Os Estados tem débitos com os
Municípios de mais de R$ 200 milhões. De acordo com a Portaria 437, foi
publicado o ajuste do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em que são constatadas
diferenças financeiras que geram débitos de oito Estados com os seus
Municípios. Os Estados são: Amazonas, Amapá, Ceará, Espírito do Santo, Goiás,
Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
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Os débitos são resultados da diferença
entre os valores disponibilizados pelos Estados para o Fundo em 2011 e o
efetivamente arrecadado por esses entes. Essa diferença gera um crédito para os
Municípios, pois recursos estaduais foram repassados a menos em 2011 ao Fundeb.
Anualmente, desde a criação do Fundeb,
o MEC divulga por meio de portaria os valores ajustados. O montante acumulado
do débito devido aos Municípios já soma R$ 1,4 bilhão correspondente às
diferenças constatadas de 2007 a 2011.
De acordo com a Portaria conjunta
número 3 da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), a partir desse ano, os Estados têm 30 dias
após a publicação do ajuste para disponibilizar os valores referentes às
diferenças constatadas. No entanto, como a STN e o FNDE não podem interferir na
gestão financeira dos Estados e suas Secretarias de Fazenda, para que esses
recursos realmente sejam repassados pelos governos estaduais e devolvidos aos
Municípios será necessária a atuação dos Tribunais de Contas, que já foram
comunicados pelo MEC sobre os valores.
Agência CNMPor esta razão, a situação é
preocupante e o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo
Ziulkoski, alerta aos prefeitos sobre a diferença financeira que deve ser
corrigida e repassada aos Municípios. “Os gestores devem acompanhar e cobrar
dos Estados de forma articulada a disponibilização dos recursos que deixaram de
ser repassados ao Fundeb em 2011”, sugere o líder municipalista.
Débitos
Desde o início da vigência do Fundeb,
os Estados deixam de repassar recursos provenientes da arrecadação de seus
impostos no Fundo, o que reduz os recursos que deveriam ser aplicados nas redes
públicas de ensino estadual e municipal.
De acordo com apuração da CNM, em 2007,
os Estados deixaram de repassar R$ 435,3 milhões aos Municípios; em 2008, R$
279,3 milhões; em 2009, R$ 369,7 milhões, e em 2010, de R$ 136,4 milhões. Em
2012, o débito é de pouco mais de R$ 200 milhões.
Fonte: Agência CNM
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