terça-feira, 17 de julho de 2012

Para enfrentar crise, Rei da Espanha reduz salário em mais de R$ 50 mil


O salário bruto do rei Juan Carlos da Espanha vai sofrer um corte de 7,1%, assim como vai acontecer com os demais funcionários, informou nesta terça-feira (17) a Casa Real. A redução faz parte dos novos cortes de despesas aprovados na sexta-feira passada pelo governo espanhol.
O salário do rei, que gira em torno de R$ 730 mil, terá um corte de 20.910 euros (cerca de R$ 52 mil) --sem impostos.
Já seu filho e herdeiro Felipe de Borbón
receberá 10.455 euros (aproximadamente R$ 26 mil) a menos.
O restante da famíla real também verá reduzidos seus gastos de representação.

Cortar 30% dos vereadores para economizar

Para enfrentar a crise econômica, a Espanha vai cortar 30% de seus vereadores, reduzir verbas de partidos, sindicatos e ministérios, fechar empresas públicas, diminuir o seguro-desemprego em mais da metade, suspender o abono de Natal de funcionários públicos e aumentar impostos em até 21%, inclusive o do cigarro. Alimentos básicos não terão tributos maiores.
As medidas foram anunciadas na sexta-feira (13) pelo primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, e seguem exigências da União Europeia para o socorro ao sistema financeiro do país.
Com a redução de cerca de 30% no número de vereadores em todo o país e o fechamento de empresas públicas no âmbito local, a estimativa do governo é economizar 3,5 bilhões de euros (R$ 8,7 bilhões).
O novo plano também prevê um outro corte dos gastos ministeriais, já reduzidos nos orçamentos de 2012 para 600 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão). A nova medida inclui corte de 20% nas subvenções aos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e patronais em 2013.
O aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) vai permitir economia de mais 65 bilhões de euros (R$ 165 bilhões) além do que estava previsto antes.
Além disso, dadas as circunstâncias da economia, excepcionalmente graves, em 2012 será suspenso o abono de Natal, que equivalia ao 14º salário, disse Rajoy.
As medidas também afetam os desempregados -em um país com uma taxa de desemprego de 24,44%. O auxílio-desemprego será reduzido a partir do sexto mês de 50% a 60% da base reguladora.
Para um país que entrou em recessão no primeiro trimestre e com projeção de crescimento de 1,7% para 2012, estas medidas tentam cumprir as exigências europeias para permitir que a Espanha suavize sua meta de déficit a 6,3% este ano, um ponto a mais que o previsto, após os 8,9% de 2011.
Para 2013, a Espanha terá que reduzir seu déficit a 4,5% e a 2,8% em 2014.

(Com informações da AFP)




Fonte: UOL.COM/Economia


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