domingo, 31 de julho de 2011

Padre Antônio Vieira
(Sacerdote jesuíta, orador e líder político no Brasil Colônia)
1608, Lisboa, Portugal
1697, Salvador (BA), Brasil



Antônio Vieira tinha 6 anos quando veio para o Brasil, ingressando pouco depois no Colégio dos Jesuítas. Como noviço na Companhia de Jesus, em 1624 foi encarregado de escrever a carta Ânua – o relato anual das atividades dos jesuítas aos superiores em Lisboa. No ano seguinte, fez seu voto de castidade, pobreza e obediência, deixando a condição de noviço para iniciar os estudos de Teologia. Foi professor de Retórica em Olinda no ano de 1627, pregador na Bahia em 1633, ordenando-se em 1638. Como pregador, defendia os interesses do Brasil contra a ganância da Metrópole, defendia os escravos, os judeus e insistiu numa ação decisiva contra o invasor holandês. Fundou a Companhia Geral do Comércio do Brasil e foi ministro em Haia, em 1646, quando escreveu o documento Papel Forte, pelo qual foi apelidado em Lisboa de "Judas do Brasil".
Em 1662 foi expulso do Brasil para Portugal, onde exerceu a função de confessor da regente Dona Luísa e pregador da Capela Real. A mando do novo rei, Dom Afonso VI, foi desterrado para a cidade do Porto. Preso pela Inquisição e posto em liberdade por Dom Pedro, obteve sua absolvição quando viajou para Roma, em 1675. Retornou ao Brasil em 1681, instalando-se na Bahia. Os sermões e cartas que deixou são considerados verdadeiros monumentos da literatura barroca e da ciência política. Também deixou fragmentos de um livro de profecias, que tinha o nome de Clavis Prophetanum, publicado em 1718 sob o título de História do Futuro.

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