Uma combinação de observações feitas com os telescópios espaciais
Hubble (luz visível) e Spitzer (infravermelho) revelou o que provavelmente é a
galáxia mais distante já vista no Universo. O objeto está a 13,3 bilhões de
anos-luz da Terra e teria se formado apenas 420 milhões de anos depois do Big
Bang, a grande explosão que acredita-se der dado origem ao Universo há cerca de
13,7 bilhões de anos.
A galáxia distante, batizada MACS0647-JD, é a mais recente descoberta
de levantamento que está usando aglomerados de galáxias como lentes de aumento
para ajudar o Hubble a enxergar mais longe, fenômeno conhecido como lente
gravitacional.
- Embora ocasionalmente esperemos encontrar uma galáxia extremamente
distante usando o imenso poder das lentes gravitacionais, esta última
descoberta superou minhas expectativas do que seria possível fazer neste
projeto - afirmou Rychard Bouwens, da Universidade de Leiden, na Holanda, e
coautor do estudo sobre o achado.
A luz da galáxia levou 13,3 bilhões de anos para chegar à Terra, mas
quando ainda estava a 8 bilhões de anos-luz de distância ela pegou um
"atalho" ao passar pelo aglomerado conhecido como MACS J0647.7+7015,
fazendo com que o Hubble enxergasse três imagens dela ampliadas pela lente
gravitacional do aglomerado, que ainda assim aparecem apenas como três pequenos
pontos nas observações do telescópio espacial.
- Este aglomerado faz o que nenhum telescópio feito pelo ser humano
pode - comentou Marc Postman, líder do levantamento batizado Clash, sigla em
inglês para Levantamento de Lentes de Aglomerados e Supernovas com o Hubble. -
Sem esta ampliação, seria um esforço hercúleo observar esta galáxia.
O objeto visto é tão pequeno que os astrônomos acreditam que ele
representa uma das primeiras fases da formação de galáxias no Universo. Com
menos de 600 anos-luz de diâmetro, ela é uma anã quando comparada aos 150 mil
anos-luz de diâmetro da Via Láctea e tem entre 0,1% e 1% da sua massa, algo
como 100 milhões a 1 bilhão de sóis.
- Este objeto é talvez um dos muitos blocos de material que formaram
uma galáxia - explicou Dan Coe, principal autor do estudo sobre a descoberta. -
Nos 13 bilhões de anos seguintes, ele provavelmente passou por dúzias, centenas
ou talvez até milhares de fusões com outras galáxias e fragmentos como ele.
Fonte: Portal yahoo/noticias
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