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Açúcar: em excesso, ele causa inflamação no corpo e pode gerar diabetes e doenças do coração
Você sabia que alguns alimentos
têm ação inflamatória no organismo? Muita gente ignora isso, mas escolher o que
comer e o que deixar de lado pode reduzir ou aumentar os efeitos da inflamação
no corpo.
Ao classificar os alimentos de
acordo com seu grau mais alto ou baixo de ação inflamatória, pesquisadores e
especialistas foram capazes de concluir, por exemplo, que uma grande
dificuldade para emagrecer pode ter origem nas escolhas feitas para compor o
prato, mesmo que se esteja levando em conta a quantidade de calorias.
Além de prejuízos estéticos, uma
dieta rica em alimentos inflamatórios e pobre em itens com efeito oposto também
pode afetar seriamente a saúde.
“De acordo com os componentes
alimentares escolhidos, uma dieta pode proteger contra uma resposta
inflamatória exacerbada e ser protetora indireta do desenvolvimento de algumas
doenças, como câncer, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas
relacionadas com inflamação”, exemplifica o nutricionista José Aroldo
Gonçalves, professor e diretor da NutMed, do Rio de Janeiro (RJ).
O índice inflamatório foi criado
por pesquisadores norte-americanos em 2010, para avaliar o potencial de
contribuição da dieta nesses processos. Considera-se, assim, uma série de
alimentos como os mais anti-inflamatórios.
Veja na galeria os alimentos mais ricos em propriedades
anti-inflamatórias:
- Cará: esse tubérculo é rico em vitaminas C e do complexo B, o que melhora a imunidade
- Salmão: contém altas doses de ômega 3, um anti-inflamatório poderoso
- Gengibre: potente anti-inflamatório, ele ainda acelera a queima de gordura no corpo
- Óleo de canola: óleo vegetal para cozinhar com melhor relação entre ômega 3 e ômega 6
- Pimentão vermelho: contém betacaroteno e vitaminas E e C, que ajudam na cicatrização
- Semente de chia: com alto teor de ômega 3, ainda apresenta grande quantidade de magnésio e cálcio, minerais indispensáveis na modulação inflamatória
- Sardinha: é rica em ômega 3, um poderoso anti-inflamatório
- Nozes: fontes do mineral zinco, que exerce não só atividade anti-inflamatória, como também atua positivamente sobre o sistema imunológico
- Cenoura: rica em betacaroteno, também contém minerais como cálcio, ferro e potássio, e vitaminas B, C e D
- Linhaça: rica em fibras, vitamina E e vitaminas do complexo B, além de ser importante fonte vegetal de ômega 3
- Goiaba vermelha: rica em vitamina C, ela contém uma boa dose de vitamina A, além de taninos, e quercetina, que tem atividade antibacteriana comprovada
- Couve: assim como todo vegetal de folha verde-escura, é fonte de vitamina A e carotenoides – potentes antioxidantes, além de conter alta concentração de magnésio
- Chá branco: rico em antioxidantes e compostos fenólicos – auxiliares na redução da inflamação
- Cebola: rica em flavonoides, tem propriedades anti-inflamatórias
- Castanha-do-pará: ajuda a proteger o coração, impedindo que o colesterol ruim se concentre nas paredes das artérias
- Acerola: ela é lotada de vitamina C, que tem efeito anti-inflamatório e protetor do corpo
- Bacalhau: rico vitaminas do complexo B e ômega 3, que ajudam a inibir o processo inflamatório no organismo
- Azeite de oliva: apresenta grandes quantidades de ômega 9, ácido graxo essencial na inibição da inflamação, também aumenta o HDL (o bom colesterol)
- Batata doce: cheia de betacaroteno, ela aporta grande quantidade de vitamina A, que protege as células do envelhecimento
- Atum: cheio de ômega 3, anti-inflamatório natural
- Amêndoa: contém quercetina, um antioxidante que ajuda a inibir o processo de oxidação gerado pelo colesterol ruim nas artérias
- Abóbora e alimentos alaranjados em geral: ricos em carotenoides e fibras
- Alho: tem efeito antibiótico, ajudando o corpo a combater infecções
- Açafrão da terra ou curcuma: a curcumina presente nesse alimento é um antioxidante poderoso, que inibe não só a inflamação, mas ajuda a prevenir o câncer.
Já
o grupo dos alimentos com maior potencial inflamatório inclui, em ordem
descrescente, carboidratos, lipídios, gorduras saturadas, colesterol e ácidos
graxos ômega-6. Conheça a seguir algumas das características desse grupo e
entenda por que o organismo agradece a decisão de evitar ou ao menos reduzir o
consumo desses alimentos no dia a dia.
Gordura trans
Presentes
em alimentos processados, elas são semelhantes em estrutura à gordura saturada,
mas têm um impacto ainda maior sobre os altos níveis de colesterol total e LDL
(o colesterol “ruim”), enquanto diminuem os de HDL (o colesterol “bom”).
Gordura saturada
Ela
é encontrada em produtos de origem animal, como carnes e laticínios – fast-food
também tem grande concentração dessa gordura. Aumentar a ingestão dela
contribui para aumentar os níveis de colesterol total e de LDL, além de elevar
o risco de doença cardiovascular.
“De
acordo com o Journal of the American College of Cardiology (2006), a gordura
saturada estimula inflamação que resulta em obstrução do fluxo de sangue, o que
pode conduzir à aterosclerose”, orienta Gonçalves.
Deste
modo, recomenda-se consumo não superior a 10% das calorias totais a partir de
gordura saturada, para quem não tem risco cardiovascular, e não mais que 7%
para os que têm esse risco.
Açúcar simples e pão
branco
Estes
alimentos são conhecidos como carboidratos de alto índice glicêmico, ou seja,
promovem elevação rápida na glicose que circula na corrente sanguínea. Também
são promotores de inflamação no corpo e seu consumo frequente está associado a
um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
“Estudos
recentes vêm mostrando a correlação entre a qualidade dos carboidratos da dieta
e importantes fatores de risco de síndrome metabólica e obesidade”, ressalta o
nutricionista.
Álcool
O
consumo de bebidas alcoólicas também podem desencadear alguns efeitos de
inflamação, como vermelhidão da face, dor de cabeça e mal-estar geral. Tais
condições podem ser exacerbadas em pessoas cujo organismo apresenta maior
dificuldade em metabolizar o álcool.
“Altas
doses de álcool, em geral, provocam anormalidades na parede do intestino,
redução na capacidade do intestino de absorver nutrientes e interferência no
metabolismo celular das vitaminas do complexo B, do acido fólico e do ferro”
anumera Gonçalves.
Leite (e derivados) e
glúten
Macromoléculas
de alimentos ricos nestes compostos têm a capacidade de atravessar o epitélio
gastrointestinal e entrar na circulação, desencadeando processos inflamatórios
em quem tem hipersensibilidade à lactose e ao glúten. Quem não tolera esses
alimentos, deve evitá-los e buscar orientação médica e nutricional para lidar
com o problema sem muitos prejuízos à alimentação.
Glutamato
monossódico
Presente
na grande maioria dos temperos e dos alimentos pré-prontos, o glutamato
monossódico (também conhecido como MSG) atua como um realçador de sabor. No
entanto, diversos estudos apontam consequências nada saborosas relacionadas ao
consumo deste sal, desde a destruição das células da retina até influência na
secreção de insulina pelo pâncreas a e na tolerância à glicose em indivíduos
saudáveis.
“Uma
das reações mais reportadas quando da ingestão de glutamato monossódico são as
dores de cabeça ou enxaquecas”, diz o nutricionista José Aroldo Gonçalves.
Outros
sintomas associados à ingestão dessa substância incluem desde erupções
cutâneas, prurido e urticária até náuseas, vômitos, asma, alterações de pressão
arterial (decorrente do sódio), irregularidades cardíacas, depressão e até
convulsões.
Fonte: Portal ig.com/saúde
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