segunda-feira, 31 de outubro de 2011

EUA cortam envio de fundos à Unesco após entrada da Palestina


O governo dos Estados Unidos irá deixar de conceder fundos à Unesco --agência cultural da ONU-- após a aprovação da entrada da Palestina como Estado-membro pleno.
Segundo a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, a decisão da Unesco foi "lamentável, prematura e mina o objetivo comum para um acordo de paz justo e duradouro" entre israelenses e palestinos.
Por isso, segundo ela, os EUA deixarão de fazer o pagamento de US$ 60 milhões que faria em novembro. No entanto, de acordo com a porta-voz, os EUA continuarão a ser membro da organização.
Os EUA --que se retiraram da Unesco em 1984 argumentando que não estava de acordo com a gestão do organismo, regressando em 2003-- advertiram em reiteradas ocasiões que poderiam cortar a ajuda econômica à Unesco, de 22% do orçamento bianual, que chega a US$ 653 milhões.
A Unesco decidiu admitir a entrada da Palestina como membro total no órgão na 36ª Conferência Geral com uma resolução foi aprovada com 107 votos a favor e 52 abstenções. Foram contra 14 membros.
A admissão representa uma vitória moral aos palestinos na tentativa de obter a condição de membro pleno da ONU, mas pode ter um grande custo para a Unesco.
O governo palestino havia pleiteado a entrada como membro pleno da ONU, mas Israel se opôs à medida. Os EUA disseram que vetariam o plano no Conselho de Segurança.
"Esta votação vai apagar uma pequena parte da injustiça cometida contra o povo palestino", afirmou o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Malki.
ENTRADA
Para conceder o status de Estado-membro à Palestina, a Unesco necessitava do voto afirmativo de dois terços dos 193 países representados na votação.
A condição anterior dos palestinos era de membro observador. A solicitação de mudança de status é parte da batalha diplomática empreendida pelo povo árabe para que sejam reconhecidos como Estado, o que culminaria em sua tentativa de ingressar na ONU.
A agência é a primeira da organização em que os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, entrou com o pedido de assento na ONU, em 23 de setembro.
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, saudou hoje a adesão da Palestina como membro pleno da Unesco como uma "vitória" para os direitos de seu povo.
"Aceitar a Palestina na Unesco é uma vitória para (os nossos) direitos, para a justiça e para a liberdade", afirmou seu porta-voz, Nabil Abu Rudeina, citando declarações feitas por Abbas em uma ligação a partir de Amã.


Fonte: Uol.Com

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