A redução do nível do
maior lago de água doce da China revelou uma ponte histórica construída na
época da dinastia Ming, informa a imprensa chinesa.
Os vestígios da ponte
de 2.930 metros de comprimento surgiram nas margens do lago Poyang após a queda
do nível de suas águas, com a redução das chuvas e o impacto ambiental
provocado pela faraônica represa das Três Gargantas.
Segundo
especialistas, a ponte, de granito, foi construída há 400 anos durante a
dinastia Ming (1368-1644).
O imenso lago Poyang,
na província central de Jiangxi, cobria uma superfície de 4.500 quilômetros
quadrados.
Segundo uma
reportagem do canal estatal CCTV exibida em novembro, o lago cobre agora menos
de 1.500 km2, o que está acabando com a forma de vida das comunidades locais de
pescadores e com a fauna e a flora do ecossistema.
Fonte: info.abril.com
O que foi a Dinastia Ming
A Grande Muralha da
China; embora as muralhas de terra batida dos antigos Estados Guerreiros foram
combinadas em um muro unificado sob as dinastias Qin e Han, a grande maioria dos tijolos e pedras da Grande Muralha como ela é vista hoje é resultado da Dinastia
Ming.
A Dinastia Ming foi a
dinastia que governou a China de 1368 a 1644, depois da queda da Dinastia
Mongol dos Yuan acabando com o período de caos iniciado por Sima Yan em 263. A
dinastia Ming foi a última dinastia na China comandada pelos Hans (o principal
grupo étnico da China), antes da rebelião liderada, em parte por Li Zicheng, e
logo depois substituído pela Dinastia Manchu dos Qing. Embora a capital Ming,
Pequim, tenha sucumbido em 1644, os restos do trono e do poder dos Ming
(coletivamente denominado Ming Meridional) sobreviveram até 1662.
O Estado comandado
pelos Ming construiu uma vasta marinha e um exército permanente de um milhão de
soldados.1 Embora tenha existido comércio marítimo privado e missões
tributárias oficiais nas dinastias anteriores, a frota tributária do almirante
eunuco muçulmano Zheng He no século XV superou todas as outras em tamanho
absoluto. Durante este período, havia um enorme número de projetos de
construções, incluindo a restauração do Grande Canal e da Muralha da China e,
também, a criação da Cidade Proibida, em Pequim, durante o primeiro quarto do
século XV. As estimativas para a população no final da Dinastia Ming variam de
160 a 200 milhões de pessoas.2 A Universidade de Calgary afirma que "os
Ming criaram um dos maiores períodos de organização governamental e
estabilidade social na história da humanidade."3
O Imperador Hongwu
(r. 1368-1398) tentou criar uma sociedade de comunidades rurais
auto-suficientes em um sistema rígido e imóvel que não teriam qualquer
necessidade de se envolver com a vida comercial dos centros urbanos. Sua
reconstrução da base agrícola chinesa e o reforço das redes de comunicação
através do sistema militarizado de correio, acabou por criar o inesperado
efeito da superprodução agrícola, cujo excedente era vendido nos crescentes
mercados localizados ao longo das rotas de correio. A cultura rural e o
comércio logo se tornaram influenciados pelas tendências urbanas. As classes
mais ricas da sociedade, consagrados como a classe dos aristocratas acadêmicos,
também foram afetadas por esta nova cultura baseada no consumo. Através da
tradição, famílias de comerciantes começaram a produzir candidatos a oficiais
acadêmicos e adotaram traços culturais e práticas típicas da classe dos
aristocratas. Paralelamente a esta tendência que envolve as classes sociais e a
expansão do consumo comercial, aconteceram as mudanças na filosofia social e
política, na burocracia e nas instituições governamentais, e também nas artes e
na literatura.
Cidade Proibida
Até o século XVI a
economia da Dinastia Ming foi estimulada pelo comércio marítimo com
portugueses, espanhóis e holandeses. A China, então, se envolveu em um novo
comércio mundial de bens, plantas, animais e culturas alimentares conhecido
como o intercâmbio colombiano. O comércio com as potências europeias e os
japoneses trouxeram grandes quantidades de prata, que em seguida substituíram o
cobre e as notas de papel como a moeda de troca principal na China. Durante as
últimas décadas da Dinastia Ming, o fluxo de prata na China tinha diminuído
muito, comprometendo assim as receitas estatais e, de fato, toda a economia
Ming. A economia sofreu ainda mais com os graves efeitos sobre a agricultura da
ainda incipiente Pequena era do gelo do século XVIII, das calamidades naturais,
das más colheitas, das epidemias frequentes. A consequente fragmentação do
poder e da diminuição do padrão de vida das pessoas permitiu que líderes
rebeldes como Li Zicheng desafiassem a autoridade dos Imperadores Ming.(wikipédia)
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