Segundo anúncio do prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, o
chamado "trem aéreo" terá uma primeira fase com uma linha de 7 km,
perto do porto (norte da cidade), a ser concluída em dois anos.
Os veículos poderão alcançar uma velocidade de 240
quilometros por hora e "voarão" em uma altura de 7 metros, presos sob
trilhos suspensos no ar.
O sistema será movido a eletricidade, parte da qual será
"produzida pelo próprio sistema", disse à BBC Brasil Jerry Senders,
diretor da empresa Skytran, responsável pela tecnologia.
Senders explica que dentro de cada veículo haverá um
"motor linear" que será movido por um misto de eletricidade e ondas
magnéticas.
"A principal inovação do projeto é o movimento por intermédio
de ondas magnéticas, e essa é a contribuição tecnológica da Nasa", diz.
"Não haverá atrito entre o veículo e o trilho de alumínio, já que, a
partir do momento em que o veículo começar a se mover, se criará, por meio da
onda magnética, uma especie de travesseiro de ar e cada bondinho navegará no
ar."
O único momento em que haverá atrito com o cabo de alumínio
será quando o veículo parar nas estações.
Custos e capacidade
Vagão será movido por eletricidade e ondas magnéticas, diz
criador
"Trata-se de uma maneira econômica, rápida e ecológica
de resolver o problema do transporte público", diz Senders, afirmando que
o projeto custará apenas US$ 6 milhões por quilômetro.
Para efeitos comparativos, a prefeitura de Jerusalém concluiu
recentemente a construção de um bonde que cruza a cidade, que durou 12 anos e
custou mais de dez vezes o preço por quilômetro. E estima-se que o custo por
quilômetro do metrô de São Paulo seja de US$ 60 milhões a US$ 100 milhões.
Os trilhos de alumínio do trem aéreo de Tel Aviv serão
erguidos entre postes, que também servirão como fonte de energia. "O
sistema aproveitará ondas magnéticas que serão geradas pelo próprio movimento
dos veículos sob os trilhos de alumínio", afirma a prefeitura.
Os veículos serão leves e pesarão apenas 200 quilos cada, e
poderão transportar dois passageiros por vagão. Mas, segundo Sanders, poderá
transportar até 11 mil pessoas por hora.
Os passageiros que entram nos bondinhos podem apertar um
botão indicando em qual estação querem parar, como em um elevador.
Segundo Senders, o presidente de Israel, Shimon Peres, já
pediu que a Skytran prepare planos para ampliar a rede aérea para as periferias
de Israel, e o projeto poderia chegar até Eilat (cidade no sul do país).
Tel Aviv quer ser vista como centro de inovação tecnológica
"O sistema tem características de uma espécie de
internet física", explica Senders, "uma rede ilimitada de linhas
aéreas, que poderá, inclusive, ter estações dentro de edifícios e sobre os
prédios".
"Estou orgulhoso de Tel Aviv ter sido escolhida para a
implementação do projeto piloto em colaboração com a Nasa", declarou o
prefeito Ron Huldai.
"O projeto se enquadra na percepção da prefeitura, que
vê Tel Aviv como centro de inovação tecnológica", disse à BBC Brasil o
porta-voz da prefeitura de Tel Aviv, Gali Avni Orenstein.
Fonte: BBC Brasil
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