segunda-feira, 1 de abril de 2013

Peixe que se estimava desaparecido há 70 milhões de anos, reaparece


Mergulhador se aproxima de exemplar de celacanto emimagem divulgada pelo museu francês (Foto: Divulgação/Laurent Ballesta/Museu Nacional de História Natural de Paris)

Grupo de pesquisadores quer mais detalhes sobre o 'gigante' celacanto.
Teoria de que espécie havia sido extinta há 70 milhões de anos caiu.


Na próxima sexta-feira (5), uma equipe de mergulhadores e cientistas franceses e sul-africanos iniciam uma expedição na África do Sul em busca do mítico peixe celacanto, que vive nas grandes profundezas e é considerado desaparecido há muito tempo.
A expedição Gombessa, como o celacanto é chamado localmente, está prevista para acontecer de 5 de abril a 15 de maio. A informação foi divulgada na última semana pelo Museu Nacional de História Natural (MNHN) de Paris.
Ela reunirá em torno do mergulhador e naturalista francês Laurent Ballesta uma equipe de mergulhadores especialmente treinados para alcançar grandes profundidades, cientistas do Instituto Sul-africano para a Biodiversidade Aquática (SAIAB) e seis cientistas do MNHN e do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS).
"Gigante pacífico de 2 metros de comprimento", o celacanto foi reencontrado em 1938, na costa leste da África do Sul. Nós acreditamos que tivesse desaparecido há 70 milhões de anos. "É considerada a grande descoberta zoológica do século XX", ressaltou o museu em um comunicado.
O celacanto "traz em si os traços da mudança dos peixes para os primeiros vertebrados terrestres de quatro patas": esboços de membros em quatro de suas nadadeiras e uma bolsa de ar que seria o vestígio de um pulmão primitivo. Ele é, segundo o museu, "a testemunha viva e inesperada da saída das águas há 370 milhões de anos".
Entretanto, ainda não há conhecimento científico sobre o modo de vida deste animal que vivia a mais de cem metros de profundidade. Para chegar até o peixe, a equipe deverá mergulhar diariamente em uma região denominada grutas de Jesser Canyon, na baía de Sodwana (Oceano Índico), a 120 metros de profundidade.
Assim que tiverem feito contato com o animal, eles colocarão em andamento os protocolos científicos concebidos pela equipe de cientistas do MNHN e do CNRS, chefiada pelo paleontólogo Gael Clément, e os biólogos sul-africanos Kerry Sink e Angus Paterson, acrescentou o Museu. A expedição poderá ser acompanhada a partir do dia 5 no site www.coelacanthe-projet-gombessa.com.



Da France Presse
Fonte: G1.COM

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