sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Hubble encontra galáxia candidata a mais distante objeto do Universo



Uma combinação de observações feitas com os telescópios espaciais Hubble (luz visível) e Spitzer (infravermelho) revelou o que provavelmente é a galáxia mais distante já vista no Universo. O objeto está a 13,3 bilhões de anos-luz da Terra e teria se formado apenas 420 milhões de anos depois do Big Bang, a grande explosão que acredita-se der dado origem ao Universo há cerca de 13,7 bilhões de anos.

A galáxia distante, batizada MACS0647-JD, é a mais recente descoberta de levantamento que está usando aglomerados de galáxias como lentes de aumento para ajudar o Hubble a enxergar mais longe, fenômeno conhecido como lente gravitacional.

- Embora ocasionalmente esperemos encontrar uma galáxia extremamente distante usando o imenso poder das lentes gravitacionais, esta última descoberta superou minhas expectativas do que seria possível fazer neste projeto - afirmou Rychard Bouwens, da Universidade de Leiden, na Holanda, e coautor do estudo sobre o achado.

A luz da galáxia levou 13,3 bilhões de anos para chegar à Terra, mas quando ainda estava a 8 bilhões de anos-luz de distância ela pegou um "atalho" ao passar pelo aglomerado conhecido como MACS J0647.7+7015, fazendo com que o Hubble enxergasse três imagens dela ampliadas pela lente gravitacional do aglomerado, que ainda assim aparecem apenas como três pequenos pontos nas observações do telescópio espacial.

- Este aglomerado faz o que nenhum telescópio feito pelo ser humano pode - comentou Marc Postman, líder do levantamento batizado Clash, sigla em inglês para Levantamento de Lentes de Aglomerados e Supernovas com o Hubble. - Sem esta ampliação, seria um esforço hercúleo observar esta galáxia.

O objeto visto é tão pequeno que os astrônomos acreditam que ele representa uma das primeiras fases da formação de galáxias no Universo. Com menos de 600 anos-luz de diâmetro, ela é uma anã quando comparada aos 150 mil anos-luz de diâmetro da Via Láctea e tem entre 0,1% e 1% da sua massa, algo como 100 milhões a 1 bilhão de sóis.

- Este objeto é talvez um dos muitos blocos de material que formaram uma galáxia - explicou Dan Coe, principal autor do estudo sobre a descoberta. - Nos 13 bilhões de anos seguintes, ele provavelmente passou por dúzias, centenas ou talvez até milhares de fusões com outras galáxias e fragmentos como ele.



Fonte: Portal yahoo/noticias

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