sexta-feira, 19 de agosto de 2011

2010 foi recorde de ataques de tubarão na década

De acordo com relatório internacional, foram 79 ataques não provocados em todo mundo no ano passado



Praia de Fish Hoek, na Cidade do Cabo, Àfrica do Sul, que registrou um ataque com morte em janeiro de 2010

Ataques de tubarão estão aumentando em todo o mundo. De acordo com a International Shark Attack File (ISAF), foram registrados 115 incidentes com tubarões, sendo que 79 deles consistiram em ataques ocorridos nos habitats naturais dos tubarões sem que os animais tivessem sido provocados por humanos. Para se ter uma idéia, em 2009 foram 63 ataques não provocados.
A ISAF contabiliza os relatos de ataques de tubarões em todo o mundo desde o século 16. Ao todo foram 2.320 ataques relatados. Os Estados Unidos são o lugar onde mais ocorreram estes incidentes com 1049 casos, sendo 44 fatais. No segundo lugar está a Austrália com 417 casos, sendo 131 fatais, seguido pelo continente africano com 299 casos (78 fatais). Na América do Sul foram 101 ataques (23 fatais).
De acordo com o relatório da ISAF o aumento da interação de tubarões com humanos está relacionado com o aumento do tempo que os humanos passam no mar. “Como a população e o aumento do interesse em atividades aquáticas é esperado o crescimento no número de ataques de tubarões”, afirma o relatório.
A ISAF afirma que a população de tubarões está em declínio em muitas pastes do mundo por causa da sobrepesca, perda de habitat, o que teoricamente diminuiria o número de ataques. No entanto, não é o que os índices estão mostrando.
Nesta semana, duas pessoas ficaram feridas em uma praia de Primorie, no extremo oriente russo. De acordo com especialistas da região, não há precedentes na região. Um britânico que passava a lua-de-mel nas Ilhas Seychelles, no Oceano Índico morreu na quarta-feira (17) após perder o braço devorado por um tubarão. De acordo com testemunhas, o local também teve um ataque parecido há pouco mais de duas semanas. Um francês teria sido morto no incidente anterior.

O ISAF recomenda, no caso de um ataque, bater no nariz do peixe, pois isto restringe seu ataque, abrindo espaço para fugir da água.

Maria Fernanda Ziegler, iG São Paulo 19/08/2011  07:00

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