Somos mais de 7 bilhões de pessoas e sabemos que esse número só tende a aumentar, como mostra o levantamento populacional mais recente feito pelo Instituto Francês de Estudos Demográficos (Ined), que estima que a população mundial deve alcançar a marca de 9,7 bilhões de pessoas em 2050.
Dentro desse novo panorama, as projeções indicam que a Índia deve ultrapassar a população da China, enquanto a África terá um aumento na sua taxa de fertilidade, o que levará a duplicar o número de pessoas no continente.
Números que não param de crescer
O levantamento bianual espera que a população mundial atinja a marca de 10 ou 11 bilhões de pessoas até o final do século 21. Gilles Pison, que é o autor do relatório e diretor de pesquisas do Ined, afirma que os dois gigantes asiáticos trocarão de lugar no ranking até a metade do século.
Estima-se que a população da Índia – que hoje é de 1,2 bilhões – aumente para 1,6 bilhões em 2050. Isso faria com que a China – que conta atualmente com 1,3 bilhões – ficasse em segundo lugar já que a projeção não apresenta mudanças nesse período.
Os números do levantamento do Ined comprovam os dados do estudo realizado pelas Nações Unidas, publicado em junho, que mostrou que a população do planeta poderia chegar a 9,6 bilhões em 2050. De acordo com esse mesmo estudo, a população dos países desenvolvidos se manterá estabilizada na marca dos 1,3 bilhões de pessoas até 2050. Por outro lado, 49 dos países menos desenvolvidos do mundo deverão ter um aumento na sua população total, que passará de 900 milhões em 2013 para 1,8 bilhões em 2050.
O crescimento da África
Pison chama a atenção para o fato de que a África verá um crescimento exponencial na sua população, que deve somar 2,5 bilhões de pessoas – ou seja, 25% da população mundial em 2050 –, sendo que hoje o continente conta com 1,1 bilhões de habitantes.
De acordo com o relatório, a previsão é de que somente a Nigéria, que é a nação mais populosa do continente, chegue a 444 milhões de pessoas em 2050, sendo que a estimativa é de que os Estados Unidos alcancem a marca de 400 milhões no mesmo período.
O diretor do Ined atribui o principal motivo dessa mudança aos altos índices de fertilidade na África, já que os números apontam uma taxa de 4,8 filhos por mulher, o que é quase o dobro da média mundial de 2,5 filhos por mulher.
Por fim, espera-se que as Américas ultrapassem a marca de 1 bilhão de habitantes (atualmente somos 958 milhões) e que a Ásia passe dos seus 4,3 bilhões para uma população de 5,2 bilhões.
Imagem: shutterstock
Nenhum comentário:
Postar um comentário