frequente utilização. Muitos contraventores e assassinos se ocultavam por trás delas e várias pessoas cometiam adultério ou praticavam atos de sedução, protegidas pelo anonimato. Elas foram inclusive proibidas no começo do século XVII.

Este carnaval, tão esperado a cada ano por seus fãs, tão criticado por outros, quase foi eliminado do cenário europeu no século XIX. Mas da década de 80 para cá esta festa tem sido resgatada e cada vez mais estimulada pelo Estado, embora ela não seja de natureza oficial, e sim um fruto do empreendimento pessoal dos foliões. Cada pessoa liberta neste momento os devaneios reprimidos o ano todo, a vontade de se transformar em um determinado personagem.

A Praça de São Marcos é invadida pelo povo e por turistas, enquanto a elite se refugia nas majestosas mansões e nos castelos do Gran Canale, onde ocorrem também requintadas festas nas quais não faltam a champanhe mais cara e as orquestras mais refinadas. Os integrantes das altas camadas sociais ocupam os salões de festas dos luxuosos hotéis de Veneza, ornamentados com motivos extraídos de trechos das óperas de Verdi. Eles bailam ao som de valsas, tarantelas e agora com maior frequência ao ritmo do samba. Enquanto isso, o povo se solta nas ruas transbordantes de gente.
As máscaras são normalmente muito caras, mas há sempre alternativas que contemplam o bolso de cada um. Há também a possibilidade de se alugar um traje e de procurar, entre tantos artesãos que povoam a cidade, máscaras mais singelas, como as produzidas com um material conhecido como ‘cartapesta’ – misto de gesso e pasta de papel. Para quem tem um poder aquisitivo maior, há também as mais elaboradas, imersas em metal e ornamentadas com prata e ouro. A mais consumida é a famosa ‘bauta’, máscara branca no formato de um bico, complementada por um chapéu de três pontas, um casaco amplo e uma capa preta tecida com seda, a qual reveste os ombros e o pescoço, reproduzindo desta forma a imagem do nobre de Veneza.






Fontes
http://www.janelanaweb.com/viagens/veneza.htmlhttp://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/secoes/festas.aspx?cod=278
infoescola.com

História


O Carnaval de Veneza surge a partir da tradição do século XVII, onde a nobreza se disfarçava para sair e misturar-se com o povo. Desde então as máscaras são o elemento mais importante deste carnaval. Há no entanto registos de folguedos carnavalescos de 1268.
A festa carnavalesca de Veneza tem duração de 10 dias. Durante as noites realizam-se bailes em salões e as companhias conhecidas como compagnie della calza realizam desfiles pela cidade. Entre as mais conhecidas estão Os Antigos e Os Ardentes.
Os trajes que se usam são característicos do século XVIII, e são comuns as maschera nobile, ou seja, máscaras nobre, caretas brancas com roupa de seda negra e chapéu de três pontas. Desde 1979 foram sendo somadas outras cores aos trajes, embora as máscaras continuem a ser brancas, prateadas e douradas.
Em 1797 Veneza passou a fazer parte do Reino Lombardo-Véneto, quando Napoleão Bonaparte assinou o tratado de Campo Formio. No que respeita ao Carnaval, os festejos foram proibidos. No ano seguinte os austríacos tomaram conta da cidade.
Os festejos só foram restabelecidos em 1979 de forma oficial, após quase dois séculos de ausência. Desde então a festa faz-se nos dias antes da Quaresma.
No Brasil o Carnaval de Veneza mais famoso é durante a Festa da Gastronomia em Nova Veneza, Santa Catarina. Site da cidade de Nova Veneza


Wikipédia



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As origens do carnaval de Veneza remontam ao governo do doge Vitale Faleir (1084 – 1096), que o instituiu oficialmente através de um decreto datado de 1094. A palavra tem origem na expressão latina carnis laxatio, cujo significado é “abandono da carne”. Originalmente, o vocábulo teria sido associado a um comportamento casto dos penitentes, no início da Quaresma, como uma espécie de purificação antes dos ritos pascais.
Em 1296, a terça-feira anterior à Quaresma foi declarada feriado pelo Senado, oficializando assim a criaçãoda festa popular que já estava sendo chamada de Carnaval.
Nos anos seguintes, a festa cresceu a tal ponto que durava meses: o carnaval começava nos primeiros dias de outubro ( início da temporada teatral), era suspenso durante o Advento ( tempo litúrgico que, na Igreja Católica, corresponde às quatro semanas anteriores ao Natal), recomeçava em 26 de dezembro para terminar na terça-feira anterior à Quaresma.
Para celebrar o carnaval em plena liberdade, os venezianos usavam túnicas e vestes que os protegiam dos olhares curiosos e lhes permitiam cometer todo tipo de excesso. A máscara protegia os rostos e eliminava a diferença entre sexos e classes sociais. A festa era completada pela presença de saltimbancos, músicos, atores, operadores de marionetes, comediantes, adestradores de animais, que se misturam pela cidade, além da profusão de peças teatrais e grandes banquetes que se espalhavam pela cidade.
Uma das atrações mais famosas do carnaval veneziano é a chamada “O Vôo da Colombina”, que era, na verdade, um escravo descendo por uma corda presa ao campanário da igreja de São Marcos até o centro da praça. Posteriormente, o escravo foi substituído por um acrobata e, finalmente, por uma pomba (em italiano, colomba) de madeira , que jogava flores sobre os animados pedestres.




livrespensadores.org

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