quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Aldo Rebelo foi algoz de Ricardo Teixeira na CPI da CBF/Nike

Aldo Rebelo é confirmado como ministro do Esporte
Deputado federal desde 1991, o palmeirense fanático Aldo Rebelo (PCdoB-SP) presidiu a CPI da CBF/Nike, entre 2000 e 2001. Por isso, criou inimizade com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira. Acabam-se aí as credenciais esportivas do novo ministro.
Primeiro comunista a presidir a Câmara (2005 a 2007), Aldo, 55, um especialista em assuntos de defesa ocupará seu segundo cargo no primeiro escalão. Em 2004, tornou-se ministro das Relações Institucionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na gestão de Dilma, foi cotado para ocupar a pasta da Defesa no início do ano após a demissão do então ministro Nelson Jobim.
Preterido, o alagoano radicado em São Paulo, onde foi vereador por um mandato até se eleger deputado, desempenhou uma tarefa que criou rusgas mesmo entre os comunistas: foi relator na Câmara da reforma do código florestal, defendendo posições mais próximas do agronegócio do que de seus aliados históricos.
Depois disso, disputou vaga no TCU (Tribunal de Contas da União) e perdeu no plenário por ampla margem para Ana Arraes, ex-líder do PSB na Casa e mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Desde então, trabalhou com a possibilidade de se candidatar à presidência da Câmara, apesar do acordo de revezamento no cargo entre PT e PMDB.
Aldo só tentou se eleger para o Executivo uma vez, como candidato a vice na chapa derrotada de Marta Suplicy (PT) para a prefeitura de São Paulo, em 2008.

Aldo foi indicado por unanimidade pela bancada do PCdoB para substituir Orlando Silva. A atuação no governo Lula deu a ele trânsito com vários partidos –incluindo o PMDB, primeira legenda à qual foi filiado, entre 1980 e 1985. Também é próximo do PSDB paulista, por conta da amizade de arquibancada de estádio com o ex-governador José Serra.
Também contou com apoio de primeira hora do antecessor. O comunista Orlando Silva pediu a Deus que “ilumine os caminhos” do futuro ministro. O aval do agora ex-titular da pasta foi fundamental para a ascensão de Aldo.
O Palácio do Planalto não informou se as atribuições da pasta mudarão, mas membros do partido temem um esvaziamento de funções.

Assim como Orlando, Aldo acelerou sua carreira política como presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), no início dos anos 80. Estudante de Direito da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), ele não chegou a concluir o curso. Nacionalista, defende bandeiras polêmicas, como a diminuição de estrangeirismos na língua portuguesa.





Fonte: UOL.COM

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