sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Resultado parcial do concurso público da prefeitura de Goianinha-RN



Resultado CLIK AQUI.


Enem 2013: saiba o que levar, o que não fazer e o que não esquecer

Os candidatos que vão fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos próximos sábado (26) e domingo (27) devem ficar atentos para não serem eliminados por descuido. Algumas atitudes no momento da prova podem desclassificar o estudante: a principal delas é tentar copiar as respostas de outro candidato, ou utilizar material externo como anotações e aparelhos eletrônicos.

Na edição de 2012 do exame, o Ministério da Educação (MEC) fez um monitoramento das redes sociais durante os dois dias de prova, e 65 estudantes foram eliminados por postarem imagens na internet, inclusive do caderno de provas e do cartão especial para marcar o gabarito.
O edital do Enem lista as proibições que, caso sejam desobedecidas, estão sob pena de eliminação. Fique por dentro de todas as regras para não correr o risco de ter a sua prova anulada:

O que não pode levar:

Não é permitido portar lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borrachas, livros, manuais, impressos, anotações e quaisquer dispositivos eletrônicos. Por exemplo: calculadora, celular, tablet, ipod, ipad, pendrives, mp3players, gravadores, relógios ou qualquer tipo de receptor ou transmissor de dados ou mensagens;

Não deixe nenhum objeto eletrônico no seu bolso. Se você levar algum desses objetos no dia da prova deverá guardar na embalagem que será fornecida pelo aplicador. Se for pego com eles durante a prova, ainda que não os esteja utilizando, poderá ser eliminado;

Também não é permitido usar óculos escuros, boné, chapéus, gorros ou viseiras;
Armas de fogo também estão proibidas na sala de prova, mesmo que o candidato tenha porte de arma;
A embalagem porta-objetos deverá ser lacrada, identificada pelo participante e mantida embaixo da carteira até a conclusão da prova.

O que não pode fazer:

O participante não poderá realizar qualquer espécie de consulta ou comunicar-se com outros candidatos durante as provas;
É expressamente proibido ao participante receber quaisquer informações referentes ao conteúdo das provas de qualquer membro da equipe de aplicação do exame;
Não será permitido ao candidato, durante a realização da prova, fazer anotações relativas às suas respostas em quaisquer meios;
O participante não pode deixar a sala antes de duas horas do início das provas.

O que não pode esquecer:
Assim que começar o exame, é importante conferir se não está faltando nenhuma página no seu caderno de provas;
As respostas das provas objetivas e o texto da redação deverão ser transcritas, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, nos respectivos cartões-resposta e Folha de Redação, que deverão ser entregues ao aplicador da sua sala ao término das provas;
As provas do Enem têm diferentes cores - conteúdo é o mesmo, o que muda é a ordem em que as questões aparecem. Não esqueça de marcar no cartão de respostas a cor do caderno de provas que você recebeu. Sem essa informação é impossível fazer a correção do gabarito que você marcou e a nota será zero;
Não se esqueça de assinar, nos espaços próprios, o Cartão-Resposta referente a cada dia de provas, a Folha de Redação, a Lista de Presença, a Folha de Rascunho e os demais documentos do exame;

Na capa do caderno de provas também estará escrita uma frase que você deve transcrever no cartão de resposta. Não esqueça de escrever a frase, caso contrário também será eliminado. Esse é um procedimento de segurança para conferir se a grafia bate com a da assinatura do candidato no documento de identidade.

Fonte: Terra.com



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

The Raven (O Corvo), Poema de Edgar Allan Poe ultrapassa os tempos e permanece sempre atualíssimo, em muitos casos

Bela interpretação de Vincent Price para a tradução de Fernando Pessoa

The Raven ("O Corvo") é um poema do escritor e poeta norte-americano Edgar Allan Poe. Ele foi publicado pela primeira vez em 29 de Janeiro de 1845, no New York Evening Mirror. É um poema notável por sua musicalidade, língua estilizada e atmosfera sobrenatural provenientes tanto da métrica exata, permeada de rimas internas e jogos fonéticos, quanto do talento singular de Poe, um dos maiores expoentes tanto do romantismo quanto da própria literatura americana.
Neste poema, que apresenta uma temática típica do romantismo (ou, mais especificamente, do Ultrarromantismo), a figura do misterioso corvo que pousa sobre o busto de Pallas (ou Atena, na maioria das traduções feitas para o português como a de Fernando Pessoa) representa a inexorabilidade da morte e seu impacto sobre o personagem, o qual, no seu papel de arquétipo correspondente às tendências da geração literária de Poe, lamenta e sofre profundamente com a perda de sua amada Leonora (Lenore, no original). No final do poema, o corvo, o qual representa, como dito acima, a inexorabilidade da morte, repousa sobre o busto de Pallas simbolizando o pesar eterno que se abateu sobre a alma do protagonista.

Pallas Atenas: é, na mitologia grega, a deusa da guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade. Uma das principais divindades do panteão grego e um dos doze deuses olímpicos.

imagem: Gustavo Doré
Referência: Wikipédia

Uma das melhores traduções é a do grande escritor brasileiro Machado de Assis.


O CORVO – Edgar Allan Poe (tradução de Machado de Assis)

Em certo dia, à hora 
Da meia-noite que apavora, 
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga, 
Ao pé de muita lauda antiga, 
De uma velha doutrina agora morta, 
Ia pensando, quando ouvi à porta 
Do meu quarto um soar devagarinho, 
E disse estas palavras tais: 
"É alguém que me bate à porta de mansinho; 
Há de ser isso e nada mais". 


Ah! bem me lembro! bem me lembro! 
Era no glacial dezembro; 
Cada brasa do lar sobre o colchão refletia 
A sua última agonia. 
Eu ansioso pelo Sol, buscava 
Sacar daqueles livros que estudava 
Repouso (em vão!) à dor esmagadora 
Destas saudades imortais 
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora, 
E que ninguém chamará mais. 

E o rumor triste, vago, brando 
Das cortinas ia acordando 
Dentro em meu coração um rumor não sabido, 
Nunca por ele padecido. 
Enfim, por aplacá-lo aqui, no peito, 
Levantei-me de pronto, e "Com efeito, 
(Disse), é visita amiga e retardada 
"Que bate a estas horas tais. 
"É visita que pede à minha porta entrada: 
"Há de ser isso e nada mais". 

Minh'alma então sentiu-se forte; 
Não mais vacilo, e desta sorte 
Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora, 
Me desculpeis tanta demora. 
"Mas como eu, precisando de descanso 
"Já cochilava, e tão de manso e manso, 
"Batestes, não fui logo, prestemente, 
"Certificar-me que aí estais". 
Disse; a porta escancar, acho a noite somente, 
somente a noite, e nada mais. 

Com longo olhar escruto a sombra 
Que me amedronta, que me assombra. 
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado, 
Mas o silêncio amplo e calado, 
Calado fica; a quietação quieta; 
Só tu, palavra única e dileta, 
Lenora, tu, com um suspiro escasso, 
Da minha triste boca sais; 
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço; 
Foi isso apenas, nada mais. 

Entro co'a alma incendiada. 
Logo depois outra pancada 
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela: 
"Seguramente, há na janela 
Älguma coisa que sussurra. Abramos, 
"Eia, fora o temor, eia, vejamos 
"A explicação do caso misterioso 
Dessas duas pancadas tais, 
"Devolvamos a paz ao coração medroso, 
"Obra do vento, e nada mais". 

Abro a janela, e de repente, 
Vejo tumultuosamente 
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias. 
Não despendeu em cortesias 
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto 
de um lord ou de uma lady. E pronto e reto, 
Movendo no ar as suas negras alas, 
Acima voa dos portais, 
Trepa, no alto da porta em um busto de Palas: 
Trepado fica, e nada mais. 

Diante da ave feia e escura, 
Naquela rígida postura, 
Com o gosto severo, - o triste pensamento 
Sorriu-me ali por um momento, 
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas 
"Vens, embora a cabeça nua tragas, 
"Sem topete, não és ave medrosa, 
"Dize os teus nomes senhoriais; 
"Como te chamas tu na grande noite umbrosa?" 
E o corvo disse: "Nunca mais". 

Vendo que o pássaro entendia 
A pergunta que eu lhe fazia, 
Fico atônito, embora a resposta que dera 
Dificilmente lha entendera. 
Na verdade, jamais homem há visto 
Coisa na terra semelhante a isto: 
Uma ave negra, friamente posta 
Num busto, acima dos portais, 
Ouvir uma pergunta a dizer em resposta 
Que este é seu nome: "Nunca mais". 

No entanto, o corvo solitário 
Não teve outro vocabulário. 
Como se essa palavra escassa que ali disse 
Toda sua alma resumisse, 
Nenhuma outra proferiu, nenhuma. 
Não chegou a mecher uma só pluma, 
Até que eu murmurei: "Perdi outrora 
"Tantos amigos tão leais! 
"Perderei também este em regressando a aurora". 
E o corvo disse: "Nunca mais!" 

Estremeço. A resposta ouvida 
É tão exata! é tão cabida! 
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência 
"Que ele trouxe da convivência 
"De algum mestre infeliz e acabrunhado 
"Que o implacável destino há castigado 
"Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga, 
"Que dos seus cantos usuais 
"Só lhe ficou, na amarga e última cantiga, 
"Esse estribilho: "Nunca mais". 

Segunda vez nesse momento 
Sorriu-me o triste pensamento; 
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo; 
E, mergulhando no veludo 
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera, 
Achar procuro a lúgubre quimera, 
A alma, o sentido, o pávido segredo 
Daquelas sílabas fatais, 
Entender o que quis dizer a ave do medo 
Grasnando a frase: "Nunca mais". 

Assim pôsto, devaneando, 
Meditando, conjeturando, 
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava, 
Sentia o olhar que me abrasava. 
Conjeturando fui, tranqüilo, a gosto, 
Com a cabeça no macio encosto 
Onde os raios da Lâmpada caíam, 
Onde as tranças angelicais 
De outra cabeça outrora ali se desparziam 
E agora não se esparzem mais. 

Supus então que o ar, mais denso, 
Todo se enchia de um incenso, 
Obra de serafins que, pelo chão roçando 
Do quarto, estavam meneando 
Um ligeiro turíbulo invisível: 
E eu exclamei então: "Um Deus sensível 
"Manda repouso à dor que te devora 
"Destas saudades imortais. 
"Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora". 
E o corvo disse: "Nunca mais". 

"Profeta, ou o que quer que sejas! 
"Ave ou demônio que negrejas! 
"Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno 
"Onde reside o mal eterno, 
"Ou simplesmente náufrago escapado 
"Venhas do temporal que te há lançado 
"Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo 
"Tem os seus lares triunfais, 
"Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?" 
E o corvo disse: "Nunca mais". 

"Profeta, ou o que quer que sejas! 
"Ave ou demônio que negrejas! 
"Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende! 
"Por esse céu que além se estende, 
"Pelo Deus que ambos adoramos, fala, 
"Dize a esta alma se é dado inda escutá-la 
"No Éden celeste a virgem que ela chora 
"Nestes retiros sepulcrais, 
"Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!" 
E o corvo disse: "Nunca mais!" 

"Ave ou demônio que negrejas! 
"Profeta, ou o que quer que sejas! 
"Cessa, ai, cessa! (clamei, levantando-me) cessa! 
"Regressando ao temporal, regressa 
"À tua noite, deixa-me comigo... 
"Vai-te, não fique no meu casto abrigo 
"Pluma que lembre essa mentira tua. 
"Tira-me ao peito essas fatais 
"Garras que abrindo vão a minha dor já crua" 
E o corvo disse: "Nunca mais". 

E o corvo aí fica; ei-lo trepado 
No branco mármore lavrado 
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho. 
Parece, ao ver-lhe o duro cenho, 
Um demônio sonhando. A luz caída 
Do lampião sobre a ave aborrecida 
No chão espraia a triste sombra; e fora 
Daquelas linhas funerais 
Que flutuam no chão, a minha alma que chora 
Não sai mais, nunca, nunca mais!


Fim



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Gestores públicos municipais, estaduais e federais, especialistas e representantes da sociedade civil vão se reunir para discutir o fim dos lixões

Gestores públicos municipais, estaduais e federais, especialistas e representantes da sociedade civil vão se reunir para discutir o fim dos lixões no Brasil. Este é o tema principal da 4.ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que começa nesta quinta-feira, 24 de outubro, em Brasília. Para os Municípios, o encontro tem grande importância, pois dele podem sair alternativas para a solução do problema.
Estados e Municípios se prepararam para a etapa nacional do debate. Um total de 1.352 gestores, nomeados como delegados, foram escolhidos e capacitados nas etapas anteriores. De acordo com a organização da Conferência, 3.602 Municípios participaram de 643 encontros municipais e 179 regionais. Foram ao todo 200 mil pessoas envolvidas.
A Conferência terá quatro espaços temáticos: Produção e consumo sustentáveis; Redução dos impactos ambientais; Geração de emprego e renda e Educação ambiental. Por meio das discussões, será elaborado um documento com 60 ações prioritárias - 15 para cada eixo. Além disso, os participantes devem debater a situação dos catadores de lixo, a questão social que envolve o fim dos lixões.
Atual situação
Após a sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010, as prefeituras têm até agosto de 2014 para eliminar os lixões a céu aberto e tratar os resíduos em aterros sanitários. Mas, os recursos para tornar esta lei realidade passam de R$ 70 bilhões, segundo dados estimados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Dinheiro que não existe nos cofres municipais.

A Lei 12.305/2010 também prevê punição aos entes federados. Estados e Municípios que não cumprirem a legislação ficarão impedidos de captar recursos financeiros para o setor de Saneamento e Meio Ambiente. E aqueles que destinarem os materiais recicláveis para os aterros sanitários comuns serão multados.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), no Brasil existem três mil lixões a serem fechados - 2.906 em atividade. E das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia no país, apenas 1,4% é reciclado. Só 27% dos Municípios têm aterros sanitários e 14% fazem coleta seletiva do lixo.
Prorrogação
A CNM quer a prorrogação do prazo estipulado em lei, uma vez que apenas 10% dos Municípios possuem o PNRS. As dificuldades não são apenas financeiras, a falta de técnicos para a elaboração e orientação de execução do Plano também impede que os Municípios cumpram a legislação. A possibilidade de prorrogação será levantada pela entidade durante a Conferência.


Fonte: CNM