Foram assinados nesta quinta-feira (27) dois acordos de cooperação científica entre o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a Nasa, a agência espacial americana. Os acordos de cooperação no Programa de Medidas Globais de Precipitação (GPM, da sigla em inglês) e sobre medições de ozônio abrem caminho para um possível novo acordo, em fevereiro, para o lançamento de satélite de prospecção de vegetação.
Com o acordo assinado hoje, o Brasil passa a fazer parte da rede que recebe os dados de satélites americanos e japoneses. Dados sobre chuvas obtidos com os satélites dos dois países serão comparados com os dados do Inpe. Além disso, o Inpe também vai participar do desenvolvimento de softwares de análise dos dados.
Com o acordo assinado hoje, o Brasil passa a fazer parte da rede que recebe os dados de satélites americanos e japoneses. Dados sobre chuvas obtidos com os satélites dos dois países serão comparados com os dados do Inpe. Além disso, o Inpe também vai participar do desenvolvimento de softwares de análise dos dados.
Enquanto o Brasil não lança satélites de monitoramento de chuvas, o Inpe utiliza dados de pluviômetros e mapeamento de área de risco para desastres naturais. “A assinatura do GPM diz respeito a dados, não afirma que vamos fazer satélites juntos”, disse ao iG Marco Antônio Chamon, coordenador de gestão tecnológica.
Chamon se refere a um antigo desejo do Inpe de construir um satélite para monitorar as chuvas. Desde 2008, o Inpe já tentou concretizar a ideia, em parceria com a agência espacial europeia e com a própria Nasa, mas nas duas ocasiões o projeto não alavancou por causa de cortes de verba nas duas agências. O satélite melhoraria o monitoramento das chuvas no Brasil. “Hoje, pode chover muito por duas horas e o satélite não acompanhar”, disse.
Ozônio
Outro acordo assinado hoje visa a coooperação das duas instituições no estudo da concentração de vários componentes da atmosfera e a compreensão da camada de ozônio da Terra. A participação do Brasil neste estudo permite, por exemplo, que o país passe a receber dados do satélite americano NPP, que será lançado amanhã pela Nasa e que tem um medidor de ozônio.
Durante a cerimônia o diretor da Nasa, o astronauta Charles Bolden, elogiou as instalações e a qualidade do Inpe e agradeceu os esforços do instituto na qualificação do satélite argentino Aquarius.
Flora, o supersatélite brasileiro
A visita de Bolden e a assinatura dos acordos marcam uma reaproximação do Brasil com os Estados Unidos nesta área, já que há 10 anos nenhum administrador da agência espacial Brasileira vinha para o país. Neste período, o Inpe firmou acordos com países como a França para a construção de satélites, mas que acabaram sendo cortados por causa da crise econômica mundial.
Durante a visita o Inpe apresentou uma proposta cooperação entre a Nasa e um satélite de alta resolução espectral, o Geteo (Observatório Global do Ecossistema Terrestre), também conhecido como Flora. “Hoje o monitoramento apenas vê se há floresta ou não. O Flora é capaz de verificar as características químicas e físicas da vegetação, o que satélite nenhum faz atualmente. Ele é 10 vezes mais avançado do que qualquer satélite do mesmo tipo”, disse Chambon. “Este acordo de hoje facilita o próximo acordo em fevereiro, embora o pessoal da Nasa não admita isso”, finalizou.
Flora, o supersatélite brasileiro
A visita de Bolden e a assinatura dos acordos marcam uma reaproximação do Brasil com os Estados Unidos nesta área, já que há 10 anos nenhum administrador da agência espacial Brasileira vinha para o país. Neste período, o Inpe firmou acordos com países como a França para a construção de satélites, mas que acabaram sendo cortados por causa da crise econômica mundial.
Durante a visita o Inpe apresentou uma proposta cooperação entre a Nasa e um satélite de alta resolução espectral, o Geteo (Observatório Global do Ecossistema Terrestre), também conhecido como Flora. “Hoje o monitoramento apenas vê se há floresta ou não. O Flora é capaz de verificar as características químicas e físicas da vegetação, o que satélite nenhum faz atualmente. Ele é 10 vezes mais avançado do que qualquer satélite do mesmo tipo”, disse Chambon. “Este acordo de hoje facilita o próximo acordo em fevereiro, embora o pessoal da Nasa não admita isso”, finalizou.
Caso a parceria seja assinada em fevereiro, Nasa forneceria um instrumento, que custa 150 milhões de dólares e o Brasil entraria com o fornecimento de cerca de 110 milhões de dólares, referentes a uma parte do satélite e parte do lançamento.
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