segunda-feira, 21 de maio de 2012

Barragem do Assu: Dnocs analisa hipótese de reduzir vazão da Armando Ribeiro Gonçalves




Um encontro que deverá registrar-se esta semana e envolverá outros órgãos públicos do Estado poderá aprovar a proposta de diminuição da vazão d`água por meio das válvulas dispersoras da barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, principal reservatório artificial hídrico do Rio Grande do Norte, com capacidade global de 2,4 bilhões de metros cúbicos d`água. A possibilidade está sendo admitida pelo chefe da Unidade de Campo do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), autarquia gestora da barragem, técnico Paulo Rodrigues da Costa Júnior.
O representante do órgão autárquico disse que a medida, caso seja implementada, tem o caráter específico de evitar que haja um colapso no abastecimento a várias povoações rurais e cidades no entorno do rio Piranhas/Açu, sobremaneira as comunidades que necessitam da água para a atividade agrícola e pecuária.
A água liberada pelas comportas da barragem, além de atender diversos proprietários rurais e agricultores familiares num percurso que compreende os municípios de Ipanguaçu, Alto do Rodrigues, Pendências e Macau, também alimenta diversas adutoras que suprem dezenas de outras cidades e povoados.
Com a supressão do nível de vazão, haverá uma redução na quantidade de água do rio que se perde na foz do oceano Atlântico, em Macau. Segundo Paulo Rodrigues, a intenção é fazer o que for possível para evitar a falta d`água nas cidades e localidades rurais. Ele registrou que, hoje, o reservatório possui 73% de sua capacidade global de armazenamento. Considerou que a providência é prudente, em razão do quadro acentuado de seca em toda a região.
O técnico do Dnocs vê como "razoável" o volume d`água na barragem, consequência das boas chuvas caídas em 2011. Para que a massa hídrica atinja o primeiro sangradouro faltam 500 milhões de metros cúbicos de água. 
Panorama

Paulo Rodrigues informou que, se for aprovada, a medida de redução da vazão da barragem não será constante. Ela deverá ser adotada por um prazo não superior a 15 dias. Com mais de 60% de seu território com característica rural, Ipanguaçu é uma das cidades que mais dependem do fluxo d`água do rio Piranhas/Açu para garantir a manutenção da atividade agrícola e pecuária.
O prefeito Leonardo da Silva Oliveira (PT) reconhece que o agravamento da estiagem já tem gerado uma série de problemas. No entanto, a situação não é muito diferente nos demais municípios banhados pelo leito do rio na região do Vale do Açu.



Fonte: Jornal O Mossoroense

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