sábado, 16 de fevereiro de 2013

Roupa de marca era feita com trabalho análogo a escravo


Roupas fabricadas no interior de São Paulo por um grupo de bolivianos submetidos a trabalho em condições análogas à da escravidão ganhavam etiqueta de marca e depois eram distribuídas e vendidas numa das principais rede de varejo do país.
A oficina de fundo de quintal funcionava na cidade de Americana (127 km de São Paulo). Nela, ao menos oito imigrantes produziam peças com a etiqueta "Basic +", sob encomenda da empresa HippyChick.
A marca era vendida nas Lojas Americanas --segundo a fiscalização, não ficou comprovada conivência da rede de varejo com a produção terceirizada das roupas.


A situação degradante dos bolivianos foi descoberta pelo Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho no fim do mês passado.
A operação foi acompanhada pela reportagem.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, "há provas robustas da relação comercial" entre HippyChick e Americanas: depoimentos, informações consignadas em ata, provas materiais (como a peça-piloto e as etiquetas da marca) e uma prova informatizada (a HippyChick mantém um login de acesso on-line para trocar pedidos e notas com a Americanas).
Responsável pela oficina, o boliviano Gabriel Alanes Llusco disse que, a cada dez dias, tinha que entregar mil peças para a HippyChick.
No momento da operação, o barulho das máquinas se confundia com o de uma música em espanhol. A área tem o teto baixo e fica apertada com muitas mesas de máquinas de costura, cadeiras com estofamento improvisado e um amontoado de fios.
"Sei que estávamos errados, mas preciso manter minha família e ganho menos com o trabalho com carteira assinada", disse Eusebia Vilalobos, mulher de Llusco, o responsável pela oficina.
"Tenho um irmão em São Paulo com oficina de roupa regular. É o que a gente quer fazer aqui, mas isso demora."
O caso foi enquadrado como trabalho escravo pela falta de registro em carteira, condições degradantes de trabalho, moradia precária, aliciamento de trabalhadores e indícios de jornada abusiva (com possibilidade de trabalho noturno).
Em 2011, a Polícia Federal já havia identificado a situação irregular de seis bolivianos na mesma oficina.
Na época, houve aplicação de multa e, em 2012, o Ministério Público do Trabalho de Campinas iniciou um procedimento contra a HippyChick, que, mesmo sob outra direção, havia usado a mesma tecelagem para produzir peças da marca repassadas às Lojas Americanas.
Agora, o Ministério Público do Trabalho firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com representantes da HippyChick. No início deste mês, a empresa pagou R$ 5.000 de indenização a cada boliviano, além de verbas rescisórias (salário, 13º, férias e FGTS).
Também foi oferecido emprego aos funcionários, mas eles não aceitaram. Segundo o Ministério do Trabalho, duas bolivianas que estavam na oficina deixaram o local antes de receber a verba, por medo de serem prejudicadas com o acordo.




Fonte: Portal www1.folha.uol.com

Escassez pauta nova geopolítica dos alimentos


O mundo transita de uma era de abundância de alimentos para uma de escassez. Na última década, as reservas mundiais de grãos diminuíram um terço. Os preços internacionais dos alimentos cresceram mais que o dobro, disparando uma febre pela terra e dando lugar a uma nova geopolítica alimentar. Os alimentos são o novo petróleo. A terra é o novo ouro.
Esta nova era se caracteriza pela carestia dos alimentos e pela propagação da fome. Do lado da demanda, o aumento demográfico, uma crescente prosperidade e a conversão de alimentos em combustível para automóveis se combinam para elevar o consumo a um grau sem precedentes.
Do lado da oferta, a extrema erosão do solo, o aumento da escassez hídrica e temperaturas cada vez mais altas fazem com que seja mais difícil expandir a produção. A menos que se possa reverter essas tendências, os preços dos alimentos continuarão subindo e a fome continuará se espalhando, derrubando o atual sistema social.
É possível reverter essas tendências a tempo? Ou os alimentos são o elo frágil da civilização do começo do século 21, em boa parte como o foi em civilizações anteriores, cujos vestígios arqueológicos agora são estudados?
Essa redução no fornecimento de alimentos no mundo contrasta drasticamente com a segunda metade do século 20, quando os problemas dominantes na agricultura eram a superprodução, os enormes excedentes de grãos e o acesso aos mercados por parte dos exportadores desses produtos.
Nesse tempo, o mundo tinha duas reservas estratégicas: grandes sobras de grãos (com uma quantidade no lixo ao começar a nova colheita) e ampla superfície de terras de cultivo não utilizadas, no contexto de programas agrícolas norte-americanos para evitar superprodução. Quando as colheitas mundiais eram boas, os Estados Unidos faziam com que mais terras estivessem ociosas. Quando eram inferiores ao esperado, voltava a colocar as terras para produzirem.
A capacidade de produção excessiva foi usada para manter a estabilidade nos mercados mundiais de grãos. As grandes reservas de grãos amortizavam a escassez de cultivos no planeta. Quando a monção não chegou à Índia em 1965, por exemplo, os Estados Unidos enviaram um quinto de sua colheita de trigo para esse país, para evitar uma fome de potencial catastrófico. E graças às abundantes reservas, isto teve pouco impacto sobre o preço mundial dos grãos.
Ao começar este período de abundância alimentar, o mundo tinha 2,5 bilhões de pessoas. Atualmente tem sete bilhões.
Entre 1950 e 2000, houve ocasionais altas no preço dos grãos, devido a eventos como uma seca severa na Rússia ou uma intensa onda de calor no Meio-Oeste norte-americano. Mas seus efeitos sobre o preço tiveram vida curta. No prazo de um ano as coisas voltaram à normalidade. A combinação de reservas abundantes e terras de cultivo ociosas converteu esse período em um dos quais houve maior segurança alimentar na história.
Contudo, isso não duraria. Em 1986, o constante aumento da demanda mundial de grãos e o custo orçamentário inaceitavelmente alto levaram à eliminação do programa norte-americano de reservas de terras agrícolas.
Atualmente, os Estados Unidos têm algumas terras ociosas no contexto de seu Programa de Reserva para a Conservação, mas são solos muito suscetíveis à erosão. Acabaram-se os dias em que havia terras com potencial produtivo prontas para serem cultivadas rapidamente em caso de necessidade.
Agora o mundo vive com o olhar voltado apenas para o ano seguinte, sempre esperando produzir o suficiente para cobrir o aumento da demanda. Os agricultores de todas as partes realizam enormes esforços para acompanhar esse acelerado crescimento da demanda, mas têm dificuldades para consegui-lo.
A escassez de alimentos conspirou contra civilizações anteriores. As dos sumérios e maias foram apenas duas das muitas cujo declínio, aparentemente, se deveu à incursão por um caminho agrícola que era ambientalmente insustentável.
No caso dos sumérios, o aumento da salinidade do solo em consequência de um defeito em seu sistema de irrigação, que a não ser por isso estava bem planejado, acabou devastando seu sistema alimentar e, por fim, sua civilização. Quanto aos maias, a erosão do solo foi uma das chaves de seu desmoronamento, como o foi para tantas outras civilizações antigas.
nossa também está nesse caminho. Mas, ao contrário dos sumérios, o que a agricultura moderna sofre é o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera. E, como os maias, também está manejando mal a terra e gerando perdas sem precedentes de solo a partir da erosão.
Atualmente, também enfrentamos tendências mais novas, como o esgotamento dos aquíferos, a paralisação dos rendimentos dos grãos nos países mais avançados do ponto de vista agrícola e o aumento da temperatura. Neste contexto, não surpreende que a Organização das Nações Unidas (ONU) informe que agora os preços dos alimentos duplicaram em relação ao período 2002-2004.
Para a maioria dos cidadãos dos Estados Unidos, que gasta, em média, 9% de sua renda em alimentos, este não é o maior problema. Mas, para os consumidores que gastam entre 50% e 70% de sua renda com comida, duplicar os preços é um assunto muito sério.
Estreitamente ligada à redução das reservas de grãos e ao aumento do preço dos alimentos está a propagação da fome. Nas últimas décadas do século passado, o número de famintos no mundo caiu, chegando a 792 milhões em 1997. Depois começou a aumentar, chegando a um bilhão. Lamentavelmente, se as coisas continuam sendo feitas como de costume, as filas dos famintos continuarão crescendo.
O resultado é que para os agricultores do mundo está ficando cada vez mais difícil ajustar a produção à crescente demanda por grãos. As existências mundiais de grãos diminuíram há uma década e não foi possível recompô-las. Se isso não for feito, a previsão é que, com a próxima má colheita, os alimentos encareçam, a fome se intensifique e se propaguem os distúrbios vinculados à alimentação.
O mundo está entrando em uma era de escassez alimentar crônica, que leva a uma intensa competição pelo controle da terra e dos recursos hídricos. Em outras palavras, está começando uma nova geopolítica dos alimentos. Envolverde/IPS
Lester Brown preside o Earth Policy Institute e é autor de Full Planet, Empty Plates: The New Geopolitics of Food Scarcity (Planeta Cheio, Pratos Vazios: a Nova Geopolítica da Escassez Alimentar), W.W. Norton: Outubro de 2012.

Artigo publicado originalmente no Envolverde


Fonte: Carta Capital

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Meteorito atravessa o céu da Rússia: Assista ao vídeo


Um meteorito atravessou o céu sobre os Montes Urais na Rússia na manhã desta sexta-feira, provocando explosões e deixando quase mil feridos, a maioria com machucados causados por estilhaços de vidros que quebraram. 
"Houve pânico. As pessoas não faziam ideia do que estava acontecendo. Todo mundo começou a ir um na casa do outro para checar se estava tudo bem", disse Sergey Hametov, residente de Chelyabinsk, cerca de 1,5 mil km a leste de Moscou, a maior cidade afetada da região. "Vimos uma grande bola de luz quando saímos para ver o que era e ouvimos um som forte de trovão."

Um segundo residente de Chelyabinsk, Valya Kazakov, disse que alguumas idosas no seu bairro choraram pensando que se tratava do fim do mundo. Outros viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor.
Alguns meteoritos - fragmentos de um meteoro - cairam em um reservatório fora da cidade de Cherbakul, informou o gabinete do governo regional, de acordo com a agência ITAR-Tass.

AP
Meteorito passa próximo à estrada na região de Kostanai

Meteoros geralmente causam estrondos sonoros quando entram na atmosfera, porque percorrem o espaço muito mais rápido do que a própria velocidade do som. Ferimentos provocados na escala de hoje são extremamente raros.
O número de feridos é conflitante. A chefe do departamento de Saúde de Chelyabinsk Marina Moskvicheva disse à agência Associated Pess que 985 pessoas em sua cidade procuraram assistência médica e 43 estavam hospitalizadas.
Entretanto, uma fonte ouvida pela rede britânica BBC afirma que o número de pessoas que procuraram assistência para os ferimentos foi de 950 e destas, 46 permaneciam no hospital.
O porta-voz do Ministério do Interior Vadim Kolesnikov disse que cerca de 600 m² de um telhado de uma fábrica de zinco caiu. Não se sabe com clareza se a queda foi causada pelo meteorito.
Há declarações conflitantes sobre o que de fato aconteceu. Um porta-voz do Ministério de Emergências Irina Rossius afirmou que se tratou de uma chuva de meteoros, mas outra porta-voz do governo Elena Smirnikh confirmou que um único meteoro foi fragmentado.
Um vídeo amador mostrava um objeto caindo do céu às 9h20 do horário local (3h20 em Brasília), deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 km de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, de 36 anos, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse ficado cego pela luz", acrescentou.
Não foram registradas mortes em consequência do meteorito, mas o presidente Vladimir Putin, que nesta sexta-feira recebe ministros da Fazenda dos países do G20, foi notificado pelo ocorrido.

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Assista ao vídeo:
    Fonte: IG.COM

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Avanço na educação no Brasil é mais lento que aumento no investimento

Estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria questiona eficiência dos gastos da área no Brasil


Os investimentos em educação feitos pelo Brasil nos últimos anos cresceram. Porém, ao contrário de outros países com o mesmo perfil de desenvolvimento, a qualidade de ensino não acompanhou o aumento desses gastos. A conclusão faz parte de um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no final do ano passado.

A pesquisa “Competitividade Brasil: comparação com países selecionados” mostra que o aumento da competitividade é o maior desafio do País. Entre as 14 nações selecionadas na avaliação, o Brasil ocupa a 13ª posição nesse quesito. Para a indústria, melhorar a qualidade do ensino oferecido nas escolas brasileiras fará toda a diferença nesse cenário.

Foram analisados 14 países: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia. Eles foram escolhidos por conta de suas características econômico-sociais e posicionamento no mercado internacional. As variáveis escolhidas foram custo da mão de obra e de capital, infraestrutura e logística, peso dos tributos, ambiente econômico, educação, tecnologia e inovação.
No que diz respeito à educação, três frentes foram avaliadas: a disseminação da educação entre a população brasileira, a qualidade de ensino e o volume de recursos investidos na área. O Brasil é o 6º país entre os 14 avaliados que mais investe em educação (o dado utilizado foi o percentual do PIB em 2010, 4,97%).

O índice é similar ao da Espanha (5%) e da Coréia do Sul (4,63%). No topo da lista, aparecem África do Sul (6,28%), Canadá (5,96%), Austrália (5,84%) e Polônia (5,42%). “A elevação do custo com educação é recente e sabemos que os resultados são lentos e geracionais, mas é importante perceber o que os outros países têm feito melhor”, avalia Rafael Lucchesi, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Os itens avaliados para mensurar a qualidade de ensino mostram que o Brasil está bem atrás dos outros. O País aparece em 9º, superando apenas a Colômbia e a Argentina, nos quesitos considerados importantes nesse sentido: o nível de conhecimento dos estudantes em matemática, ciências e a capacidade de leitura .
“É uma fotografia importante para a sociedade brasileira. Há avanços que estão sendo feitos para melhorar a qualidade e os indicadores tem demonstrado isso. Mas temos também um desafio de gestão desses recursos a enfrentar. Os países que têm tido boa performance nos rankings educacionais investiram na profissionalização dos dirigentes, da carreira dos docentes”, diz Lucchesi.
 
Fator determinante para desenvolvimento
Lucchesi lembra que essa é a segunda vez que a CNI faz estudos sobre competitividade. A educação foi listada entre os itens importantes a serem avaliados desde então. Segundo ele, a preocupação da entidade se dá por conta do papel “central” do ensino no desenvolvimento econômico do País.
“A qualidade educacional influencia diretamente a competitividade porque determina a qualificação para o trabalho. Há um ano e meio, a pesquisa da CNI detectou que a deficiência na educação básica interferia na produtividade das indústrias. Há indicadores que mostram a necessidade de atenção do País”, afirma.

A conclusão dos estudos pela população, por exemplo, chamou a atenção dos pesquisadores. No quesito disseminação da educação, que avaliou as matrículas de alunos e suas respectivas idades em 9 países (Coreia do Sul, Canadá, Rússia, Austrália, Espanha, Polônia, Chile e México), o Brasil fica em penúltimo.
Apesar de muitas matrículas no ensino médio, o País tem um elevado índice de abandono em relação aos outros já que apenas 52% da população de 25 a 34 anos concluiu a educação básica. Nos dados que mostram a quantidade de pessoas nessa faixa etária que concluiu o ensino superior, o índice é pior ainda (12%) e coloca o País em último lugar da lista.

“Ainda temos poucos jovens no ensino superior e no ensino técnico, ao contrário dos outros países. No Brasil, apenas 6,6% dos jovens fazem educação profissional com ensino regular enquanto nos países desenvolvidos o percentual é de 42%”, comenta.

 Imagem ilustrativa

Fonte: Portal IG.COM

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mensagem de Bento XVI em português pela Quaresma. Leia a íntegra

 

O Papa Bento XVI fez nesta quarta-feira (13) sua primeira aparição pública após ter anunciado que vai renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro.

Na tradicional audiência geral das quartas, o pontífice alemão disse que sai "pelo bem da Igreja" e reafirmou ter orado e refletido antes de tomar a histórica decisão.

Bento XVI leu uma mensagem aos fiéis de língua portuguesa, sobre a Quaresma, período de preparação para a Páscoa, e citou literalmente os peregrinos de Curitiba e Porto Alegre.



Leia a íntegra (segundo a Rádio Vaticano):


"Queridos irmãos e irmãs, hoje, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa. Estes quarenta dias de penitência nos recordam os dias que Jesus passou no deserto, sendo então tentado pelo diabo para deixar o caminho indicado por Deus Pai e seguir outras estradas mais fáceis e mundanas. Refletindo sobre as tentações a que Jesus foi sujeito, cada um de nós é convidado a dar resposta a esta pergunta fundamental: O que é que verdadeiramente conta na minha vida? Que lugar tem Deus na minha vida? O senhor dela é Deus ou sou eu? De fato, as tentações se resumem no desejo de instrumentalizar Deus para os nossos próprios interesses, em querer colocar-se no lugar de Deus. Jesus se sujeitou às nossas tentações a fim de vencer o maligno e abrir-nos o caminho para Deus. Por isso, a luta contra as tentações, através da conversão que nos é pedida na Quaresma, significa colocar Deus em primeiro lugar como fez Jesus, de tal modo que o Evangelho seja a orientação concreta da nossa vida.
Amados peregrinos lusófonos, uma cordial saudação para todos, nomeadamente para os grupos portugueses de Lamego e Lisboa, e os brasileiros de Curitiba e Porto Alegre. Possa cada um de vós viver estes quarenta dias como um generoso caminho de conversão à santidade que o Deus Santo vos pede e quer dar! As suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias! Obrigado!"




Fonte: Portal G1.COM

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Curiosity realiza primeira perfuração em Marte



O Curiosity completou a sua primeira perfuração no Planeta Vermelho. Com isso, serão analisados fragmentos do subsolo de Marte, disse a AgênciaEspacial Americana.
"Esta é a primeira vez que um robô perfura rocha de Marte para recolher uma amostra", anunciou a agência em comunicado.
O jipe-robô é o primeiro da história a conseguir o feito, os seus antecessores haviam apenas limado rochas de Marte. O buraco de 1,6 centímetros de largura e 6,4 centímetros de profundidade pode ser visto nas imagens que o robô transmitiu à Terra.
O local em que o robô atuou foi escolhido em virtude da existência de ambientes úmidos no planeta.  A partir de agora, o Curiosity irá analisar a amostra com os instrumentos de ponta que carrega consigo.
"O robô mais avançado jamais projetado é agora um laboratório de análise em pleno funcionamento em Marte", disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa para o Diretório de Missões Científicas.
Os cientistas, no decorrer dos dias, irão dar instruções ao braço robótico do robô para que ele realize uma série de passos para processar a amostra.
A rocha em que o Curiosity perfurou recebeu o nome de “John Klein”, em homenagem ao subdiretor do projeto que faleceu ainda em 2011.







Fonte: R7

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Papa Bento XVI: A renúncia do papa coloca em andamento um complexo processo para a escolha do novo líder da Igreja Católica.Veja possíveis favoritos


A renúncia do papa Bento 16, anunciada nesta segunda-feira, coloca em andamento um complexo processo para a escolha do novo líder da Igreja Católica. Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, um total de 119 cardeais estão aptos a votar (aqueles com menos de 80 anos), incluindo cinco brasileiros .


Veja os nomes mais cotados:

Reprodução
Peter Turkson, cardeal de Gana

Peter Turkson, cardeal de Gana
Tido como favorito em duas casas de aposta, é presidente do Pontifício Conselho por Justiça e Paz e foi nomeado cardeal por João Paulo 2º após quase 30 anos de sua ordenação.
Nascido em 1948 em Nsuta-Wassaw, uma região mineira na região oeste de Gana, é filho de uma metodista e um católico.
Estudou e lecionou em Nova York e Roma antes de se tornar padre, em 1975. Poliglota, fala fante, uma das línguas de Gana, inglês, francês, italiano, alemão, entre outras, além de entender latim e grego.
Sua popularidade no oeste da África é impuldionada por participações televisivas regulares, principalmente uma aparição semanal no canal estatal de Gana.

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Angelo Scola, arcebispo de Milão

Angelo Scola, arcebispo de Milão
Principal candidato italiano, é filho de um motorista de caminhão e nasceu em 1945 na Lombardia. Ordenado em 1970, é doutor em filosofia e teologia e foi professor do Instituto João Paulo 2º para Estudos sobre Casamento e Família.
Tornou-se bispo de Grosseto em 1991, patriarca de Veneza em 2002, arcebispo de Milão em 2002 e cardeal um ano depois. Fundou uma revista em árabe, chamada Oasis, para melhorar os contatos e o diálogo entre cristãos e muçulmanos.

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Marc Ouellet, cardeal do Canadá

Marc Ouellet, cardeal do Canadá
Prefeito da Congregação de Bispos há trê anos, é um dos homens mais poderosos do Vaticano. Poliglota, tem 68 anos e nasceu em Quebec, no Canadá. O cargo faz de Ouellet um candidato natural a papa, mas em 2010 ele disse que não esperava chegar a tal posição.
Estudou na Universidade de Laval, no Grande Seminário de Montreal e na Universidade de Montreal antes de ser ordenado, em 1968. Passou anos vivendo e lecionando na Colômbia, o que pode torná-lo a opção defendida por religiosos latino-americanos. Com fama de conservador, é tipo como próximo a Bento 16. 

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Francis Arinze, cardeal da Nigéria

Francis Arinze, cardeal da Nigéria
Nascido em Eziowelle, na Nigéria, em 1932, foi enviado quando criança para uma escola missionária irlandesa e logo decidiu virar padre. Foi ordenado em 1958 e começou a dar aulas de liturgia e filosofia no sudeste de seu país natal e também na Inglaterra.
Foi consagrado bispo em 1965 e se tornou arcebispo dois anos depois. Liderou o órgão que hoje é conhecido como Pontifício Conselho pelo Diálogo Inter-religioso, responsável pelo relacionamento do Vaticano com outras religiões.

Chance da América Latina
Com dois africanos e um americano na lista dos mais cotados, há expectativa de que esteja chegando o momento de a Igreja Católica Romana eleger seu primeiro líder de fora da Europa. A América Latina que hoje representa 42%da população católica mundial de 1,2 bilhão, é forte candidata a eleger o próximo líder da religião.
Depois dos papas João Paulo e Bento, um polonês e um alemão, o posto no passado reservado para italianos está agora aberto a todos.
Dois altos funcionários do Vaticano recentemente deram sugestões claras sobre possíveis sucessores, indicando que o próximo papa poderia muito bem ser da América Latina. "Eu conheço muitos bispos e cardeais da América Latina que poderiam assumir a responsabilidade pela Igreja universal", afirmou o arcebispo Gerhard Mueller, chefe da Congregação para a Doutrina da Fé.
O cardeal suíço Kurt Koch, chefe do departamento do Vaticano para a unidade dos cristãos, disse ao jornal Tagesanzeiger, em Zurique, que o futuro da Igreja não estava na Europa.
"Seria bom se houvesse candidatos da África ou América do Sul no próximo conclave", declarou ele, referindo-se à eleição a portas fechadas na Capela Sistina, no Vaticano.
Se realmente for a vez da América Latina, os principais candidatos parecem ser Dom Odilo Scherer, arcebispo da diocese de São Paulo, ou o ítalo-argentino Leonardo Sandri, agora à frente do departamento do Vaticano para as Igrejas Orientais.


Fonte: Portal IG.Com

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Transgênicos que já estão na cadeia alimentar

No final de dezembro passado, a agência que zela pela segurança alimentar nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou para consumo um tipo de salmão geneticamente modificado, reacendendo o debate sobre a segurança dos transgênicos e suas implicações éticas, econômicas sociais e políticas.

Conheça 10 transgênicos que já estão na cadeia alimentar


É a primeira vez que um animal geneticamente modificado é aprovado para consumo humano.
Foto: PA
Salmão geneticamente modificado é primeiro animal do tipo a ser liberado para o consumo

Boa parte do público ainda teme possíveis efeitos negativos dos transgênicos para a saúde e o meio ambiente.Mas muitos consumidores nos Estados Unidos, Europa e Brasil, regiões em que os organismos geneticamente modificados (OGMs) em questão de poucos anos avançaram em velocidade surpreendente dos laboratórios aos supermercados, passando por milhões de hectares de áreas cultiváveis, continuam desconfiados da ideia do homem cumprindo um papel supostamente reservado à natureza ou à evolução - e guardam na memória os efeitos nocivos, descobertos tarde demais, de "maravilhas" tecnológicas como o DDT e a talidomida.

Pesquisas de opinião nos Estados Unidos e na Europa, entretanto, indicam que a resistência aos OGMs tem caído, refletindo, talvez, uma tendência de gradual mudança de posição da percepção pública.
As principais academias de ciências do mundo e instituições como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) são unânimes em dizer que os transgênicos são seguros e que a tecnologia de manipulação genética realizada sob o controle dos atuais protocolos de segurança não representa risco maior do que técnicas agrícolas convencionais de cruzamento de plantas.

O salmão transgênico, que pode chegar às mesas de jantar em 2014, será o primeiro animal geneticamente modificado (GM) consumido pelo homem.
Vários produtos GM já estão nos supermercados, um fato que pode ter escapado a muitos consumidores - apesar da (discreta) rotulagem obrigatória, no Brasil e na UE, de produtos com até 1% de componentes transgênicos.
A BBC Brasil preparou uma lista com 10 produtos e derivados que busca revelar como os transgênicos entraram, estão tentando ou mesmo falharam na tentativa de entrar na cadeia alimentar.

MILHO


Com as variantes transgênicas respondendo por mais de 85% das atuais lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos, não é de se espantar que a pipoca consumida no cinema, por exemplo, venha de um tipo de milho que recebeu, em laboratório, um gene para torná-lo tolerante a herbicida, ou um gene para deixá-lo resistente a insetos, ou ambos. Dezoito variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os pedidos de comercialização de OGMs.
O mesmo pode ser dito da espiga, dos flocos e do milho em lata que você encontra nos supermercados. Há também os vários subprodutos – amido, glucose – usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces, biscoitos, sobremesas) que obrigam o fabricante a rotular o produto.
O milho puro transgênico não é vendido para consumo humano na União Europeia, onde todos os legumes, frutas e verduras transgênicos são proibidos para consumo – exceto um tipo de batata, que recentemente foi autorizado, pela Comissão Europeia, a ser desenvolvido e comercializado. Nos Estados Unidos, ele é liberado e não existe a rotulação obrigatória.

ÓLEOS DE COZINHA

Os óleos extraídos de soja, milho e algodão, os três campeões entre as culturas geneticamente modificadas – e cujas sementes são uma mina de ouro para as cerca de dez multinacionais que controlam o mercado mundial – chegam às prateleiras com a reputação “manchada” mais pela sua origem do que pela presença de DNA ou proteína transgênica. No processo de refino desses óleos, os componentes transgênicos são praticamente eliminados. Mesmo assim, suas embalagens são rotuladas no Brasil e nos países da UE.

SOJA


No mundo todo, o grosso da soja transgênica, a rainha das commodities, vai parar no bucho dos animais de criação - que não ligam muito se ela foi geneticamente modificada ou não. O subproduto mais comum para consumo humano é o óleo (ver acima), mas há ainda o leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja e a pasta misso, todos com proteínas transgênicas (a não ser que tenham vindo de soja não transgênica). No Brasil, onde a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área dedicada à agricultura, a CTNBio liberou cinco variantes da planta, todas tolerantes a herbicidas – uma delas também é resistente a insetos.


MAMÃO PAPAYA

Os Estados Unidos são o maior importador de papaya do mundo – a maior parte vem do México e não é transgênica. Mas muitos americanos apreciam a papaya local, produzida no Havaí, Flórida e Califórnia. Cerca de 85% da papaya do Havaí, que também é exportada para Canadá, Japão e outros países, vem de uma variedade geneticamente modifica para combater um vírus devastador para a planta. Não é vendida no Brasil, nem na Europa.

QUEIJO

Aqui não se trata de um alimento derivado de um OGM, mas de um alimento em que um OGM contribuiu em uma fase de seu processamento. A quimosina, uma enzima importante na coagulação de lacticínios, era tradicionalmente extraída do estômago de cabritos – um procedimento custoso e "cruel". Biotecnólogos modificaram micro-organismos como bactérias, fungos ou fermento com genes de estômagos de animais, para que estes produzissem quimosina. A enzima é isolada em um processo de fermentação em que esses micro-organismos são mortos. A quimosina resultante deste processo - e que depois é inserida no soro do queijo – é tida como idêntica à que era extraída da forma tradicional. Essa enzima é pioneira entre os produtos gerados por OGMs e está no mercado desde os anos 90. Notem que o queijo, em todo seu processo de produção, só teve contato com a quimosina - que não é um OGM, é um produto de um OGM. Além disso, a quimosina é eliminada do produto final. Por isso, o queijo escapa da rotulação obrigatória.

PÃO, BOLOS e BISCOITOS


Trigo e centeio, os principais cereais usados para fazer pão, continuam sendo plantados de forma convencional e não há variedades geneticamente modificadas em vista. Mas vários ingredientes usados em pão e bolos vêm da soja, como farinha (geralmente, nesse caso, em proporção pequena), óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Outros componentes podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido. Além disso, há, entre os aditivos mais comuns, alguns que podem originar de micro-organismos modificados, como ácido ascórbico, enzimas e glutamato. Dependendo da proporção destes elementos transgênicos no produto final (acima de 1%), ele terá que ser rotulado.

ABOBRINHA

Seis variedades de abobrinha resistentes a três tipos de vírus são plantadas e comercializadas nos Estados Unidos e Canada. Ela não é vendida no Brasil ou na Europa.

ARROZ

Uma das maiores fontes de calorias do mundo, mesmo assim, o cultivo comercial de variedades modificadas fica, por enquanto, na promessa. Vários tipos de arroz estão sendo testados, principalmente na China, que busca um cultivo resistente a insetos. Falou-se muito no golden rice, uma variedade enriquecida com beta-caroteno, desenvolvida por cientistas suíços e alemães. O "arroz dourado", com potencial de reduzir problemas de saúde ligados à deficiência de vitamina A, está sendo testado em países do sudeste asiático e na China, onde foi pivô de um recente escândalo: dois dirigentes do projeto foram demitidos depois de denúncias de que pais de crianças usadas nos testes não teriam sido avisados de que elas consumiriam alimentos geneticamente modificados.

FEIJÃO

A Empresa Brasileira para Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conseguiu em 2011 a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, tido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul. As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros - livre de royalties – em 2014, o que pode ajudar o país a se tornar autossuficiente no setor. É o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira.

SALMÃO


Após a aprovação prévia da FDA, o público e instituições americanos têm um prazo de 60 dias (iniciado em 21 de dezembro) para se manifestar sobre o salmão geneticamente modificado para crescer mais rápido. Em seguida, a agência analisará os comentários para decidir se submete o produto a uma nova rodada de análises ou se o aprova de vez. Francisco Aragão, pesquisador responsável pelo laboratório de engenharia genética da Embrapa, disse à BBC Brasil que tem acompanhado o caso do salmão "com interesse", e que não tem dúvidas sobre sua segurança para consumo humano. "A dúvida é em relação ao impacto no meio ambiente. (Mesmo criado em cativeiro) O salmão poderia aumentar sua população muito rapidamente e eventualmente eliminar populações de peixes nativos. As probabilidades de risco para o meio ambiente são baixas, mas não são zero...na natureza não existe o zero".

E ESTES NÃO DERAM CERTO…

A primeira fruta aprovada para consumo nos Estados Unidos foi um tomate modificado para aumentar sua vida útil após a colheita, o "Flavr Savr tomato". Ele começou a ser vendida em 94, mas sua produção foi encerrada em 97, e a empresa que o produziu, a Calgene, acabou sendo comprada pela Monsanto. O tomate, mais caro e de pouco apelo ao consumidor, não emplacou. O mesmo ocorreu com uma batata resistente a pesticidas, lançada em 95 pela Monsanto: a New Leaf Potato. Apesar de boas perspectivas iniciais, ele não se mostrou economicamente rentável o suficiente para entusiasmar fazendeiros e foi tirada do mercado em 2001.


Fonte: BBCBrasil