Cientistas descobriram uma forma precisa de saber se uma mulher vai desenvolver pré-eclâmpsia, que pode ser fatal se não for tratada. Atualmente, os médicos têm problemas para distinguir entre as mulheres que só têm pressão elevada e as que apresentam essa condição ligada à pré-eclâmpsia.
De acordo com reportagem publicada pelo "Telegraph", médicos na Clínica Mayo, uma rede de hospitais americana, descobriram que algumas células do rim são eliminadas na urina por mulheres com pressão arterial alta que desenvolverão pré-eclampsia, o que não acontece com o outro grupo. As conclusões dos profissionais foram apresentadas como parte da Semana Anual de Rim da Sociedade Americana de Nefrologia.
A médica Vesna Garovic e seus colegas testaram 315 mulheres. No grupo, 15 desenvolveram pré-eclâmpsia e 15 apresentaram pressão elevada mas não pré-eclâmpsia. Nenhuma das mulheres saudáveis deu positivo para o teste das células do rim, o que mostra que o teste é muito preciso.
Em um estudo relacionado, a mesma equipe investigou os efeitos a longo prazo de pressão arterial alta durante a gravidez. Mais de seis mil mulheres que tiveram filhos nos anos 70 e 80 foram acompanhadas. Os especialistas descobriram que, depois dos 40 anos, mulheres que haviam sofrido pressão alta durante a gravidez eram mais propensas a continuar a ter pressão arterial elevada, mas também a desenvolver doença renal e acidentes vasculares cerebrais.
- Estudos da associação entre doenças hipertensivas em gestações e os riscos das mulheres para doenças cardiovasculares no futuro podem levar a novas diretrizes para triagem e tratamento de mulheres em perigo, com o objetivo final de melhorar a saúde cardiovascular das mulheres - comentou Vesna Garovic.
Da Agência O Globo
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