Ronaldo aceitou o convite de Ricardo Teixeira para dirigir o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. Presidente do COL e da CBF, Teixeira sugeriu a mudança ao ex-atacante na última semana. O Fenômeno desconversou ao falar sobre o tema nos últimos dias, mas respondeu “sim” ao desafio de comandar as operações do próximo Mundial, no Brasil.
A informação não é oficial. A CBF, o COL e o próprio Ronaldo não se pronunciaram a respeito, mas uma fonte ligada ao ex-jogador confirmou o "sim" ao UOL Esporte. Havia a expectativa de que o ex-jogador confirmasse o novo cargo na tarde desta terça na Soccerex, feira internacional de futebol que acontece no Rio de Janeiro.
A organização da feira chegou a distribuir um e-mail avisando que Ronaldo chegaria a "qualquer momento" ao Forte de Copacabana, onde está acontecendo o evento. Pelo Twitter, no entanto, o Fenômeno negou a informação. "Estou em Brasília com agenda de compromissos com clientes e patrocinadores", escreveu o ex-atleta.
Ricardo Teixeira tem sido pressionado pela Fifa para se afastar, ao menos oficialmente, do comando do COL. Desde que se tornou um aliado do qatari Mohamed bin Hamman, inimigo político do presidente da Fifa, Joseph Blatter, o brasileiro entrou em rota de colisão com a cúpula da Fifa.
Há meses experimentando a vida de homem de negócios no comando da 9ine, sua agência de marketing e consultoria esportiva, Ronaldo terá uma missão difícil pela frente. Além de toda a pressão política sobre o cargo, ele terá a responsabilidade de coordenar os trabalhos nos 12 estádios que receberão jogos da Copa. As obras já enfrentaram seguidos problemas com greves dos trabalhadores.
Além disso, Ronaldo também deve participar ativamente da discussão sobre os temas polêmicos da Copa, como a meia-entrada e o consumo de bebidas alcoolicas nos estádios, tema que deve ser decidido pelo Congresso. Teixeira, antigo responsável pela função, estava muito visado pela imprensa por conta das denúncias de corrupção que sofreu e tinha dificuldade para conseguir audiências com a presidente Dilma Rousseff.
A colocação de um ex-jogador e ídolo nacional à frente da organização de uma Copa não é novidade. Michel Platini desempenhou a função na Copa de 1998, na França, e Franz Beckenbauer seguiu o mesmo caminho em 2006, na edição do Mundial da Alemanha.
No último fim de semana, Ronaldo chegou a negar o convite de Teixeira e desconversou. "Não fui procurado e fiquei surpreso com essa especulação toda. Não sei de onde veio, de onde tiraram isso, mas seria uma honra. Até agora não tem nada, mas eu adoraria contribuir de alguma forma", comentou o ex-jogador à TV Globo.
Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, foi questionado sobre o tema durante um evento na capital paulista nesta terça-feira. Sem confirmar Ronaldo no COL, elogiou o ex-jogador.
"O Ronaldo representa muito para o futebol brasileiro. Não posso detalhar muito porque não sei ainda qual cargo ele vai ocupar, não tive essa confirmação, mas seja qual cargo for, ele será muito benvindo", disse o político.
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