A estrela única encontrada pelo ESO
O Observatório Europeu
do Sul, ESO, no Chile mostrou novas imagens do Messier 4. Este aglomerado
globular tem milhares de estrelas e é o mais estudado e o que está mais próximo
de nós. A análise às estrelas permitiu aos astrônomos descobrir uma com
propriedades estranhas e inesperadas. Aparentemente, tem o segredo da eterna
juventude.
A Via Láctea, a nossa galáxia, é orbitada por mais de 150
aglomerados globulares de estrelas entre eles, o Messier 4, também conhecido
como NGC 6121, situado na constelação de escorpião. Este aglomerado pode ser
encontrado, através de binóculos, ao lado da estrela vermelha Antares, mas com
um pequeno telescópio já se consegue ver algumas das estrelas que o constituem.
As novas imagens, obtidas pelo Wide Field Imager (WFI)
montado num telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, mostraram dezenas de milhares de
estrelas sobre o pano de fundo da Via Láctea.
Ao separarem a luz das estrelas nas suas componentes
coloridas, os astrónomos puderam concluir sobre a sua composição química e
sobre a sua idade.
Os resultados obtidos foram surpreendentes. Numa das estrelas
analisadas foi encontrado muito mais lítio do que seria de esperar, mas a
origem desse lítio permanece um mistério.
O lítio é formado no interior das estrelas, e é gradualmente
destruído ao longo dos milhões de anos da sua vida, por isso, não se espera que
nestes aglomerados, em que as estrelas já são todas muito velhas, exista este
elemento químico.
Esta estrela agora encontrada, contraria as expectativas. De
alguma forma conseguiu manter a quantidade de lítio original ou encontrou
maneira de se enriquecer de lítio recentemente formado, guardando assim o
segredo da eterna juventude.
Fonte: Publico.pt/ciência
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