sábado, 7 de abril de 2012

Uso do Enem para o vestibular da UFRN.

 CMN faz audiência sobre o uso do Enem para o vestibular da UFRN

A Câmara Municipal do Natal (CMN) realiza uma audiência pública na segunda-feira (09), às 14h30, sobre o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e Sistema de Seleção Unificada (Sisu) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O debate vai contar com a presença do vereador George Câmara (PCdoB).

Espera-se o comparecimento de representantes da Comissão Permanente do Vestibular (Comperve-UFRN); das Secretarias Estadual e Municipal de Educação; União Nacional dos Estudantes (Une), Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFRN), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (Umes) e APES; diversos Grêmios Estudantis; e diretores de colégios e cursinhos.

Recentemente, a Comperve anunciou que uma das propostas para o vestibular 2013 é oferecer metade das vagas previstas através do Sisu/Enem. De acordo com dados da Comperve, das 31 mil inscrições que a UFRN acolheu no vestibular 2012, cerca de 20 mil inscritos concorreram as 385 vagas destinadas através do Enem.

A opinião sobre essa decisão divide opiniões, pois de um lado estão às entidades estudantis apoiando a causa e do outro estão os cursinhos e escolas particulares acham que isso é prejudicial ao sistema educacional.

O objetivo do debate é conversar sobre os diversos aspectos do exame, buscando ouvir as mais diferentes opiniões, muitas vezes divergentes, mas que devem ser confrontadas.


Fonte: Nominuto.Com

Embrapa Internacional


Governo se prepara para lançar Embrapa Internacional até o fim do mês


Um ano e meio após a publicação da medida provisória que deu nova redação ao Artigo 1º da lei de criação da Embrapa, para permitir que a estatal exerça suas atividades também fora do Brasil, deve ser lançada no fim do mês a Embrapa Internacional. Segundo o presidente da empresa, Pedro Arraes, a intenção é fazer o lançamento no dia 26, aniversário da Embrapa, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

A medida provisória, do final do governo Lula, foi aprovada pelo Senado no dia 1º de março de 2011 e promulgada no mesmo dia. Enquanto a Lei 5.851, de 1972, que autorizou a criação da Embrapa como empresa pública não permitia sua atuação no exterior, a nova redação autoriza a Embrapa a "exercer qualquer das atividades integrantes de seu objeto social fora do território nacional, em conformidade com o que dispuser seu estatuto social".

Arraes disse que um dos objetivos é ajudar outros países com a experiência adquirida ao longo dos 39 anos de existência da Embrapa, "mas também é, e talvez esse seja o principal, trazer inovações dessas relações para o nosso país".

O novo estatuto, que autoriza a atuação internacional da Embrapa, está em fase final de aprovação, precisando passar pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Agricultura e pela Casa Civil. "É o calvário final para a gente obter o nosso estatuto", comentou Arraes, ressaltando que as pastas já têm ciência do conteúdo e já houve acordo para a sua aprovação.

O presidente disse que a Embrapa Internacional terá uma estrutura com capacidade de captar recursos de fontes do exterior, como Banco Mundial (Bird), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e agências de fomento, como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e Fundação Bill Gates. "A Fundação Bill Gates fez, recentemente, um aporte de US$ 2,5 bilhões para a Embrapa, e esse recurso, obviamente, não pode entrar na conta da Embrapa aqui no Tesouro, como arrecadação, porque eu vou ter que encaminhar para outros países", explicou Arraes.

O presidente da estatal disse que, atualmente, toda vez que vai se realizar um projeto no exterior, é necessário fazer "uma ginástica imensa". "Não quer dizer que não se possa fazer, mas tem uma forma complicada de fazer essa transferência. Não é fácil. O dinheiro não pode entrar na Embrapa, às vezes entra numa fundação. As fundações também têm dificuldades porque trabalham apenas no Brasil".

Para facilitar a operação, a Embrapa Internacional será aberta nos Estados Unidos. "Dependendo da dimensão que esse negócio tomar, e as perspectivas são de dimensões imensas, talvez tenhamos que ter uma estrutura mínima lá, mas sempre mínima, porque a competência técnica vai estar sempre aqui, na Embrapa. Lá é simplesmente uma forma que a gente tem de agilizar essa captação de recursos internacionais", informou Arraes, acrescentando que pessoas físicas também poderão fazer doações para algum projeto específico, no qual tenham interesse.


Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Entenda por que o coelho se transformou em símbolo da páscoa


Na Antiguidade, os povos escolheram a lua para determinar a data da páscoa. Como o coelho era tido como um símbolo da lua, passou também a ser considerado um símbolo da páscoa.
Os coelhos são mamíferos, roedores, que se reproduzem de forma rápida, tendo grande fertilidade. O seu período de gestação não passa de quarenta dias, tornando-se símbolo da preservação da espécie.
Para os cristãos, a páscoa é marcada pela ressurreição de Cristo, pelo Seu renascimento, pelo surgimento de uma vida nova. Além disso, a sexta-feira santa é a data assinalada pelo sofrimento e crucificação de Cristo.
Existem algumas curiosidades sobre a história do coelho da páscoa. Na Alemanha, as crianças esperam ovos dos coelhos. As crianças tchecas confiam que os presentes são ofertados por uma cotovia (ave campestre). Na Suíça, são os cucos que levam os ovos de presente e, no Brasil, a tradição do coelho, que veio no final do século XIX.
Outra história põe sentido à tradição do coelho representar um símbolo da páscoa, uma vez que este simboliza a igreja. A igreja tem a missão fecunda de propagar os ensinamentos cristãos, a palavra de Deus, para todos os povos; sem distinção, ou seja, aumentar a quantidade de discípulos. Assim, uma grande quantidade de pessoas é representada pela fertilidade do coelho.
Há uma lenda que marca a história do coelho da páscoa. Ela conta que uma mulher pobre, que não tinha como presentear seus filhos no domingo de páscoa, cozinhou alguns ovos de galinha e os pintou. Ela teve a ideia de colocá-los dentro de um ninho e escondê-los no quintal da casa, entre as plantas. Quando as crianças encontraram os ovos, um coelho apareceu por perto e fugiu; as crianças acreditaram que ele havia colocado os ovos para elas, assim a história se propagou.


Jussara de Barros/Brasilescola

Telescópio no Chile consegue a melhor imagem da nebulosa de Ômega feita da Terra


Localizada a a 6.500 anos-luz da Terra, a nebulosa de Ômega é uma das mais ativas áreas de formação das estrelas na nossa galáxia. Essa fotografia foi tirada pelo Very Large Telescope (VLT) do European Southern Observatory, no deserto de Atacama, no Chile. É a melhor imagem já obtida desta nebulosa a partir da Terra. 

As estrelas mais jovens são incrivelmente brilhantes e lançam uma luz branco-azulada; as faixas escuras são poeira cósmica e as claras, gases. A luz avermelhada vem do gás hidrogênio, que brilha por conta da intensidade dos raios ultravioleta emitidos pelas estrelas jovens.


Fonte: Portal UOL.COM

Piauí entrou com ação requerendo a posse de 2.821 quilômetros quadrados na divisa do Estado com o Ceará; tudo começou quando o CE cedeu parte do seu litoral ao PI

 Área em disputa entre Piauí e Ceará(Arte IG)

Os 12 mil habitantes do pequeno município de Poranga, localizado a 344 quilômetros de Fortaleza, vivem na fronteira da imprecisão. As 3.398 residências da cidade estão dispostas ao longo de uma estrada de 30 quilômetros na divisa dos Estados do Piauí e Ceará. Apesar de pertencer ao Ceará, o Piauí reivindica 66% da área do município.
A dúvida de quem nasceu e mora em Poranga é se a cidade continuará pertencendo ao Ceará, como tem sido ao longo de toda a história, ou se verá mais da metade de seu território, de um dia para o outro,  passar a pertencer ao Piauí.
Os moradores de Poranga dividem essa incerteza com outros cearenses e piauienses. Isso porque o governo do Piauí ingressou com uma ação cível em agosto de 2011 no Supremo Tribunal Federal (STF) requerendo a posse de 2.821 quilômetros quadrados de território na divisa com o Ceará. Se a corte julgar o pedido procedente, além de Poranga, parte do território de 13 municípios hoje do Ceará passarão a pertencer ao Piauí. Do outro lado da divisa, sete municípios piauienses também seriam desmembrados e incorporados ao Ceará.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo de 2010, contabilizou a população dessas áreas em litígio para os dois Estados nordestinos. Estima-se que aproximadamente 29 mil pessoas constam na contagem tanto do Piauí como do Ceará.

Disputa secular

A briga remonta ao Segundo Império (1840 a 1889), de Dom Pedro II, e, de lá para cá, fez a área de litígio entre os dois Estados ficar conhecida como “Faixa de Gaza do Nordeste. Isso porque o próprio governo do Piauí, na ação, alega que o território virou “terra sem lei”.
 Serra de Ibiapaba

Tudo começou em 1880, quando o Ceará cedeu um pedaço de seu litoral para o Piauí, que não tinha acesso ao mar, e precisava exportar seu algodão. A região era chamada de Freguesia da Amarração, hoje onde estão os municípios de Parnaíba e Luís Correia. Em troca, o Ceará ficou com a Freguesia da Comarca Imperial, no sopé da Serra da Ibiapaba, onde atualmente fica o município de Crateús.

Feito o acordo, a divisa foi demarcada, mas não com a precisão devida. Desde então, os dois Estados travam uma batalha para definir a quem pertence o que. Em 1920, um convênio arbitral tentou pôr fim à questão, contudo, fracassou. À época, um árbitro _um governante de outro Estado sem interesse na disputa_ foi nomeado para traçar a linha demarcatória, o que nunca ocorreu. Entretanto, é nesse documento do começo do século passado que o Piauí baseia a sua ação.

Sem entendimento
Agora, o Piauí não questiona apenas o direito da posse do território cedido ao vizinho em troca do trecho no litoral, como também coloca em xeque outras duas áreas, perfazendo praticamente toda a divisa entre os dois Estados. O governo piauiense só não tem dúvidas sobre o que recebeu no acordo de 1880.
O procurador geral do Piauí, Kildere Ronne de Carvalho Sousa, diz que o Estado tenta desde 2003 um entendimento com o Ceará. “O que a gente percebeu é que a questão não se revolvia. Se tiver de haver um acordo, que seja feito por meio da Justiça. Porque os acordos passados não foram cumpridos”.
Segundo o procurador, em sua última proposta, antes de recorrer ao Judiciário, o Piauí sugeriu dividir as três áreas em litígio. As duas menores passariam a pertencer ao território piauiense. Já a área maior, permaneceria com o Ceará. O inverso também foi sugerido, mas o governo cearense não aceitou.
O governo piauiense se baseia no convênio arbitral de 1920, alegando que a Serra da Ibiapaba seria a divisão natural que demarca a divisa nas regiões hoje indefinidas. “O que ficar ao ocidente é do Piauí e ao oriente, do Ceará”, explica Kildere Sousa.

Trecho da Carta Arbitral de 1920 sobre a divisa entre Ceará e Piauí

Do outro lado, a Procuradoria Geral do Ceará (PGE-CE) sustenta que o Piauí está tentando “forçar judicialmente uma redefinição das divisas com uma demarcação que desrespeita a continuidade das posses”. O titular da Procuradoria do Patrimônio e do Meio-Ambiente (Proprama), Diogo Musy, defende o critério ocupação para definir a posse ao invés de uma demarcação geográfica, como quer o Piauí.

Em sua contestação apresentada ao STF, a PGE-CE diz que o convênio arbitral de 1920 no qual se baseia o Estado vizinho “não passou de uma carta de intenção política”. O texto diz que o documento “caducou”, pois nunca foi cumprido. Isso porque a demarcação prevista nele nunca foi feita na prática.
O governo do Ceará rebate ainda a afirmação de que as áreas de litígio são “terra sem lei”. “Há uma gama de equipamentos públicos de saúde, educação e de lazer custeados pelo Ceará e pelas prefeituras”. A procuradoria lembra que o Estado possui 75 escolas nos 14 municípios cearenses.

Omissão

Além do Piauí, o Ceará tem problemas de definição das divisas, em menor medida, com os Estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Na Assembleia Legislativa do Ceará, uma comissão comandada pelo deputado Neto Nunes (PMDB) tenta, desde 2009, soluções amistosas com os vizinhos.
Neto Nunes critica a atitude do governo piauiense.
“O Piauí tem sido omisso com a população que está querendo para si. Nunca deu assistência, não levou energia, não levou água, não levou escola, não levou saúde e não fez anda por aquela população. Como pode dizer hoje que pertence ao Piauí?”, questiona.

A ação

Em sua contestação, a PGE do Ceará pede que o STF julgue a ação do Piauí como improcedente. Contudo, por trás das alegações e do discurso duro do deputado cearense, há uma movimentação no sentido de que o processo seja suspenso e as negociações voltem acontecer na esfera política.
No site do STF, na página referente à ação cível originária (ACO) – 1831, consta que, no mês de fevereiro deste ano, a União propôs submeter a questão à Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF) e suspender o processo. Porém, no último dia 29 de março o mandado da intimação para que o Piauí se pronunciasse sobre a proposta foi devolvido.
O relator responsável pela ação no STF é o ministro Dias Tófffoli, 44 anos, indicado para a vaga na corte em 2009. Ele é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e tem especialização em Direito Eleitoral.


Fonte: IG.COM

De Freud a Android

FREUDFreud Android
"Um sonho é tão mais profundo quanto mais louco ele parece." Essa frase com jeitão hippie na verdade é de autoria do pai da psicanálise, Sigmund Freud. Ele teve a ideia de interpretar os sonhos para ler o inconsciente de seus pacientes. E para isso consumia uma substância que turbinava a própria consciência. No caso, a...

COCAÍNA
Antes de a folhinha mastigada pelos incas em Machu Picchu se transformar no pó aspirado em banheiros de boate, a cocaína foi parar em um lugar inesperado: os laboratórios científicos. Freud era apenas um dos muitos pensadores que usavam a coca. Assim, ela virou objeto de estudo nas universidades alemãs, onde se tornou...

MEDICAMENTO
Dor de dente, flatulência, dor de cabeça, cansaço? No fim do século 19, isso era tratado com vinho, pó, cigarros, xarope e até com tabletes de coca. Mas o mecanismo de ação da droga só foi desvendado em 1898, por Richard Willstätter. Ganhador do Nobel de Química, ele estudou na Universidade de Berlim com outro gênio...

VON NEUMANN
Aos 6 anos, John von Neumann dividia números com 80 dígitos de cabeça e recitava páginas da lista telefônica de cor. Que curso ele devia fazer? Segundo o pai de Von Neumann, engenharia química. Ainda bem que ele desistiu e resolveu inventar a computação moderna. Sem isso, não haveria internet, Mac, iPod e...

ANDROID
Com o sistema operacional Android, você fala "Freud" para o seu celular. Sozinho, ele procura um programa, baixa, instala e roda. Aí acontece algo que nem os sonhos mais loucos de Freud seriam capazes de prever. Você aperta um botão e um programa de "frases de Freud" mostra na tela: "Um sonho é tão mais...


Fonte:superinteressante

Xingu, dos irmãos Villas Bôas estreia hoje(6)

 Cena de "Xingu", filme dirigido por Cao Hamburger que estreia nesta sexta

"No Xingu, nada é por acaso." O lema dos irmãos Villas Bôas, desbravadores do Brasil central na década de 1940 e idealizadores do Parque do Xingu, foi herdado pela equipe que decidiu contar sua história nos cinemas.

"Não existia coincidência nas filmagens de 'Xingu'", diz o diretor, Cao Hamburger, que volta a um longa após sete anos de hiato desde "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias". "Se não podia filmar no lugar escolhido, ia para outro. E acabava sendo mais bonito que o original."

Mas a mudança de locação nos dez meses de filmagens no Tocantins e no Parque do Xingu foi a menor das dificuldades. "O cerrado brasileiro queima por nove meses", conta Caio Blat, que vive o mais afoito dos irmãos expedicionários, Leonardo. "A caminhonete da nossa equipe passou por estradas que tinham paredes de fogo por causa das queimadas dos fazendeiros."
"É uma catástrofe", diz Felipe Camargo, dono do papel do aventureiro mais experiente, Orlando. "Perto de Palmas, o dono do hotel em que estávamos precisava limpar a piscina sempre. A camada de fuligem era constante."

A fumaça dos incêndios -naturais e provocados- no Centro-Oeste brasileiro perseguiu a equipe até a reserva do Xingu, no Mato Grosso.

Quando foram filmar com as tribos, em 2011, os atores e os técnicos viajaram divididos em dois aviões com 20 pessoas cada um, mas apenas um deles conseguiu pousar. "O campo de visão era mínimo. O avião tentava aterrissar no meio da fuligem, mas, quando o piloto via algo, já estava muito perto das árvores", lembra Blat.

Metade do time chegou três dias depois. "Filmando sem som nem maquiagem."

"É um filme de guerra, não só pelos personagens, que são heróis repletos de falhas, mas pelas condições climáticas", resume Camargo. "Isso serviu para nos ajudar a viver os Villas Bôas", fala João Miguel, intérprete do irmão mais idealista, Claudio.

Mas "Xingu" teve momentos mais tensos. Em 2010, um avião com dois membros da equipe e um piloto caiu em Palmas. "Todos ficaram bem. Guilherme Ramalho, diretor de cenas aéreas, saiu do avião querendo entrar no outro para filmar", brinca o diretor.

Um carro de alimentação virou na estrada e só foi encontrado 24 horas depois. Outra vez, nenhum ferido.

SKYPE NA TRIBO

Cao Hamburger começou o trabalho exaustivo de pesquisa em 2007 e logo passou dez dias no Xingu. João Miguel ficou oito dias com os índios, e Caio Blat deixou o filho recém-nascido no Rio.

"Foi a parte dura. Mas, quando cheguei ao Xingu, tive uma surpresa: os índios tinham Skype [programa de comunição com vídeo via internet] na oca", conta o ator.

Os índios do Xingu ficaram desconfiados com os "estrangeiros". "Tinha de convencê-los de que o filme mostraria o ponto de vista deles", fala o cineasta, que quer voltar à região para novo longa sobre indígenas nunca contatados.

O desafio agora é fazer o público comprar a ideia de "Xingu", superprodução de R$ 14 milhões, com tema sem precedentes de grande sucesso no país. "Brasileiro não gosta de índio. É chocante perceber isso até entre meus amigos", diz Hamburger. "Mas a base de 'Avatar' é a cultura indígena brasileira. Cameron veio para cá, tomou algo e fez aquele filme."


Fonte: Folha.Com

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Descoberto na Bahia depósito gigante com 28 milhões de toneladas de neodímio


Nova empresa de João Cavalcanti, ex-sócio de Eike Batista, encontra depósito gigante com 28 milhões de toneladas de neodímio.
Se diz místico e já foi chamado pelo The New York Times como ‘o geólogo que fala com o cosmo’
O empreendedor baiano João Carlos Cavalcanti, o JC, conhecido no mundo da geologia como o ‘farejador de minérios’ depois de ter descoberto minas gigantes de fosfato, ferro e níquel ao lado de sócios como Daniel Dantas, Eike Batista e os Ermírio de Moraes, donos do grupo Votorantim.
Após a parceria com Dantas, que diz ter sido positiva na estruturação da empresa de pesquisa mineral do banqueiro do Opportunity, a GME4, Cavalcanti criou a World Mineral Resources Participações S.A. (WMR). Agora, um ano após a estrutura a companhia, afirma ter encontrado na Bahia uma reserva estimada em 28 milhões de toneladas de neodímio – um dos 17 elementos que compõe o grupo de minerais chamado terras raras, usados em equipamentos de alta tecnologia, como carros elétricos, smartphones e tablets. "É a primeira descoberta de neodímio no Brasil similar ao maior depósito do mundo, que é Baotu, na China. Encontramos teores de concentração semelhantes ao neodímio chinês, com 12,75%. O da China está com 12%, 14% de concentração”, diz o geólogo.
O anúncio formal da descoberta será realizado no final deste mês ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O próximo passo será fazer o levantamento detalhado do tamanho da reserva diluída em rochas compostas por fluoretos de cálcio na cidade de Serra do Ramalho, oeste da Bahia. “Fizemos estudos geológicos preliminares, já identificamos a mãe do minério e estamos trabalhando para idenficar o valor final [tamanho do depósito]”, indica.




Adaptado do: IG.COM

Tradicional entrega de peixes da Semana Santa em Santo Antônio/RN



O Prefeito Dr Gilson compareceu a tradicional entrega do “peixe da semana santa”.O peixe foi  entregue para todas as famílias carentes do município. A prefeitura distribuiu cerca de 12 toneladas de peixe de forma igualitária, sem que houvesse qualquer tipo de descriminação ou partidarismo. Com isso todos saíram satisfeitos com a forma de como foi distribuído e muito mais com a qualidade do peixe. Esse é dos bons! Disse  o senhor Antonio da projetada 25.

A entrega aconteceu na Quadra Aristófanes Fernandes mediante apresentação de fichas previamente distribuídas em cada casa da cidade e que, após a entrega na cidade, foi destinado uma parte para cada comunidade da zona rural. 



Petrobras tem sinal verde para gerar energia solar no RN

 Em Natal, 90 por cento dos hotéis usam energia solar para aquecer água(Alberto Leandro)

A Petrobras recebeu sinal verde da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para executar o projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma usina de energia solar de 1,1 Mega watts (MW) em Alto do Rodrigues, a 200 quilômetros de Natal. Orçada em R$ 20,9 milhões, a usina fornecerá energia para a própria companhia. A expectativa é que comece a operar até o segundo semestre de 2014. 
O projeto, revisado e reavaliado pela Aneel em março, chegou a ser enviado de volta para que a companhia corrigisse distorções, como antecipou a TRIBUNA DO NORTE no domingo passado. Nem a Aneel nem a Petrobras esclareceram, entretanto, que distorções seriam essas. A equipe de reportagem entrou em contato com a companhia, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. 

A Petrobras não respondeu quais serão os próximos passos nem se a usina gerará energia em escala comercial num segundo momento. A superintendência de pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética da Aneel, por sua vez, se limitou a dizer que o projeto deve ser iniciado em breve.

A aprovação do projeto foi divulgada às vésperas da votação  de dois regulamentos que prometem incentivar a geração e o consumo de energia solar no país. A Aneel vota este mês - segundo previsão da coordenação de energia solar fotovoltaica do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia do RN (Cerne) - regulamentação que libera a instalação de pequenas centrais geradoras de energia elétrica (com potência instalada menor ou igual a um Mega watt (MW) em empresas e residências) e concede maior desconto para quem instalar usinas de energia solar com até 30 MW. 

Várias empresas já demonstraram interesse em investir em energia solar dentro e fora do Rio Grande do Norte. O potencial do estado é cinco vezes maior que o da Alemanha, um dos países que mais avançaram nesta área, e já desperta o apetite dos investidores. 

No caso da Petrobras,  o projeto, que começará a ser desenvolvido este ano, contribuirá, segundo a companhia, para aperfeiçoamento dos dados públicos sobre geração de energia solar (fotovoltaica), para a expansão da rede de laboratórios de ensaios e certificação de equipamentos, e para a formação de profissionais de nível técnico e superior dedicados a essa área. Para o desenvolvimento do projeto será implantada uma plataforma experimental de 10 kW, como modelo de usina, no Laboratório de Eletrônica de Potência e Energias Renováveis do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O Centro de Tecnologias Renováveis do Gás & Energias Renováveis (CTGAS-ER), núcleo de pesquisa e formação da Petrobras em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), também receberá seis estações de captação de dados de energia solar que funcionarão de forma complementar ao Sistema Nacional de Organização de Dados Ambientais (Rede Sonda) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Uma estação desse tipo já está em operação na usina termelétrica (UTE) Jesus Soares Pereira, área onde a usina será instalada, desde julho de 2011. O CTGAS-ER terá um laboratório para homologação dos equipamentos utilizados em sistemas de geração fotovoltaica, além de um centro de capacitação e certificação de pessoal. Em Natal, 90% dos hotéis já usam essa fonte de energia para aquecer água.

Usina de biodiesel será 'comercial'

Esse não foi o único projeto apresentado pela Petrobras para o Rio Grande do Norte durante a semana. A companhia também vai transformar a planta experimental de biodiesel, localizada no polo industrial de Guamaré, em uma usina comercial. O projeto foi apresentado ontem à governadora Rosalba Ciarlini. 

Durante a reunião, o diretor de biodiesel da Petrobras Biocombustível, Alberto Fontes, afirmou que o RN será o primeiro no mundo a trabalhar o conceito de biorrefinaria integrada, mas não explicou o conceito, não detalhou o projeto,  não citou datas, nem informou quanto será investido. "Precisamos de algumas modificações e que estão previstas até o final do ano", limitou-se a dizer. 

A equipe de reportagem solicitou mais detalhes  do projeto, mas a companhia só os enviará hoje. A ideia de transformar a planta experimental em usina comercial é antiga. A Petrobras já havia levantado esta possibilidade outras vezes. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, lembrou de outras reuniões com a Petrobras em que esses temas foram discutidos para o crescimento do RN. 




Fonte: Tribuna do Norte

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Abelhas são mais parecidas com os humanos do que se imagina

 As abelhas são conhecidas por ter uma sociedade estruturada com distintas funções …

Algumas abelhas gostam de aventura e outras preferem ficar na colmeia: segundo uma nova análise do cérebro destes insetos, algumas substâncias químicas que também afetam a personalidade humana podem explicar esta diferença.
As abelhas são conhecidas por ter uma sociedade estruturada com distintas funções para cada grupo: algumas trabalham como enfermeiras, outras buscam alimento, por exemplo.
Mas dentro destas funções, cientistas descobriram que as abelhas também têm personalidades distintas, segundo um estudo da revista Science que examinou a diferença entre as abelhas exploradoras que buscam comida e as que não.
"Existe uma regra de ouro para a investigação sobre a personalidade que diz que se alguém mostra a mesma tendência em diferentes contextos, isto pode ser chamado de traço de personalidade", disse o coordenador do estudo, Gene Robinson, professor de Entomologia e Neurociência da Universidade de Illinois (norte).
Os cientistas diferenciaram dois grupos de abelhas com a instalação de potes com comida nova com aromas e cores únicas, que mudavam todos os dias, e observaram quais abelhas buscavam experimentar novos sabores e quais preferiam os já conhecidos.
Quando examinaram os cérebros das abelhas aventureiras, eles encontraram diferenças na expressão genética relacionadas com a mesma cadeia molecular que regula a busca de novidades nos mamíferos e humanos.
Estes químicos do cérebro, a catecolamina, o glutamato e o ácido gama-aminobutírico, são conhecidos para influenciar o nível de recompensa que a pessoa sente ao buscar novas experiências.
"Nossos resultados nos dizem que a busca por novidades nos humanos e outros vertebrados têm paralelismos com os insetos", afirmou Robinson.
"Podemos notar as mesmas diferenças de comportamento e as mesmas bases moleculares", completou.
O estudo também sugere que o mesmo tipo de ferramentas genéticas evoluíram nas abelhas, animais e humanos, e que aventurar-se era uma característica que valia a pena conservar porque podia ajudar as espécies a encontrar novas fontes de comida.
"Parece que os mesmos canais moleculares estiveram envolvidos repetidamente na evolução para dar lugar às diferenças individuais na busca por novidade", disse Robinson.
O estudo foi financiado pela Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos (NSF), os Institutos Nacionais da Saúde (NIH) e pela Illinois Sociogenomics Initiative (SGI).



Yahoo.Com

Gelo da Groenlândia é mais vulnerável ao aquecimento do que se pensava

Imagem de satélite da Nasa mostra gelo desprendido da geleira Petermann, no noroeste …
A cobertura de gelo da Groenlândia está mais sensível ao aquecimento global do que se pensava, já que uma elevação relativamente pequena da temperatura no longo prazo a derreteria completamente, segundo um estudo publicado neste domingo.
Pesquisas anteriores sugeriram que seria necessário um aquecimento de pelo menos 3,1º Celsius acima dos níveis pré-industriais, em uma faixa de 1,9ºC a 5,1º C, para derreter completamente a camada de gelo.
Mas novas estimativas, publicadas na revista Nature Climate Change, estabelecem o limite em 1,6ºC em uma faixa de 0,8ºC a 3,2º C, embora esta temperatura tenha que ser mantida por dezenas de milhares de anos para apresentar este efeito.
A Groenlândia é, depois da Antártica, a maior reserva de água congelada em terra.
Se derreter completamente, provocará uma elevação do nível do mar em 7,2 metros, encharcando deltas e terras baixas.
Segundo o estudo, se o aquecimento global se limitar a 2ºC, uma meta estabelecida em negociações climáticas da ONU, o derretimento completo aconteceria em uma escala de tempo de 50.000 anos.
As emissões atuais de carbono, no entanto, situam o aquecimento muito além desta meta. Se não forem controladas, um quinto da cobertura de gelo derreteria no prazo de 500 anos e toda estaria extinta em 2.000 anos, segundo o estudo.
O estudo foi feito por cientistas do Instituto Postdam de Pesquisa sobre o Impacto do Clima (PIK) e da Universidade Complutense de Madri.
Segundo eles, o risco de perda total do gelo parece remota, em vista da imensa escala de tempo, porém alertaram que suas descobertas contestam muitas suposições sobre a estabilidade da cobertura de gelo com relação ao aquecimento no longo prazo.
A atmosfera terrestre já se aqueceu 0,8ºC desde o início da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, e o dióxido de carbono emitido hoje ainda perdurará por séculos.
A cobertura de gelo é vulnerável a um tipo de círculo vicioso, também conhecido como 'feedback positivo', que impulsiona o derretimento, segundo o artigo.
Chegando a 3.000 metros de espessura em alguns lugares, a cobertura de gelo hoje se beneficia do efeito protetor de altitudes maiores e mais frias.
Mas quando derrete, a superfície desce para altitudes mais baixas, com temperaturas mais elevadas, demonstra o modelo de computador.
Além disso, porções de terra expostas pelo gelo absorvem radiação por serem mais escuras e não refletirem a luz. À medida que se aquecem, elas ajudam a derreter o gelo em seus arredores.
"Nosso estudo demonstra que, sob certas condições, o derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia se torna irreversível. Isto sustenta a noção de que a cobertura de gelo é um elemento preponderante no sistema terrestre", disse Andrey Ganopolski, cientista do PIK.
"Se a temperatura global superar o limiar significativamente a longo prazo, o gelo continuará a derreter e não se recuperará, mesmo se o clima voltar, após milhares de anos, aos níveis pré-industriais", acrescentou.


Fonte: Portal yahoo.com

Interesse por cultura brasileira cria chance de fortalecer economia via 'soft power'.


Enquanto o governo instala bibliotecas de fronteira e incentiva o lançamento de escritores brasileiros em outras línguas, agentes privados levam ao exterior eventos antes só disponíveis no Brasil, caso do festival Back2Black, uma das mais de dez grandes atrações brasileiras a desembarcar em Londres até os Jogos Olímpicos (veja quadro abaixo da página).
Mas especialistas alertam: se estas iniciativas não forem coordenadas e representarem uma estratégia deliberada, os benefícios que a crescente economia brasileira teria por meio da exportação e poder de sedução de seus valores - o chamado soft power - podem ser limitados.
"Soft Power" é um conceito elaborado pelo professor americano Joseph Nye para definir a capacidade de países influenciarem relações internacionais e intensificarem trocas comerciais através da sedução de produtos como filmes, música, moda, mídia e turismo. A economia dos Estados Unidos, por exemplo, se beneficia da ampla exposição de seus produtos por meio dos filmes de Hollywood.
O termo se contrapõe ao chamado "hard power", que define ações militares e bloqueios comerciais, por exemplo.
"O Brasil exerce naturalmente o soft power", diz Nye em entrevista à BBC Brasil. "Se você observar a cultura brasileira e seu impacto, verá que a imagem do país é originalmente positiva, mesmo antes do avanço econômico recente. Pode ser que isso tenha a ver com o futebol, mas o fato é que há uma percepção de que o Brasil lidou bem com questões caras a outros países, como a racial. Ou seja, é portador de valores como tolerância. E isso é importante", resume.
Mais artistas brasileiros do que nunca
Nye e outros especialistas alertam para o fato de que, para funcionar, o soft power requer capacidade de articulação entre agentes públicos e privados, o que muitas vezes pode exigir a criação e uma entidade específica. "Não é essencial, mas ajudaria muito. O British Council (órgão de promoção da cultura britânica no exterior), por exemplo, é muito bem sucedido e prova que não é preciso gastar muito, mas apenas coordenar ações, para se obter grande impacto", exemplifica Nye, antes de lembrar que os setores cultural, de mídia e de entretenimento tendem a ser os primeiros a se beneficiar. "Mas isso depois se espalha por toda a economia."
Além da Grã Bretanha, países como França, com a Aliança Francesa, Alemanha, com o Instituto Goethe, e a emergente China, com o Instituto Confúcio, optaram por este tipo de organização.
"É preciso notar, porém, uma diferença histórica. Os poderes coloniais montaram estas instituições quando estavam em declínio e precisavam aumentar trocas comerciais. O caso do Brasil é diferente, porque o país está em ascensão", pondera o professor de História Econômica da América Latina Colin Lews, da London School of Economics.
"Como o país está mais afluente e confiante, há uma pressão natural por institucionalizar a ação de soft power. E, de fato, é preciso haver um espaço institucional. O Itamaraty sempre teve uma postura independente - até mesmo dos governos, civis ou militares - e sabia onde queria ver o país. Mas agora a ação brasileira se tornou mais extracontinental", diz o Colin.
O crescimento da procura por produtos brasileiros no mercado internacional de arte e entretenimento é claro. "Há mais artistas vindo do que nunca. Neste ano, há eventos com brasileiros em todos os grandes centros culturais britânicos", sublinha Jude Kelly, diretora artística do gigante Southbank Centre, à beira do rio Tâmisa, em Londres.
Com nove viagens ao Brasil carimbadas no passaporte, Kelly promoveu há dois anos um festival de um mês integralmente dedicado a mostrar "como a cultura brasileira está sendo usada para transformar comunidades". Neste ano, o Southbank sedia o espetáculo "Hotel Medea", que Kelly assistiu no Festival Internacional de Edimburgo do ano passado, e a instalação "aMAZEme".

'Nova Bossa Nova'

Envolvido há quase duas décadas com produções teatrais no Brasil e na Grã-Bretanha, o produtor inglês Paul Heritage diz que, no passado, levava mais ingleses ao Brasil do que o contrário. Hoje, diz, há interesse e movimentação semelhante - e crescente - nos dois lados.
"O Brasil tem que aproveitar este momento. O país tem usado com sucesso uma tecnologia social das artes muito particular. O Ministério da Cultura investiu muito nas redes e criou um mercado alternativo ao capitalismo que vem ajudando as comunidades. E esta tecnologia, única, pode ser exportada. A Inglaterra, por exemplo, não tem", diz Heritage. "Esta tecnologia social das artes é a nova Bossa Nova", compara o produtor, responsável pela vinda de grupos como o Afro Reggae, Galpão e Nós do Morro à Grã-Bretanha.
Para Heritage, a área cultural do Itamaraty não está afinada com o crescimento da demanda por produtos artísticos do país. "É preciso mais coordenação, porque em um mundo de poucos recursos, é necessário haver mais diálogo. Está na hora de criar um novo órgão. O British Council, por exemplo, une forças", exemplifica Heritage.
Organizadora do festival Back2Black, que há duas edições vem estabelecendo a ponte entre a música brasileira e seus semelhantes na África e nos Estados Unidos, Connie Lopes concorda com o colega britânico.
"É a hora de o Brasil ter seu instituto cultural permanente para representar interesses e divulgar valores que são comungados por artistas, produtores e empresas que apoiam estes eventos. Nós, de forma geral, nos articulamos, mas seria bom uma ação coordenada", pontua ela, à frente do segundo festival brasileiro a chegar ao exterior - o primeiro foi o Rock in Rio, com versões em Portugal e na Espanha. "A partir da gestão do Gilberto Gil no Ministério da Cultura, o setor se profissionalizou muito e requer nos níveis de organização", defende.
O Itamaraty não nega que a conjuntura mudou. "Há espaço para interação (entre agentes econômicos e poder público) mais lógica, sim. Não há uma unidade", reconhece o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Tovar Nunes da Silva. "Mas não necessariamente haverá um novo organismo, especificamente destinado a cuidar das ações de soft power", adianta.
Nunes da Silva afirma que o Brasil é o único país emergente que "só tem soft power". "Optamos conscientemente pela não militarização. Basta ver que somos um dos poucos países do mundo em que o herói nacional é um diplomata (Barão do Rio Branco) e não um general. Não temos escolha, nossa história é de soft power".

'Ocidental plus'

O porta-voz cita organismos como os Centros de Estudos Brasileiros e a Agência Brasileira de Cooperação como exemplos de institucionalização do soft power. No entanto, defende diversidade na condução das ações públicas e privadas. "Somos um país 'ocidental plus'. Ocidental não é suficiente para classificar o Brasil. Os modelos dos países desenvolvidos talvez não satisfaçam esta alma meio solta, que é parte do que somos. Há um processo de sofisticação que talvez demande que este país seja representado de mais de uma forma. Não há um kit Brasil", diz.
Em meio ao crescimento constante da procura por produtos (muitos dos quais culturais) brasileiros na Grã-Bretanha, o embaixador Roberto Jaguaribe concorda com Nunes da Silva. O diplomata diz que a imagem brasileira está mudando "do alegórico, festivo, para o da potência econômica, ambiental, democrática e capaz de incluir socialmente". "No entanto, pessoalmente acho que uma organização específica não é a melhor forma de articular esforços. Buscar homogeneidade em tudo limita um universo mais amplo de representação", reforça.
"Sem uma instituição, de fato há mais diversidade", concorda o professor Colin Lewis, da London Schoool of Economics. "Mas corre-se o risco de se perder o foco."
Além da Grã-Bretanha, onde, segundo Jaguaribe, há crescimento do interesse pela produção brasileira nos últimos 20 anos, as artes brasileiras são destaque na Alemanha, na Colômbia e em Nova York, onde o Sesc acaba de assinar um acordo com o selo Nublu e o festival Globalfest para garantir destaque permanente a artistas brasileiros no evento, que acontece todo mês de janeiro. Acordos também estão sendo fechados no Leste Europeu e na Ásia, sempre com ação pública e privada.

Brasil na Grã Bretanha

London Book Fair
16/04 a 18/04 - A 41a edição da feira terá pela primeira vez um estande dedicado à produção brasileira.
World Shakespeare Festival 2012
07/05 - Companhia BufoMecânica encena Two Roses for Richard III, inspirada no clássico Ricardo III
Globe to Globe
19/05 - Grupo Galpão encena seu aclamado Romeu e Julieta no Globe Theatre.
Salisbury International Arts Festival
25/05 a 09/06 - Terá a sua edição 2012 inspirada nos temas da cultura brasileira, com o filme 5 Vezes Favela, a Oficina de Percussão do Affro Reggae e a pianista Cristina Ortiz, entre outros
British Library e King's College
08/06 - Ciclo de debates sobre a obra de Jorge Amado e mestiçagem, com o sociólogo Roberto DaMatta e os escritores Mia Couto (moçambicano) e Ana Maria Machado, entre outros.
Festival Back2Black
29/06 a 01/07 - Luiz Melodia, Marcelo D2, Criolo, Mart'nalia, Emicida, Arnaldo Antunes, Virginia Rodrigues, Femi Kuti, Roots Manuva e Fatoumata Diawara se apresentam na Old Billingsgate.
One Hackney Festival
21/07 - Integrantes de grupos carnavalescos do Rio e de Londres desfilam nas ruas de Hackney para celebrar a passagem da tocha olímpica.
Rio Occupation London
06/07 a 04/08 - Trinta artistas ocupam Londres por 30 dias e trabalham em colaboração com britânicos. Os artistas ficarão instalados no Battersea Arts Centre (BAC).
Casa Brasil
12/07 a 12/09 - Na Somerset House, uma série de eventos divulga a cultura brasileira, com destaque para mostra de design com curadoria de Rafael Cardoso e Daniela Thomas. O local também servirá de base ao Comitê Olímpico Brasileiro durante os Jogos de Londres.
Victoria and Albert Museum
Sem data ainda - Exposição reune 83 peças de Arthur Bispo do Rosário no tradicional museu em South Kensington.
Boomba Down the Tyne
01/09 a 9/09 - Música e dança do Brasil, em performance que mistura Bumba Meu Boi com o Blaydon Races, do Nordeste do Brasil e do Nordeste da Inglaterra, respectivamente. No Southbank Centre.


Fonte: BBC Brasil