A volta do açúcar à pauta de exportações do Rio Grande do Norte impulsionou um aumento de 55,1% no balanço de vendas de produtos potiguares ao mercado internacional em comparação com o mesmo período do ano passado. A alta registrada entre janeiro e fevereiro ficou acima da média do Nordeste e rendeu US$ 55,5 milhões ao RN. O desempenho é explicado ainda pelo aparecimento do estado como terceiro maior parceiro comercial da Mauritânia, país africano que segundo a Coordenadoria de Desenvolvimento Comercial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) teve o açúcar como mercadoria em 90% de suas importações.
Tendo exportado US$ 27 milhões em 2010, o setor passou por um período de recesso nas exportações no ano passado. A participação do açúcar na balança comercial potiguar despencou para US$ 9 milhões. "Problemas na safra e no mercado interno fizeram com que o açúcar quase não tivesse exportação", analisa o coordenador de Desenvolvimento Comercial da Sedec,Otomar Lopes Cardoso Júnior.
Embora considere como pontual o expressivo aumento de 55,1%, sobretudo devido ao fator Mauritânia, Otomar Lopes crê em um resultado positivo nas exportações do RN. A estimativa do coordenador de Desenvolvimento Comercial se baseia justamente na retomada da venda de açúcar ao mercado internacional. Se não em um ritmo de 50%, a evolução pode acontecer em um patamar entre 15% e 20%. Um dos pontos que reforça as perspectivas é o melhor desempenho do melão na pauta. O produto liderou o ranking dos mais exportados em fevereiro, gerando US$ 11 milhões, um crescimento de 28,5% em relação ao mesmo mês de 2011.
O presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN (Coex), Segundo de Paula, conta que a melhora no desempenho encontra explicação no fator climático. "Como é de conhecimento de todos e foi muito divulgado tivemos muitas chuvas no ano passado entre janeiro e fevereiro", recorda. A ocorrência de muitas precipitações afetou a qualidade da fruta, e pesou nas vendas.
Segundo de Paula acrescenta que o setor vem mantendo o investimento linear desde 2008. "O aumento veio devido ao fator climático, mas o plantio continua o mesmo", explica. As exportações de melão devem continuar até abril, quando será vendido o excedente da produção. As vendas ao mercado internacional ocorrem com mais força entre outubro e março.
Outros produtos
A castanha de caju, atualmente, em terceiro no ranking estadual, também cresceu em 2012. Foram U$ 8,7 milhões e 21,2% de alta. De acordo com Otomar Lopes, os minérios também apareceram muito bem. Por último o coordenador de Desenvolvimento Comercial destacou o pescado, puxado mais uma vez pela parceria entre a empresa potiguar Atlantic Tuna e a japonesa Japan Tuna para a captura de atum. A exportação de peixes somou U$ 3,2 milhões, um crescimento de 217,7% nesse ano.
Em entrevista ao Diário de Natal/Poti do último domingo, o diretor presidente da Atlantic Tuna, Gabriel Calzavara, confirmou que deve arrendar menos embarcações em 2012. No entanto, não é possível mensurar se a mudança vai terminar por impactar nas exportações no fechamento do ano. A ideia é rentabilizar o negócio, que sentiu gargalos relacionados principalmente à falta de mão-de-obra para trabalhar com a tecnologia dos barcos orientais.
Desde o ano passado uma parceria junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senai) busca suprir essa dificuldade com a formação de pescadores preparados para embarcar nos equipamentos japoneses.
Tendo exportado US$ 27 milhões em 2010, o setor passou por um período de recesso nas exportações no ano passado. A participação do açúcar na balança comercial potiguar despencou para US$ 9 milhões. "Problemas na safra e no mercado interno fizeram com que o açúcar quase não tivesse exportação", analisa o coordenador de Desenvolvimento Comercial da Sedec,Otomar Lopes Cardoso Júnior.
Embora considere como pontual o expressivo aumento de 55,1%, sobretudo devido ao fator Mauritânia, Otomar Lopes crê em um resultado positivo nas exportações do RN. A estimativa do coordenador de Desenvolvimento Comercial se baseia justamente na retomada da venda de açúcar ao mercado internacional. Se não em um ritmo de 50%, a evolução pode acontecer em um patamar entre 15% e 20%. Um dos pontos que reforça as perspectivas é o melhor desempenho do melão na pauta. O produto liderou o ranking dos mais exportados em fevereiro, gerando US$ 11 milhões, um crescimento de 28,5% em relação ao mesmo mês de 2011.
O presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN (Coex), Segundo de Paula, conta que a melhora no desempenho encontra explicação no fator climático. "Como é de conhecimento de todos e foi muito divulgado tivemos muitas chuvas no ano passado entre janeiro e fevereiro", recorda. A ocorrência de muitas precipitações afetou a qualidade da fruta, e pesou nas vendas.
Segundo de Paula acrescenta que o setor vem mantendo o investimento linear desde 2008. "O aumento veio devido ao fator climático, mas o plantio continua o mesmo", explica. As exportações de melão devem continuar até abril, quando será vendido o excedente da produção. As vendas ao mercado internacional ocorrem com mais força entre outubro e março.
Outros produtos
A castanha de caju, atualmente, em terceiro no ranking estadual, também cresceu em 2012. Foram U$ 8,7 milhões e 21,2% de alta. De acordo com Otomar Lopes, os minérios também apareceram muito bem. Por último o coordenador de Desenvolvimento Comercial destacou o pescado, puxado mais uma vez pela parceria entre a empresa potiguar Atlantic Tuna e a japonesa Japan Tuna para a captura de atum. A exportação de peixes somou U$ 3,2 milhões, um crescimento de 217,7% nesse ano.
Em entrevista ao Diário de Natal/Poti do último domingo, o diretor presidente da Atlantic Tuna, Gabriel Calzavara, confirmou que deve arrendar menos embarcações em 2012. No entanto, não é possível mensurar se a mudança vai terminar por impactar nas exportações no fechamento do ano. A ideia é rentabilizar o negócio, que sentiu gargalos relacionados principalmente à falta de mão-de-obra para trabalhar com a tecnologia dos barcos orientais.
Desde o ano passado uma parceria junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senai) busca suprir essa dificuldade com a formação de pescadores preparados para embarcar nos equipamentos japoneses.
Fonte: Dn Online
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