sábado, 1 de novembro de 2025

ASPÉCTOS GEOGRÁFICOS E HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO/RN


História

Nas redondezas da região agreste do Estado, existia uma pedra rachada ao meio, com uma fenda medindo aproximadamente, três metros. Segundo a lenda, uma onça foi ferida mortalmente em pleno salto por um caçador, surgindo assim à denominação Salto da Onça.

A organização de um povoamento na área teve início de fato em 1850, quando Ana Joaquina de Pontes, pernambucana, comprou de Florêncio da Costa Palma uma propriedade, estabelecendo-se lá com sua família.

Como fundadora do povoado Salto da Onça, Ana Joaquina de Pontes participou efetivamente do seu desenvolvimento, fortalecendo a atividade agrícola, dinamizando as atividades comerciais com a criação da feira local, construindo casas e doando patrimônio à capela de Nossa Senhora da Conceição.

Por ocasião da celebração da primeira missa, o Vigário de Goianinha, padre Manoel Ferreira Borges, mudou o nome do povoado para Santo Antônio, mas a população estabeleceu outra denominação, Santo Antônio do Salto da Onça unindo história e religiosidade.

O Decreto número 32, de 5 de julho de 1890, criou o município de Santo Antônio, que deixou de pertencer a Goianinha. Em menos de um ano, o Decreto número 102, de 31 de março de 1891, tornou sem efeito a criação do município. Em 8 de janeiro de 1892, por força do Decreto número 6, Santo Antônio voltou a ter autonomia, sendo restaurada sua merecida condição de município do Rio Grande do Norte.


CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

Localização, Área, Altitude da Sede, Distância em Relação à Capital e Limites

Coordenadas Geográficas: latitude: 6º 18’ 38” Sul

longitude: 35º 28’ 44” Oeste

No Google Earth: Digitar na área de procura da seguinte maneira:

s6 18 38 w35 28 44

Área: 301,0,82 km², equivalente a 0,57% da superfície estadual.

População no último censo 22.177 pessoas  [2022]

Densidade demográfica 73,66 hab/km² [2022]

População estimada 22.793 pessoas[2025]

Altitude da Sede: 92 metros

Distância em Relação à Capital: 70 km

Limites: Norte – Serrinha, Lagoa das Pedras e Passagem

Sul – Nova Cruz e Lagoa d’Anta

Leste – Passagem, Várzea e Brejinho

Oeste – Serrinha, Lagoa d’Anta e São José de Campestre


Hidrografia

 

Hidrogeologia:

Aqüífero Cristalino - engloba todas as rochas cristalinas, onde o armazenamento de águas subterrâneas somente se torna possível quando a geologia local apresentar fraturas associadas a uma cobertura de solos residuais significativa. Os poços perfurados apresentam uma vazão média baixa de 3,05 m³/h e uma profundidade de até 60 m, com água comumente apresentando alto teor salino de 480 a 1.400 mg/1 com restrições para consumo humano e uso agrícola.

Aqüífero Aluvião - apresenta-se disperso, sendo constituído pelos sedimentos depositados nos leitos e terraços dos rios e riachos de maior porte. Estes depósitos caracterizam-se pela alta permeabilidade, boas condições de realimentação e uma profundidade média em torno de 7 metros. A qualidade da água geralmente é boa e pouco explorada.

Hidrologia:

O município encontra-se com 100% do seu território inserido na Bacia Hidrográfica do Rio Jacú. Rios Principais: Jacu.

Riachos Principais: Umbuzeiro, Baixio, Pai Domingos, do Prego, Salgado, da Várzea, Jacumirim de Baixo, Macacos.

Lagoas: do Bola, das Panelas, do Saco, do Gravatá, Redonda, Capim-Açú, das lages, do Catolé, da Quixaba, da Lama, do Espeto, das Cobras, Timbaúba, entre outras.

Açudes com Capacidade de Acumulação Superior a 100.000 m3: Inexistente.


Relevo

Serra da Micaela

De 50 a 200 metros de altitude.

Depressão sub-litorânea - Terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior altitude. Ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da Borborema.

Vegetação

Caatinga Hipoxerófila - vegetação de clima semi-árido, apresenta arbustos e árvores com espinhos e de aspecto menos agressivo do que a Caatinga Hiperxerófila. Entre outras espécies destacam-se a catingueira, angico, juazeiro, braúna, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira.

Clima

Tipo: clima muito quente e semiárido.

Precipitação Pluviométrica Anual (2007): normal: - 798.4

Observada: 936.1. Desvio: 138.1(mm)

Período Chuvoso: março a julho

Temperaturas Médias Anuais: máxima: 32,0 °C; média: 25,6 °C; mínima: 21,0 °C

Umidade Relativa Média Anual: 74%

Horas de Insolação: 2.400.


Solos

Solos predominantes e características principais:

Planossol Solódico - fertilidade natural alta, textura argilosa e arenosa, relevo suave ondulado, imperfeitamente drenado, raso.

Uso: Estes solos são utilizados, principalmente, com pecuária e em pequenas áreas com milho, algodão e feijão consorciados, além de sisal e palma forrageira. Seu aproveitamento racional

com pecuária requer melhoramento das pastagens e intensificação da palma forrageira. A irrigação nestes solos é problemática, devido à pequena profundidade, problemas de manejo e considerável teor de sódio trocável.

Destacam-se as culturas do milho, feijão, batata e mandioca.

Aptidão Agrícola: regular para pastagem plantada e apta para culturas ciclo longo, (algodão arbóreo, sisal, caju e coco).

Sistema de Manejo: médio nível tecnológico. As práticas agrícolas dependem do trabalho braçal e da tração animal com implementos agrícolas simples.


Aspectos Geológicos e Geomorfológicos

Geologicamente o município caracteriza-se por dois tipos de terrenos, Embasamento Cristalino e as Coberturas Colúvio-Eluviais. O Embassamento Cristalino aflora na porção sul da área nas partes mais baixas, nos vales dos principais rios sendo representa por migmatitos, gnaisses, anfibolitos, xistos, granitos e anfibolitos de Idade da Pré-Cambriana Média (1.100 - 2.500 milhões de anos). Enquanto as coberturas Eluvio-coluviais (paleocascalheiras), ocupando a porção norte, nas partes topograficamente mais altas do município, são caracterizadas por espessos solos arenosos, lixiviados e inconsolidados, Idade Quaternária, que tiveram origem pelo intemperismo atuante sobre as rochas do grupo Barreiras. Geomorfologicamente predominam formas tabulares de relevos, de topo plano, com diferentes ordens de grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de fundo plano.

Recursos Minerais Associados

Complexo Gnáissico-Migmatítico - rocha ornamental especialmente migmatitos utilizado em piso e revestimento; brita e rocha dimensionada utilizada para construção civil.

Grupo Barreiras e Paleocascalheiras - cascalho, material utilizados para construção civil; seixos e calhaus de calcedónia, utilizada em artesanato mineral e em moinhos de bolas, agua mineral, utilizada para o consumo humano.

Sítio Natural

Nesta bacia destaca-se o sítio natural da Fazenda Germânia, com presença de fósseis de mamíferos.


Fonte: exceto as imagens

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS – SEMARH INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE DO RIO GRANDE DO NORTE – IDEMA.



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