sábado, 3 de novembro de 2012

ENEM: Em todo o país, foram 5,7 milhões de inscritos no Enem. Maratona de testes começa neste sábado (3), às 13h.

Serviço Enem para candidatos (Foto: Editoria de Arte/G1)Serviço Enem para candidatos (Foto: 
Editoria de Arte/G1)

Neste primeiro dia de provas, os candidatos terão no mínimo duas e no máximo quatro horas e meia para responder a 90 questões de múltipla escolha - sendo 45 de ciências humanas e 45 ciências da natureza. O domingo (4) é o dia das provas de linguagens e códigos, matemática e redação, com duração total de cinco horas e meia. 
Nos dois dias, o G1 fará uma cobertura especial do Enem em tempo real. Repórteres espalhados por 20 estados e no Distrito Federal acompanharão todos os passos do exame. Uma hora após o término das provas, o G1 Educação terá um programa ao vivo com professores de cursos pré-vestibulares comentando o que caiu no exame. 
 
Orientação
O Inep recomenda que os candidatos cheguem ao local de prova ao meio-dia (horário de Brasília).

É obrigatória a apresentação de documento de identificação original com foto para a realização das provas. Quem não tiver o documento deverá apresentar boletim de ocorrência emitido no máximo 90 dias antes da data da prova e se submeter a uma identificação especial e preenchimento de formulário próprio.
Os candidatos só poderão usar caneta esferográfica de material transparente e tinta preta para preencher o cartão-resposta e escrever a redação. Outros objetos, como canetas de outra cor, lápis e borracha, relógio, eletrônicos, bonés e chapéus, são de uso proibido. O Inep, porém, permite que os candidatos levem consigo água e comida para consumir durante a prova. Veja mais dicas para o Enem
 
VestibularDe acordo com o Ministério da Educação (MEC), as universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do exame como processo seletivo: como fase única; como primeira fase; combinado com o vestibular; como fase única para vagas remanescentes.
Na penúltina edição do Sisu, em janeiro deste ano, foram oferecidas 108.552 vagas em 3.327 cursos de 95 instituições públicas de ensino superior.

Foram mais de 3 milhões inscrições feitas por 1.757.399 candidatos — cada estudante teve o direito de fazer até duas opções de cursos e de instituições. Neste ano, a adesão das universidades ao Sisu deve ser definida até janeiro.   
 
ServiçoA Prefeitura de São José dos Campos informou que vai reforçar ônibus extras para atender os candidatos que prestarão o Enem. Serão 30 veículos extras circulando em 24 linhas da cidade entre 10h e 20h no sábado (3) e domingo (4). 
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Fonte: Portal G1.COM

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

OAB: Comissão discute fim do exame da OAB


A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle debate, hoje, a proposta de extinguir o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Henrique Lins. A audiência será realizada às 10 horas, no Plenário 9.

A aprovação no exame é, hoje, necessária para que o bacharel em Direito possa exercer a profissão de advogado. O assunto é tratado em 18 projetos de lei que tramitam em conjunto na Câmara. A maioria quer a extinção da prova, por considerar o diploma de ensino superior suficiente, mas alguns propõem ampliar as funções do exame e outros, substituí-lo por comprovação de estágio ou de pós-graduação.
Os projetos tramitam em caráter conclusivo e devem ser votados apenas na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) antes de irem ao Senado. O relator na CCJ, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), apresentou um substitutivo, no último dia 10, que determina o fim do exame da OAB.
O debate na Comissão de Fiscalização Financeira foi proposto pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor de um dos projetos que pedem a extinção (PL 2154/11). “Esse exame cria uma obrigação absurda que não é prevista em outras carreiras, igualmente ou mais importantes. O médico faz exame de Conselho Regional de Medicina para se graduar e ter o direito ao exercício da profissão?”, questiona Cunha.


Da Agência Câmara

Abadia de Cluny: Cluny, a revolução contra a abadia - Parte I


A abadia de Cluny era uma das maravilhas da França Medieval. Até o apronto final da Igreja de São Pedro, no Vaticano, no começo do século XVI, ela seguramente fora o maior complexo arquitetônico da cristandade ocidental e um dos maiores do mundo. Então ocorreu a Revolução de 1789 e a outrora poderosa Cluny, espoliada e vandalizada pela onda descristianizadora, desencadeada na ocasião, deixou de existir.








Origem da abadia

Certamente que o duque da Aquitânia Guilherme o piedoso jamais poderia imaginar que a doação dele a um grupo reduzidos de monges de um pequeno lote de terra com uma modesta edificação pudesse vir a se tornar na mais poderosa abadia do Ocidente cristão de toda a Idade Média, senão que de todos os tempos. Assim, em 11 de setembro de 909 ou 910, nasceu a abadia de Cluny, posta desde o início sob proteção Papal.

Situada no coração da França, na Borgonha, entre Dijon e Macon, nas margens do rio Grosne, local geoestratégico por onde cruzavam caminhos alemães, italianos e suíços, a abadia, a partir do século XI, tornou-se uma segunda Roma, ou como ambicionava, uma Nova Jerusalém. A abadia, com 187 m. de cumprimento, virou polo de atração preferencial dos peregrinos que vinham de todos os cantos da Europa prestar sua devoção a uma impressionante coleção de relíquias ¿ o verdadeiro tesouro de Cluny.
Na metade do século X ela já acumulara notável influência ao ponto do Papado indicá-la como o principal centro da política monacal. Todos os mosteiros, conventos e abadias que foram construídos desde aquele momento passaram a ser de algum modo tributários da abadia¿mãe de Cluny.
Adotando as regras de São Bento a sede borgonhesa serviu de modelo para as demais fortalezas espirituais que a cristandade espalhara pelo campo medieval ainda encharcado de paganismo.
Por alto, sua autoridade, além da França, atingia a península Ibérica, a Inglaterra, e até a vizinha Alemanha. No auge do seu prestigio, durante a arquiabadia de Hugo de Semur, exercia hegemonia sobre mais de 120 edificações cristãs de grande porte (contando-se com as instituições menores, com 5 ou 15 monges cada, Cluny obteve o reconhecimento de outras 800 ou 1100).
Daniel Rops, por sua vez, estimou 10 mil monges distribuídos em 1.450 casas enxameadas por boa parte da Europa Ocidental.
Não é de todo implausível afirmar que a Grande Abadia, entre os séculos XI e XIII, teria lançado as bases de uma República Cristã supra-européia apoiada em inúmeros falanstérios religiosos, unida pela Bíblia, pelo Latim e pelo Direito Canônico. Um complexo de edificações pias cuja ligação desconhecia as fronteiras nacionais, abarcando vários reinos, principados, condados, baronatos e ducados, compondo um embrião precursor da atual Unidade Européia (a qual somente se solidificou mil anos depois da fundação da abadia principal).
Foi nos começos do século XIII que ela transcendeu a posição de Eclesia cluniacensis para vir a ser Ordo cluniacenses - dotada de controle local e regional, governada por um colegiado que fazia o papel de um ministério assessorando o abade-mor, e por um Capitulo Geral definitivo que veio a servir como exemplo (os primeiros estatutos que consagraram o nascimento da ordem foram promulgados em 29 de outubro de 1200). Tornou-se o centro da renovação do medievo cristão e a mais poderosa matriz do poder intelectual e teológico do Ocidente.
As relíquias de Cluny 

Por estar ao abrigo das incursões que assolavam a Europa dos séculos X a XIII (árabes na Ibéria e no mar Mediterrâneo, vikings no litoral da França atlântica), Cluny tornou-se um importante relicário. A igreja matriz construída em nome da Virgem e de São Pedro, orgulhava-se de possuir no seu acervo, além de uma lasca da cruz de Cristo, as cinzas dos dois maiores apóstolos: Pedro e Paulo.

Celebravam também ter partes do sepulcro de Cristo e até um pedaço da rocha de onde ele alçou-se aos céus. Também reservaram um espaço para o hábito da virgem e para as lascas da tumba de Lázaro, havendo ainda restos dos "santos inocentes" e dos "40 mártires", como também as cinzas do famoso monge irlandês Columbano, muitas delas acondicionadas em filactérios ricamente decorados com pedras preciosas.
Para os mesmos santos, Pedro e Paulo, foi erguido o priorado feminino de Marcigny, em 1055, acolhendo em seu interior as relíquias da virgem romana Agnes. Fixaram sua habitação em 99 monjas, cabendo a centésima vaga à Virgem, denominada por isto mesma de La Centisima.
Numa época dominada pela devoção extrema, as relíquias tinham papel fundamental na atração dos fiéis e dos pagadores de promessa. Graças ao fluxo constante de peregrinos que Cluny acolheu foi possível ampliar imensamente a construção original (denominada de Cluny I), transformando-a num vasto complexo de edificações voltadas para a celebração da glória de Deus e do poder da Igreja, composto por 5 naves, sendo das quais 2 transversais, 7 torres e 5 capelas, e diversos estabelecimentos menores (Cluny II e Cluny III).
Não tardou para que Cluny não só superasse Roma, como fizesse esquecer o Mosteiro de Monte-Cassino, situado na Itália, tido até então como "a luz do Ocidente" e de onde importara as Regras dos Monges que São Bento legara a cristandade em 534.
Entregue originalmente à soberania Papal, dois séculos e meio depois, com a emergência da monarquia francesa, Cluny entregou-se à proteção do rei Luís IX, em 1258.
Poder e prestígio

Certamente que o crescimento extraordinário de Cluny, estendendo-se por parte considerável da Europa Ocidental, deveu-se a certo vazio político, característico da Alta Idade Média. O Sacro Império Romano-Germano, fundando por Otão I, em 962, dava seus primeiros passos e estava bem longe de estender sua soberania um tanto além das fronteiras da Alemanha, ou melhor, do eixo Alemanha-Itália. O Papado, por seu lado, traçava forças com o imperador em sua luta para se impor como o verdadeiro Príncipe Perfeito da Cristandade Ocidental.

Ambos, Pedro e Cesar, se desgastaram como no famoso episódio das Investiduras demonstrara (conflito entre o Papa Gregório VII e o Imperador Henrique IV que, iniciado em 1075, estendeu-se com outros até 1122).
Neste episódio, Cluny, encabeçando a reforma, abertamente manifestou-se pela soberania espiritual, apoiando o Papado na sua ambição de liderar a cristandade. Opôs-se abertamente contra vigência do Sistema Carolíngio (que afirmava a saliência da coroa sobre a mitra), defendendo o Sistema Monástico (a proeminência do Papa sobre qualquer outra autoridade). Neste quadro é que adotou e difundiu definitivamente a necessidade do voto de castidade para os padres e freiras.
Foi esta atuação reformista, erguendo a bandeira da teocracia mais firme do que a própria Cúria Romana, é que fez por projetar um dos seus arquiabades, Eudes de Chatillon, ser sagrado depois em Roma como Urbano II, o papa que iria deflagrar a Primeira Cruzada (em Clermont-Ferrant, em 1095). Esta 'classe que ora', institui-se num verdadeiro supraestado, ainda que não tenha fronteiras nem disponha de exércitos ( não deixa de impressionar o fato que numa época que celebrava o feito do guerreiro, os monges que não dispunham nem cultivavam as armas tivessem tal ascendência sobre a sociedade).
O ataque dos iluministas 

Somente a partir de 1750 - assegura Daniel Mornet em sua obra clássica -, é que as criticas ao cristianismo e à Igreja Romana em geral começaram a tomar vulto na França. Os filósofos iluministas eram confessadamente anticlericais e apontavam a corporação clerical e suas instituições como fonte de grande parte dos males nacionais: o fanatismo religioso, o estímulo à crendice e à intolerância.

As obras então se sucedem: a 'História natural' de Buffon, 'Espírito' de Helvécio, a 'Enciclopédia' de Diderot e d´Alembert, e os inúmeros escritos de Voltaire que, do seu retiro em Les Délices e, depois, em Ferney, obediente ao lema 'a incredulidade é a base de toda a sabedoria', bombardeia incessantemente a sociedade culta com seus panfletos pregando a tolerância e o bom censo no trato das questões religiosas.
O filósofo travava uma guerra particular contra a Igreja Católica (écrasez la infâme!), a quem apontava como a principal responsável pela abrumadora ignorância das gentes, por fazê-las temerosas das forças sobrenaturais.
A principal peça de ataque que ele escolheu foi um 'dicionário portátil', denominado Dictionaire Philosophique, impresso em Genebra, no ano de 1764, no qual, por meio de verbetes selecionados e contundentes, tratou de humanizar o debate, abordando os assuntos religiosos pelo lado humano e histórico e não pelo sagrado.
O fato de ele preferir como veículo das suas ideias um dicionário de bolso indicava o intento de alcançar um público leitor o mais amplo possível e que assim pudesse acolher a mofa que ele fazia dos milagres, da superstição e das relíquias. Denunciando os mosteiros (presididos por abades, uns hipócritas que faziam voto de pobreza em meio a riqueza da ordem) como edifícios erguidos pela crendice em honra a um reino inexistente.
A religião natural

Crescia entre os iluministas a necessidade de contrapor-se à religião revelada (entendida por eles como uma sucessão de contos de terror, e de ameaças de sofrimentos sem-fim, liderada por um Deus vingativo), com a que denominavam de "religião natural".

Uma crença que levasse em consideração as fraquezas humanas e inspirasse a tolerância nos homens. Em geral, manifestavam-se pelo Deísmo, pela existência de um criador original, mas que não intervinha nos destinos humanos ou naturais (era-lhes impensável a ideia de um Deus generoso provocando a ocorrência de um terremoto, como aquele que destruíra Lisboa, em 1755). Outros, ainda, como La Mettrie (L´homme machine, 'o Homem Máquina') e o barão d´Holbach (Système de la Nature, 'Sistema da Natureza'), eram abertamente ateístas e materialistas.
Porta-voz de uma burguesia audaz, sequiosa de autonomia, o iluminista apostava na vida aqui e agora, na crença inabalável no progresso, na filosofia individualista, na independência material que poderia auxiliar o povo na sua emancipação e no melhor entendimento da natureza da sociedade, empenhando-se pela gradativa dessacralização do mundo.
O crescimento da incredulidade 

Com a aproximação do fim do Século das Luzes, mais e mais a opinião pública deixava-se permear pela crítica anticlerical. Uma perceptível transformação da consciência religiosa acelerou a difusão da incredulidade e a descrença nos poderes da fé, formando o clima psicológico favorável a que mais tarde explodisse a violenta descristianização imprimida pela Revolução de 1789, e que terminou por engolfar Cluny.

Contra a veneranda abadia pesou sem dúvida a íntima ligação que se estabelecera ao longo da história, desde os reis merovíngios, entre a Monarquia Francesa e a Igreja Católica. Quando a primeira se viu sitiada em Versalhes não tardou para que o edifício clerical também fosse cercado. Decapitado o Bourbon abandonou-se o Papado. Tratava-se de uma erupção em massa contra a Casa do Senhor, que fez com que a imensa abadia fosse desmantelada, pedra por pedra, entre 1791 e 1812.
Nicolas-Antoine Boulanger, ao estudar as origens da religião, já havia denunciado a cumplicidade dos tiranos com os sacerdotes para explorar a credulidade dos povos. 'Os sacerdotes', escreveu ele, "os fazem crer que a tirania é divina, e os tiranos exterminam os inimigos dos sacerdotes"(in L'Antiquité dévoilée, par ses usages - Le Christianisme dévoilé. Amsterdam, Londres, Marc Michel Rey, 1775. 4 vol. in-8).







Bibliografia
Cassirer, Ernst - A filosofia do Iluminismo, Campinas: Unicamp, 1992. 
Dècarreaux, Jean - Les Moines et la Civilisation em Occident: des invasions à Charlemagne. Paris: Arthaud, 1962.
Groethuysen, Bernhard - La formación de la consciencia burguesa en Francia durante el siglo XVIII. Madri: Fondo de Cultura Econômica, 1981.
Kaufmann, Walter - Critica de la religion y la filosofia. México: Fondo de Cultura Econômica, 1983.
Mornet, Daniel - Los Orígenes intelectuales de la revolución francesa. Buenos Aires: Paidós, 1969.
Roche, Daniel - France in the Enlightenment. Cambridge, Mass. Harvard University Press, 1998.
Rops, Daniel - História da Igreja de Cristo: Igreja Das Catedrais E Das Cruzadas. Lisboa; Quadrante, 1993. A - V.3.
Roux-Perino, Julie - Cluny. Vic-en-bigorre; MSM, 2008.
Voltaire - Dictionnaire philosophique. Paris: Garnier-Flammarion, 1964 Vovelle, Michel - Religion et Révolution : la déchristianisation de l'an II, Paris, Hachette, 1976.
Vovelle, Michel - A Revolução Francesa contra Igreja : da razão ao Ser Supremo. Rio de Janeiro : Jorge Zahar Editor, 1989.





Fonte: Portal Terra.Com

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Apagão no Nordeste 'teve falha humana', diz diretor-geral da Aneel


O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, disse nesta terça-feira (30) que o governo já tem convicção de que o apagão que atingiu todos os estados do Nordeste na sexta-feira (26) teve falha humana e que estão sendo avaliadas medidas para impedir que problemas como esse voltem a acontecer.
“Teve falha humana [no apagão que atingiu o Nordeste], sem dúvida nenhuma”, disse Hübner. “A proteção do equipamento não foi devidamente programada”, completou ele, referindo-se à proteção da linha de transmissão entre as subestações de Colinas (TO) e Imperatriz (MA), que ficou inoperante na sexta-feira. Por conta disso, a segurança do sistema não funcionou, o que teria contribuído para a extensão do apagão.
Hübner afirmou que o governo está discutindo uma série de ações para melhorar a segurança do sistema elétrico nacional. Nas últimas semanas, foram registradas várias falhas no fornecimento de energia no país, o que levou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a admitir na semana passada, pela primeira vez, que esses problemas “não são normais.”
“Estamos buscando uma série de ações para coibir esse tipo de falha. O sistema brasileiro, que é tão sofisticado, tem que ter níveis de cobertura, em termos de procedimento, que não pode a ação de um elemento qualquer causar um defeito. Temos que ter essas proteções e é isso que vamos buscar”, disse Hübner.
O relatório final sobre o apagão ocorrido na semana passada em nove estados no Nordeste deve ser finalizado nesta quarta-feira pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), segundo informou o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. De acordo com o ministério, a conclusão final sobre o motivo do apagão é do ONS, por meio do relatório.
Na segunda-feira, o ministro também destacou que a proteção da linha de transmissão entre as subestações de Colinas e Imperatriz ficou inoperante, e que, por isso, a segurança do sistema não funcionou "A proteção dessa linha estava inoperante no dia, está sendo apurado agora se houve falha humana ou de procedimento da empresa", disse.
Na semana passada, o ONS havia dito que a provável causa do apagão foi “um incêndio numa chave seccionadora de um equipamento, entre as subestações de Colinas e Imperatriz, na interligação que liga os sistemas Norte/Nordeste ao sistema Sul/Sudeste".



Fonte: Portal G1.Com

Fundo de Participações em queda preocupa prefeitos reeleitos e eleitos


Agência CNMAgência CNM
O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em baixa tem sido motivo de preocupação para os gestores. Em entrevista à Agência CNM, na manhã desta terça-feira, 30 de outubro, a prefeita reeleita, de São Miguel do Aleixo (SE), Maria Oliveira Lima; o prefeito eleito de Maruim (SE), Jéferson Santos de Santana, e o prefeito reeleito de Siriri (SE), Walter Franco Prado, relataram a crise financeira de seus Municípios.
São Miguel do Aleixo (SE), com 3.800 habitantes, tem como receita principal o FPM. A prefeita do Município não sabe se este mês vai conseguir fechar a folha de pagamento de pessoal. “Como dependemos quase que exclusivamente desses recursos, quando há uma queda, temos de nos redobrar daqui e dali para tentar honrar ao menos o pagamento dos funcionários. Para se ter uma noção, estamos há quatro meses com pagamento dos fornecedores em atraso, por que estamos em condições”, relata a gestora.
A prefeita conta que para conter os gastos teve de demitir funcionários com cargo em comissão. “Já demiti alguns e vou demitir mais outros, já que tenho que respeitar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirma.
O prefeito reeleito de Siriri (SE) já se preocupa com o aumento do Piso Nacional do Magistério para o próximo ano. Segundo ele, a prefeitura gasta 100% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mais 20% do orçamento do Município só para pagar a folha dos professores.
“Eu fico me perguntando o que se passa pela mente do governo que aumenta o piso sem pensar em como o Município vai arcar com a despesa. Ainda querem educação com qualidade, sem dar subsídios para isso”, desabafa Prado. Para o prefeito, os professores merecem sim um bom salário, mas para isso, o governo federal deveria dar uma complementação financeira aos Municípios.
“É preciso que o governo olhe para a situação financeira dos Municípios e os auxiliem, para que os recursos das prefeituras não sejam somente para pagar a folha de pessoal”, é a expectativa do Jéferson dos Santos, prefeito eleito do Município de Maruim (SE).

Fonte: CNM

Carlos Augusto Rosado é nomeado secretario-chefe do Gabinete Civil do RN


Agora é oficial. O ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), será o novo secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado. A nomeação sairá no Diário Oficial Estado (DOE) desta terça-feira, que já está disponível na internet. Na mesma edição do DOE, sai a nomeação de José Anselmo Carvalho para a Controladoria Geral do Estado (CGE).

A nomeação oficializa a influência que o marido da governadora já exercia sobre o governo. Carlos participa das gestões de Rosalba desde o início de sua carreira política nos bastidores. 
 
Agora, ele entra no batalhão de frente. A medida é vista como uma forma de fortalecer o governo, que está mal avaliado pela população, politicamente.


Fonte: Blog do BG

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Garantia Safra atenderá 57 mil trabalhadores rurais


A seca que se configurou no Rio Grande do Norte em 2012, prejudicando lavouras e provocando problemas ao homem do campo, levou o Governo do Estado a adotar medidas estratégicas para evitar que a situação do trabalhador rural se complique em 2013. É que, mesmo sem dados definitivos, as previsões da meteorologia indicam que o próximo ano também será de inverno irregular. Para não deixar o agricultor em situação complicada, a governadora Rosalba Ciarlini já se antecipou e, na manhã do sábado (27/10), assinou, em Mossoró, o Termo de Adesão ao Garantia Safra 2012/2013, o qual atenderá, inicialmente, 131 municípios do Estado.

A meta, segundo o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca, Betinho Rosado, é manter as 140 cidades atendidas em 2012, mas o Garantia safra tende a ser expandido para todos os municípios potiguares. A solenidade de assinatura aconteceu na II Unidade Regional de Saúde Pública e contou com a presença de prefeitos dos municípios localizados nas regiões de Mossoró e Assú.

A governadora Rosalba Ciarlini comentou que, em virtude da seca prolongada que se abateu sobre o Rio Grande do Norte, cerca de 37 mil agricultores estão sendo beneficiados com dez parcelas do Garantia Safra. Cada um deles tem direito a R$ 680,00 (por parcela) para garantir comida na mesa.

Na solenidade, a governadora lembrou que a sua administração garantiu a liberação de três Seguros-Safra. "Quando assumi, encontrei 2010 sem ser pago, e pagamos. Eram cerca de 15 mil agricultores. Em 2011 cadastramos 25 mil e agora estamos fazendo para 37 mil agricultores", disse, acrescentando que a meta para 2013 é beneficiar  52 mil trabalhadores rurais dos 167 municípios. "Queremos chegar todos os municípios para que todos os trabalhadores rurais possam ter a Garantia safra", disse.

Rosalba disse ainda que a seca está sendo difícil este ano e que para 2013, mesmo sem previsões concretas, e por mais que o inverno seja regular, o agricultor deve ter alguma garantia. "Até que o agricultor plante e colha, é preciso que ele tenha garantias o início do seu trabalho. As primeiras informações não nos animam muito e, em função disso, vamos nos planejar para atender a todos os municípios, totalizando 52 mil agricultores. Queremos universalizar o atendimento para superar momentos difíceis", afirmou.

Para o secretário Betinho Rosado, a governadora Rosalba Ciarlini faz esforço pessoal grande para que o programa tenha cada vez mais adesão. "Queremos que o Garantia Safra 2014 tenha 75 mil. Mas a meta é atingir 120 mil agricultores". Disse que a seca se constitui em tragédia considerável ao trabalhador rural e é importante que todos os municípios potiguares adiram ao Garantia Safra. "Estamos trabalhando com 140, mas as que não aderiram no ano passado deem aderir este ano."



Fonte: Governo do RN/Via Femurn

Descendentes de gatos sagrados do Egito: Felinos do faraó deixaram descendentes, afirma estudo


As dinastias faraônicas que governaram o Egito por milhares de anos acabaram se extinguindo, mas o mesmo não se pode dizer de um personagem quase tão aristocrático do país do Nilo: o gato sagrado.
Ocorre que os felinos mumificados do Egito antigo deixaram descendentes na população moderna de bichanos do país, revela a primeira análise de DNA feita com múmias de gatos.
O estudo descrevendo a descoberta está na edição deste mês da revista especializada "Journal of Archaeological Science" e foi coordenado por Leslie Lyons, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Califórnia em Davis.
Essa não é nem de longe a única incursão de Lyons no mundo felino, porém. Ela participou, por exemplo, da equipe responsável por clonar um gato doméstico pela primeira vez, a gatinha Cc (de "cópia carbono"), em 2002.
"Fizemos o teste genético que mostrou que se tratava mesmo  de um clone", disse Lyons, que batizou de "Lyons Den" (trocadilho com "toca do leão", em inglês) o site de seu laboratório, só para manter o clima felino.

MODELOS

Em conversa telefônica com a Folha, a pesquisadora explicou que ela e seus colegas se interessam por múltiplos aspectos da genética felina, em parte porque os bichos podem funcionar como bons modelos para doenças humanas, segundo ela.
No entanto, para mapear com precisão a história populacional e a variação genética dos bichanos, é interessante entender como essa diversidade surgiu.
"No caso do Egito e do Oriente Médio como um todo, por exemplo, será que a diversidade atual é representativa da que existia há milhares de anos? Imaginávamos que isso era possível, mas migrações humanas poderiam muito bem ter trazido populações de outros locais", pondera Lyons.
Foi para tentar testar isso que ela e seus colegas se puseram a estudar múmias de gatos, que foram produzidas literalmente aos milhões a partir do chamado Período Tardio egípcio (entre os anos 664 a.C. e 322 a.C.).
A prática atingiu seu apogeu, contudo, nos séculos seguintes, quando o Egito foi dominado pelos macedônios e pelos romanos. "A casta sacerdotal egípcia perdeu poder e riqueza. Passou a usar a 'produção' de múmias felinas como uma espécie de indústria", explica Lyons.
Creative Commons
Uma das representações egípcias da deusa-felina Bastet
Uma das representações egípcias da deusa-felina Bastet
Era uma indústria de oferendas, para ser mais preciso. Os antigos egípcios, no culto à Bastet ou Bast, sua deusa com cabeça de gato, ofereciam as pequenas múmias felinas como um presente à divindade.
Para atender à demanda por múmias, surgiram grandes criadouros de bichanos. Os animais eram sacrificados por meio de lesões na medula espinhal ou no crânio. O corpo dos bichos era ressecado com natrão, uma mistura de sais comum no Egito, e recoberto com óleos e resinas aquecidos. No fim, o felino ganhava até sarcófago.

MITOCÔNDRIA
Todo esse processo, embora preservasse a estrutura do corpo, acabou dificultando a vida de Lyons e seus colegas, porque atrapalhou a presevação do DNA. Os pesquisadores só conseguiram extrair material genético de três múmias felinas, a partir de ossos das patas e da mandíbula.
Esse DNA veio das mitocôndrias, as usinas de energia das células. Além de ser mais fácil de obter por estar presente em muitas cópias na célula, ele é útil para estudos genealógicos porque ajuda a traçar a linhagem materna (é transmitido apenas de mãe para filha ou filho).
A análise dessas sequências genéticas não deixou dúvidas: os gatos do Egito moderno ainda carregam linhagens de DNA mitocondrial presentes em seus ancestrais que viveram há 2.000 anos.
Mais importante ainda, para Lyons, a diversidade genética encontrada nos gatos egípcios antigos e modernos sugere que o povo dos faraós foi o primeiro a produzir raças domésticas de gatos.
Segundo ela, no entanto, é difícil dizer se eles foram os pioneiros na domesticação da espécie. "Nesse ponto, é difícil separar a diversidade do Oriente Médio como um todo da do Egito", afirma.


Fonte: Portal Folha.uol.com

Editoria de Arte/Folhapress

FPM continua em queda e o mês de outubro fecha com pior resultado do ano


A Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem acompanhado as quedas constantes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que fecha este mês com o pior resultado do ano quando comparado a 2011.

O repasse referente ao 3º decêndio do mês de outubro será creditado na conta das prefeituras brasileiras na terça-feira, 30 de outubro. Em valores já descontados a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o repasse de outubro será de R$ 1.195.954.416. 

Em valores brutos, incluindo a retenção do Fundeb, o montante é de R$ 1.494.943.021.Este repasse é 1,8% menor do que o valor que a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) havia previsto no início de outubro, fazendo com que o mês feche com um repasse efetivo 19% menor que o do mesmo período do ano passado. O FPM de 2012 acumula desde o início do ano até outubro um total de R$ 53,3 bilhões. Este valor é 2,81% menor, em termos reais, que o acumulado no mesmo período de 2011. 

Meio expediente
De acordo com presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os repasses do FPM, que começaram o ano com previsão de R$ 77 bilhões, já foram reestimados em menos de R$ 70 bilhões. Ele também disse que as desonerações causarão um impacto superior a de R$ 1,5 bilhão nos repasses às prefeituras, pelos dados da entidade. Com as quedas do FPM, prefeituras em vários Estados estão adotando o meio expediente para conter gastos. Os prefeitos temem não conseguir cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e o presidente da CNM alerta que muitos prefeitos terão essa dificuldade. “Eles correm o risco de virar ficha suja. E o maior impacto é na Saúde e na Educação”, disse.

Veja aqui  a nota na íntegra

Fonte: Agência CNM

domingo, 28 de outubro de 2012

Santoantoniooficial



Concursos no RN oferecem 475 vagas; salários de R$ 622 a 8 mil


UFERSA

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido, por meio da Comissão Permanente de Processo Seletivo - CPPS -, divulgou na última sexta-feira, 26, o Edital do concurso que prevê 57 vagas para professor efetivo da Instituição. As vagas contemplam diversas áreas do conhecimento e serão distribuídas para o Campus Pau dos Ferros (21), Mossoró (20), Caraúbas (14) e Angicos (2).

Entre as oportunidades, 8 são para professor da classe adjunta e 49 para classe assistente, ambos de nível 1 e com Regime de Trabalho de Dedicação Exclusiva, com remuneração inicial de R$ 7.637,66 e de R$ 4.955,58, respectivamente. As inscrições, no valor de R$ 90,00 para as vagas destinadas aos mestres e de R$ 130,00 para os doutores, devem ser realizadas exclusivamente pelo site da UFERSA, até o dia 29 de outubro.

O concurso será dividido em três fases, sendo elas a Prova Escrita, de Aptidão Didática e o Exame de Títulos. A primeira avaliação, de caráter dissertativo, ocorrerá no dia 18 de novembro, das 8h às 12h. Os aprovados nessa fase estarão aptos para a prova didática, que terá a data do sorteio dos temas e definição dos horários divulgados após o resultado da prova escrita. Já a prova de títulos, com os candidatos aprovados na prova didática, ocorrerá no dia 22 de Novembro, a partir das 13h.

O resultado final do concurso, com validade de um ano e prorrogável por igual período, será divulgado no dia 3 de dezembro. Outros detalhes podem ser obtidos na CPPS da UFERSA, através do telefone 3317-8262, ou pelo email cpps@ufersa.edu.br


PREFEITURA VIÇOSA


A Prefeitura de Viçosa, distante 358 quilômetros de Natal, abre inscrições para concurso público nesta segunda-feira (08). A seleção visa o preenchimento de 38 vagas em cargos de nível fundamental, médio e superior. Os salários vão de R$ 622 a R$ 8.000.
 
As inscrições podem ser feitas entre os dias 8 de outubro a 8 de novembro pelo site www.conpass.com.br. A taxa vai de R$ 30 a R$ 65. Os candidatos também podem se inscrever presencialmente na sede da prefeitura, localizada na Rua Ozéas Pinto, 140.

PREFEITURA DE EXTREMOZ


Com a responsabilidade técnico-administrativa da empresa Conpass Concursos Públicos e Assessorias, foi publicado nesta semana o certame 001/2012 da prefeitura de Extremoz, situado na região metropolitana e localizada a 16km de distância de Natal. A oferta é para o provimento direto de 380 postos de trabalho para profissionais de nível fundamental, médio e superior, com salários de R$ 656,44 a R$ 1.841,11 e jornadas semanais de 30h e 40h. De acordo com o Executivo local, todos os contratos serão firmados em regime estatutário.

Para concorrer bastará realizar inscrição de 22 de outubro a 22 de novembro no posto de atendimento (rua dos Coqueiros, nº 44, Conjunto Alto Extremoz) das 8h às 12h e das 14h às 18h ou, ainda, pelo site www.conpass.com.br. Será disponibilizado manual do candidato ao custo de R$ 6,00 e o cartão de inscrição poderá ser retirado no local ou impresso entre os dias 26 e 28 de dezembro. As taxas de participação serão de R$ 37,00, R$ 47,00 e R$ 57,00, conforme escolaridade do candidato.

A previsão é de que será aplicada prova escrita no dia 13 de janeiro de 2013, composta de 20 ou 40 questões, conforme o cargo; e prova de títulos, com entrega de documentação entre os dias 22 de outubro e 23 de novembro no local de inscrições.



Fonte: Dn Online

"Gonzaga - De Pai pra Filho" comove com drama familiar


No centenário de Luiz Gonzaga (1912-1989), uma biografia para o cinema do rei do baião seria mais do que bem-vinda. Nas mãos de Breno Silveira , no entanto, o que teria tudo para ser apenas um produto oficial ganha a capacidade de emocionar multidões. De posse de uma história ainda mais poderosa, o diretor de "2 Filhos de Francisco" e "À Beira do Caminho" estreia nesta sexta-feira (26) "Gonzaga - De Pai pra Filho", uma das grandes promessas de bilheteria do ano, amparada por uma forte campanha de divulgação.
O grande acerto de Breno e da roteirista Patricia Andrade, parceira do cineasta em todos os seus projetos, foi sustentar o filme na relação entre Gonzagão e Gonzaguinha, que nunca haviam se dado bem.
A reconciliação de pai e filho só foi acontecer em 1980, depois de anos de mágoa e desentendimentos. Na época já cantor e compositor consagrado da MPB, Gonzaguinha foi a Exu, cidade-natal de Gonzaga no interior de Pernambuco, tentar ajudar o pai, em baixa, a marcar alguns shows. O encontro, a princípio belicoso, acabou se tornando uma oportunidade para um conhecer melhor o outro.
As conversas foram gravadas por Gonzaguinha e serviram de base para o longa. É ali que ele começa, em Exu, com Júlio Andrade no papel de Gonzaguinha adulto e Adélio Lima (surpreendente) como Gonzaga aos 70 anos. Uma árvore perdida no sertão, onde os dois se sentam para falar, serve de passaporte para o passado, quando a biografia realmente começa.
Adolescente, Gonzaga (interpretado por Land Vieira) aprendeu a tocar acordeão com o pai, Januário (Claudio Jaborandy), que consertava o instrumento. Contra a vontade da família, começou a se apresentar na região e se apaixonou por Nazinha (Cecília Dassi), "rica, branca e letrada", enquanto ele era um "mulato pobre, sem eira nem beira". Ameaçado de morte pelo pai da moça, tentou a sorte no exército, onde ficou por quase dez anos, e finalmente foi para o Rio de Janeiro, na década de 1940.
É lá que a história musical de Gonzaga, agora na pele de Chambinho do Acordeon, se inicia. Ao lado do amigo Xavier (Luciano Quirino), tentou a sorte tocando tangos e valsas na rua e em bares, sem sucesso. Foi só quando ele apostou no vira e mexe, um "ritmo diferente, que o povo do sul nunca tinha ouvido", é que sua carreira decola – era o nascimento do baião.
O filme avança para o casamento de Gonzaga com Odaléia (Nanda Costa), uma dançarina de samba que engravida, dá a luz a Gonzaguinha e morre de tuberculose, quando a criança tinha 2 anos. O garoto é criado pela madrinha, Dina (Silvia Buarque), com o pai, um astro, sempre distante, em viagem pelo Brasil. O casamento de Gonzaga com Helena (Roberta Gualda), fã e secretária, só acirra a rixa entre pai e filho.
Enquanto biografia, "Gonzaga - De Pai pra Filho" é bastante didático e conservador. Em ordem cronológica, o filme repassa todas as etapas da trajetória do sanfoneiro que popularizou a música nordestina, amparado por canções antológicas e imagens e vídeos de arquivo – o material é usado na montagem, como um contraponto à versão ficcional.
Os senões ficam por conta das lacunas. Se é pródigo ao recuperar o anedotário das experiências de Gonzaga, o longa inexplicamente não se aprofunda nas dúvidas sobre a gravidez de Odaléia – ela teria conhecido o músico já grávida, o que fez com que Gonzaguinha sofresse a juventude inteira com a pecha de "bastardo". Também pouco se sabe, por exemplo, sobre a filha adotiva de Gonzagão, Rosa, e o porquê do declínio do rei do baião nos anos 1970.
Ao mesmo tempo, "Gonzaga" comove como poucos quando o assunto é família. Os embates entre pai e filho são de cortar o coração, intensos, e a esperada reconciliação, prato cheio para se afogar em lágrimas. Aí brilham os atores. Se Chambinho e Adélio fazem bons Gonzagas, os intérpretes de Gonzaguinha dão um verdadeiro show. Alison Santos, na infância, e Giancarlo Di Tommaso, na adolescência, comovem, enquanto Júlio Andrade ("Cão Sem Dono", "Hotel Atlântico") é um sósia perfeito, numa atuação assombrosa.
É o que faz de "Gonzaga - De Pai pra Filho", mais do que uma biografia de duas figuras importantíssimas da música brasileira, um drama real, potencializado pela trilha sonora onipresente de Berna Ceppas. A bela fotografia de Adrian Teijido ("O Palhaço") torna a experiência ainda mais completa. Ponto para Breno Silveira, que caminha para se tornar o diretor brasileiro popular por excelência.

Gênero: Drama
País: Brasil/2012
Direção: Breno Silveira
Com: Adelio Lima, Chambinho do Acordeon e Land Vieira
Duração: 130 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos.



Texto extraído do portal IG.COM/ulimosegundo