Aldeia eslava.
Desde o século VI d.C. são conhecidas as incursões dos eslavos ao Império Bizantino, o que os levou aos Bálcãs e à Grécia.
Origens
No principio de nossa era, as tribos eslavas eram prováveis habitantes da margem Oriental do rio Vístula. De acordo com a teoria da terra natal oriental anterior a se tornarem conhecidos do mundo romano, as tribos falantes de eslavo faziam parte das muitas confederações multi-étnicas da Eurásia.
Os historiadores Procópio e Jordanes nos séculos VI e VII d.C. localizam as tribos eslavas dos Sclavini e a confederação Antes ao norte do rio Danúbio, numa faixa que se estende desde o alto Vístula até o Dniepere. Os Veneti, conhecidos desde os séculos I e II d.C., não possuem uma localização precisa, mas esta mesma região não estaria longe de suas origens.
Migrações entre os séculos V e VII
Entre os séculos V e VI iniciou a grande migração dos eslavos, que ocuparam as terras abandonadas pelas tribos germânicas que fugiam dos que fugiam dos hunos e de seus aliados: para oeste no interior entre o Oder e a linha Elba-Saale; para o sul na Boêmia, Morávia, maior parte da atual Áustria, na planície da Panônia e nos Bálcãs; e para o norte ao longo do alto Dniepre.
Por volta do século VI, os eslavos apareceram nas fronteiras bizantinas em grandes quantidades. Os registros bizantinos observam que a grama não cresceria novamente nos lugares onde os eslavos haviam marchado, de tão numerosos que eram. Conforme um deslocamento militar até o Peloponeso e a Ásia Menor, relatou-se haver assentamentos eslavos. Este deslocamento para o sul tem tradicionalmente sido vista como uma expansão invasiva. No final do século VI, os eslavos tinham se estabelecido na região dos Alpes orientais.
Estabelecimento e formação dos primeiros estados
Quando seus movimentos migratórios terminaram, apareceram entre os eslavos os primeiros rudimentos de organizações de estado, cada um encabeçado por um príncipe com um tesouro e uma força de defesa. Além disso, foi o início da diferenciação de classes, e nobres juravam lealdade ou aos imperadores francos/sacro-romanos ou aos imperadores bizantinos.
As tribos se constituíam num sistema social baseado numa hierarquia de famílias que se agrupavam à volta da família dos chefes, tal como ocorre em tantos povos primitivos.Tinham seus chefes, e esses chefes eram unidos em pequenas confederações, lideradas por um príncipe, que organizava a defesa geral.
Praticavam a agricultura, plantando especialmente centeio, trigo e linho. Cada família cultivando um pequeno terreno fértil em volta, usando de engenhos elementares. Também criavam gado.
As casas eram construídas com toras de madeira ou terra batida e escavações recentes demonstram a existência de uma arte florescente e extremamente rica.
As tribos foram capazes não só de criar dinâmicos centros administrativos, baseados na assembleia tribal e na autoridade do chefe tribal (Wiślica, Poznań, Gniezno), centros de comércio (Szczecin, Wolin, Kiev, Novgorod) e religiosos (Monte Ślęża).
Nos inícios do século IX, na “Descrição dos povoados ao norte do Danúbio” (em latim: Descriptio civitatum et regionum ad septentrionalem plagam Danubii) do Geógrafo Bávaro (cerca de 850), apareceram já nomes concretos das tribos eslavas que habitavam nas bacias do Vístula e do Oder: goplanos, dadossezanos, eslezanos, bobranos, opolanos, vistulanos, lendianos.
Graças aos intensos contatos comerciais, começaram a desenvolver-se as cidades situadas nas rotas de comércio, e por causa dos conflitos armados, os moradores começaram a fortificar as cidades deles.
No século VII, o mercador franco Samo, que ajudou os eslavos a atacar seus governantes ávaros, tornou-se o governante do primeiro estado eslavo conhecido na Europa Central. Samo construiu um reino desde os Alpes Austríacos até o mar Báltico, com seu núcleo constituído de Sérvios, Morávios, e eslovacos.
O chamado Reino de Samo resistiu às pressões do poderoso império Avar, com base nas terras baixas da Hungria, e defendeu o seu território contra as forças dos francos ocidentais, embora apenas com êxito parcial. Porem tal reino não dura, seguindo-se um longo período de divisão.
Isto levou à fundação de subsequentes estados eslavos, que surgiram no mesmo território desse reino, sendo a Carantânia o mais antigo deles. Também muito antigos são o Principado de Nitra e o principado morávio. Neste período, existiram grupos e estados eslavos centrais tais como o Principado de Balaton, mas a subsequente expansão dos magiares, assim como a germanização da Áustria, separaram os eslavos do norte dos eslavos do sul. O Primeiro Império Búlgaro, governado por um cerne de protobúlgaros, foi fundado em 681. Após sua subsequente eslavização, ele foi essencial na disseminação da literatura eslava e na cristianização do resto do mundo eslavo.
Fontes de Pesquisa: Templo do conhecimento / www. pt.poland.gov.pl / Wikipédia / www.mzv.cz / www.ecclesia.com.br / universo da história.blogspot.com
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