A aprovação pessoal da presidenta Dilma Rousseff bateu recorde no mês de março e atingiu 77% na pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, esta avaliação não se refletiu na percepção positiva da gestão de governo, que ficou estável em 56%, mesmo índice de dezembro do ano passado.
O melhor percentual anterior da avaliação pessoal da presidenta havia sido atingido em março do ano passado, com 73%. Em dezembro, ficou em 72%. A confiança da população na chefe do Executivo subiu de 68% para 72% em março.
Apesar de estável, o desempenho positivo do governo ainda é o maior para a gestão atual e superior ao mesmo período dos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.
O governo Lula ficou no patamar de 34% de avaliação positiva no segundo ano do primeiro mandato. O governo FHC teve percepção positiva de 41% da população na mesma época. A pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 16 e 19 de março com 2002 pessoas em 142 municípios. Registra dois pontos percentuais de margem de erro.
"Firmeza e estilo"
O gerente de Políticas Econômicas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, atribuiu à "firmeza" na condução de conflitos com ministros e a base aliada e a um "estilo próprio de governar" o crescimento na aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff. A pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje mostrou que a aprovação pessoal de Dilma cresceu de 72% para 77%.
Castelo Branco avalia que o "estilo Dilma de governar" descola-se do próprio governo, cuja avaliação manteve-se estável, com 56% de conceitos "ótimo" e "bom", enquanto sua avaliação pessoal cresceu. "A leitura é que ela transmite para a população uma personalidade própria, com característica diferente em relação ao seu antecessor".
Para o analista da CNI, o resultado da pesquisa reflete a "faxina" comandada pela presidente, na substituição de ministros que estavam em pastas alvos de denúncias da imprensa. Segundo ele, a "firmeza" demonstrada por Dilma na substituição de ministros passou aos entrevistados "maior controle sobre os problemas das pastas" e "mais presença na administração".
Inflação
A nova rodada da pesquisa CNI/Ibope mostra que 42% da população aprova a política de combate à inflação. Esse número subiu três pontos porcentuais, na comparação com dezembro. Em contrapartida, 55% dos entrevistados desaprovam a política de juros, que tem o aval de apenas 33% da população.
Os setores do governo com pior avaliação são impostos, saúde e segurança pública. De acordo com o levantamento, 65% da população desaprova a alta carga tributária. Além disso, 63% reprovam os serviços de saúde pública, enquanto 61% não se sentem satisfeitos com a política de segurança pública.
Em contrapartida, 59% da população aprova a política de combate à fome e à pobreza. Essa política tem maior índice de aprovação na Região Nordeste (63%), nas cidades do interior (62%) e nos municípios pequenos (69%).
(Com Agência Estado e Valor Online)IG.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário