A presença de escolas
públicas entre as melhores do Brasil no exame do Enem caiu --e já era pequeno.
Dados do Ministério
da Educação mostram que em 2012 só 6,6% dos colégios entre os 10% melhores eram
públicos. Em números absolutos, são 74 instituições, entre as 1.124 da elite do
país --lista liderada pelo colégio Bernoulli, particular de Minas.
No ano anterior, eram
7,9% públicas entre as melhores. A participação cai desde 2009, quando a prova
ampliou e passou a selecionar calouros para universidades federais.
O ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, afirma que as escolas privadas e públicas atendem
a públicos diferentes. A rede paga conta com estudantes com melhores condições
socieconômicas. Por outro lado, a rede pública abrange mais de 80% dos alunos
do ensino médio.
Para calcular as
médias das escolas, a Folha considerou as quatro provas objetivas do Enem
--linguagem, matemática, ciências humanas e da natureza.
Para Fernando
Abrucio, especialista em educação da FGV, as particulares estão "pegando
as manhas" do Enem e preparando melhor os alunos. "Daqui alguns anos,
quando houver mais escolas públicas em período integral, pode haver
mudança."
Além da melhor escola
de ensino médio privada, Minas também teve a melhor escola pública do país no
exame de 2012. Trata-se do colégio de aplicação da Universidade Federal de de
Viçosa (MG).
Entre as 50 escolas
com melhor desempenho, só 4 são públicas, todas federais.
A escola estadual
"convencional" com melhor desempenho foi a Dom Aquino Corrêa, em Mato
Grosso do Sul, na 1.774ª posição --na comparação são excluídos colégios como
técnicos e militares.
A melhor instituição
pública paulista é a ETE São Paulo (escola técnica), na 53ª posição do país. O
Estado tem 37 das 100 mais bem colocadas.
A lista nacional
considera 11.239 colégios, em que ao menos 50% dos alunos do 3º ano do ensino
médio fizeram a prova.
Fonte: Folha.uol.com
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