sexta-feira, 5 de julho de 2013

Novos santos:Papa Francisco autoriza canonização de João Paulo 2º e João 23

 João Paulo 2º e João 23

O papa Francisco autorizou nesta sexta-feira a canonização do papa João Paulo 2º, dois dias após a aprovação do segundo milagre atribuído a ele por bispos e cardeais. O pontífice também abriu caminho para que João 23 se torne santo, mesmo sem cumprir os requisitos da lei eclesiástica.
João Paulo 2º foi considerado o responsável pela cura da freira francesa Marie Simon-Pierre, que tinha mal de Parkinson, o que levou à sua beatificação. Na quarta (3), os bispos e cardeais do Vaticano aprovaram seu segundo milagre, a cura do câncer de uma mulher da Costa Rica.

Segundo a Santa Sé, a cura da mulher aconteceu após ela rezar pedindo ao pontífice por sua recuperação no dia em que ele foi beatificado, 1º de maio de 2011. O primeiro aval foi dado em 18 de junho, após a avaliação de laudo médico.

No caso de João 23, a canonização ocorreu por desejo de Francisco. O Vaticano explicou que, mesmo sem ter um segundo milagre aprovado, o papa pode deliberar por tornar santa alguma figura. Responsável pelo Concílio Vaticano 2º, o principal documento eclesiástico do século 20, João 23 foi beatificado em 2000.
A canonização dos dois pontífices deverá ser feita provavelmente em 8 de dezembro, dia de Imaculada Conceição. A data será definida após um consistório de cardeais, que ainda não foi marcado, e estabelecerá as datas em que os novos santos serão celebrados.
João Paulo 2º comandou a Igreja Católica entre 16 de outubro de 1978 e 2 de abril de 2005 e foi beatificado em maio de 2011 pelo papa Bento 16. Já João 23 foi líder dos católicos entre 28 de outubro de 1958 e 3 de junho de 1963.

ENCÍCLICA

Nesta sexta, o papa Francisco divulgou sua primeira encíclica, com uma mensagem sobre a importância da fé cristã, mostrando que ele não pretende romper radicalmente com a posição doutrinária de seu antecessor, Bento 16.
A encíclica "Lumen Fidei" (Luz da Fé) deveria ser parte de uma série de Bento 16 sobre as virtudes teológicas, somando-se a textos anteriores sobre o amor e a esperança, mas acabou não sendo concluída antes da surpreendente renúncia de Bento 16, em fevereiro.

O novo texto salienta a importância central da fé cristã contra a "enorme amnésia no nosso mundo contemporâneo" causada pela confiança excessiva na tecnologia e nas "verdades subjetivas do indivíduo".

"Quando a fé está enfraquecida, as fundações da humanidade também correm o risco de serem enfraquecidas", disse Francisco, no texto divulgado três dias antes de uma visita dele a Lampedusa, pequena ilha ao sul da Sicília conhecida por atrair imigrantes clandestinos do norte da África, inclusive milhares que morrem sem conseguir concluir a travessia.
Mas a encíclica de 82 páginas, que é uma carta aos bispos e fiéis apresentando a visão do papa sobre doutrina e outras questões, deixa claro que ele não vê um rompimento fundamental em termos teológicos com Bento 16, a quem expressa gratidão.

A encíclica vem no momento em que a Igreja enfrenta uma nova turbulência com o escândalo envolvendo o banco do Vaticano, após a prisão de um prelado e a renúncia de dois dos principais gestores do banco, conhecido oficialmente como Instituto Obras de Religião (IOR).
O novo papa já nomeou uma comissão de inquérito para se familiarizar com os problemas do IOR. Limpar uma instituição notória por sua falta de transparência será um dos seus mais espinhosos desafios.



Fonte: www1.folha.uol.com

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