Pesquisadores infectaram camundongos com a 'Pseudomonas aeruginosa' (Foto: Wikimedia Commons)
Pesquisadores da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, sugerem que a análise do hálito de um paciente pode detectar bactérias do pulmão e diagnosticar infecções em minutos, ao invés das semanas geralmente necessárias para exames usuais com o mesmo objetivo.
O diagnóstico de infecções do
tipo tradicionalmente envolve coletar uma amostra que é usada para o cultivo da
bactéria em um laboratório.
A bactéria é então testada e
classificada, para que os especialistas possam avaliar qual o antibiótico mais
adequado para o tratamento.
Já o método que analisa o hálito
é bem mais rápido e menos invasivo, segundo os pesquisadores.
Para este estudo, os cientistas
do Colégio de Medicina da Universidade de Vermont analisaram compostos
orgânicos voláteis (VOC, na sigla em inglês) detectados no hálito que é
exalado, vindo dos pulmões. Com estes compostos, eles podem identificar
bactérias diferentes e também variedades diferentes da mesma bactéria.
A pesquisa foi publicada na
revista especializada Journal of Breath Research.
Bactérias
Os pesquisadores infectaram
camundongos com duas bactérias comuns em infecções de pulmão, a Pseudomonas
aeruginosa e a Staphylococcus aureus.
Depois de 24 horas, eles colheram
amostras do hálito dos camundongos.
Os compostos no hálito dos roedores
foram analisados usando uma técnica chamada espectrometria de massa secundária
com ionização por electrospray (SESI-MIS, na sigla em inglês), que é capaz de
detectar elementos extremamente pequenos presentes no hálito.
Os pesquisadores encontraram uma diferença
"estatística significativa" entre os perfis do hálito dos ratos
infectados com as bactérias e aqueles que não foram infectados.
Eles também conseguiram
diferenciar duas bactérias diferentes e duas variedades diferentes da
Pseudomonas aeruginosa.
Jane Hill, uma das autoras do
estudo, afirmou que ainda existem alguns obstáculos e os testes do novo exame
continuam.
"Agora estamos colaborando
com colegas para retirar amostras de pacientes e demonstrar os pontos fortes e
as limitações da análise de hálito", afirmou.
Fonte: BBC Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário